sábado, 27 de dezembro de 2008

Tuti-fruti

Quinta-feira passada, na Lôca, parece que eu tentei deglutir os seios da nossa amiguinha "d". Segue o relato, via google talk.

"d": G-SUS
sua monstra
no fim do ano vou de burca
"m":AHAHAHHAHAHAHAHAHA
você se lembra?
"d":nossa
MEGA
vc me atacando
non-stop
e tão gratuito
pq oi
vc já viu tão mais dos meu belos seios
"m": hahahaha
meu, nada entendo
me pisca uma idéia qualquer e eu obseco
"d": mas sabe, teve uma hora q eu achei tão fofo
vc sentou do meu lado
e eu falei
"meu, pq vc não ficou com o henrique? ele era fofo e vc podia me deixar em paz"
aí vc, meio tristinho "ah, pq aparentemente eu gosto de seios"
"m": jesus, quem será henrique? um que vc queria que alguém pegasse?
"d": eu tava te odiando
mas achei fofo
então
"m": morrí tanto
"d": esse henrique
tava sentado do meu lado uma hora
super bonzinho
mas ninguem quis pq ele tava com uma calça q vcs acharam q era de vinil
e nem era
"m": ele devia ser feio, e a calça foi desculpa
"d": ai
ele não era meus seios nem nada
mas era fofinho
"m": e vc não teve amnésia?
"d": não
lembro de tudo
"m": amanhã vai o "d"!
"d": aii agora tô em campinas
vou pensar se eu volto para ir
"m": ai, é tão digno. amanhã eu me jogo no teu clitóris, seguindo uma linha evolutiva.
"d": como se vc não tivesse mega tentado ficar pegando minha xana né?
e ainda falava pro "a": "pega tb"
"m": AHAHAHHAHAHAHAHAHHAHAHAHHAA
to gritando de rir aqui
"d": pois é
agora eu posso rir
na hora tava só com medo
eu queria tanto fugir de vc
TANTO!
nossa
violento sabe
meu
"m": meu, tenho dó das pessoas

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Atendimento ao cliente

Rafael - o cidadão que comentou o post anterior -, sweety, a gente deu uma respingada ao ler teu desabafo. Favor entrar em contato, mandar link do orkut e a medida em cms.

Bagels,
Gerência

bôca lôca

Hoje já é 26, mas it feels like 19 de dezembro de mil novecentos e noventa e nove. É uma sensação de girar.

Tenho a leve impressão que ontem neguinho me olhava e fugia. Pode imaginar como é que tava minha feição, né?!

Se ficar chupando e mordendo o peito da amiguinha "d" vira a coisa mais normal do mundo a se fazer na noite, beijos é porque tua comanda já acabou.

E a dignidade foi junto.

Preciso nem falar da grande suruba de beijo que foi entre as meninë, porque todo aqui tá careca de saber que a gente não *sai pra causar*, a gente micareteia.

Duas conclusões. McDonald's é de Deus. Acordei novo; Já celular + internet aliados a um bêbado é do Demônio. Com D maiúsculo.

Eparrêi!

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Simone style

Gente, a equipe do Bebi Meu Progresso deseja um Feliz Natal! E uma próspera ressaca amanhã!

Infelizmente já me fiz uma promessa de não entrar hoje no msn com a capa do disco da Simone, como tenho feito nos últimos 5 anos. Ok, vai.

Se Deus me deu um dom bom, foi o de fugir. Então aqui vai meu conselho de Natal: deu meia-noite, faça aquela interminável sessão de cumprimentos na família e ÔPA, CORRAO. Escolha uma festa e RRÚÚ! Isso ajuda a tua ressaca ter mais dignidade, e não envolver família no quesito vergonha etílica.

Tentem isso em casa. Boa sorte, amiguinhos! :D

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

ho ho ho

oi, gente. tudo jóia?

Tô muito feliz, não. Deus quer por que quer me fazer amadurecer, e eu não tô maturando a idéia.

Tô ontem bem alegre do meu períneo porque finalmente enferiei. Ai, não rolou o *neologismo*. Tá. Eu entrei de férias, e aí bem animado que a Lôca de domingo tinha sido fail, ninguém tinha ido - o que abria margens para a possibilidade do d edge pra ontem.

Ok.

Beleza. Tá fluindo.

Estava tudo programado. Cheguei 23:30 no locau, fomos para a preparação no bar, e... ôpa, quando era 00:40 e a gente tava se enveredando pra fila, já não havia Jeová que visse uma fresta de esperança naquela fila que parecia todos os fiéis do padre marcelo reunidos.

Mano, tava surreal. E como a gente tá sempre nos finais da fila, depois de muita especulação e tentativas de malandragem falidas, a gente puxou nosso carro. Põe aí: em 2009 ter mais malandragem. Ou alguma, de fato.

Isso é top 5 de coisa pra me deixar num mau-humor daqueles de kabalah. Mas ok. acontece. O problema foram as vodkas e cervejas que eu ingeri no planejamento da noite.

Faço o que com o ressaca de hoje? Posso reprogramar pra sexta? Pode ser?

(quinta-feira é natal na Lôca. tô cheio de ficar promotendo que vou quebrar tudo e não fazer nada. então não digo. but you know what i mean)

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Castidade

O caso é que realmente a coisa aqui anda fraca. Vapor barato. Mas tenha-nos como reflexo do que a gente bebe, mesmo. Ou seja. O fígado anda agradecido - obrigado! - pela escassez de tentativas de suicídio.

Nos dois últimos finais de semana eu me preprava para me jogar até quebrar uns dentes, agredir seguranças, jogar os conteúdos dos meus copos em indivíduos quaisquer, e...

...
cri
cri
cri
...

Não teve um ataque à ética, um desafeto novo, um vômito sequer. Não me pergunte especificamente porque. Que dizer... vai se a falta de noção, vem a idade. Porque eu tava no gás, tinha uma expectativa, mas na hora simplesmente não rolou.

Pe-or. No sábado rolou até um... ACHO QUE BEBI DEMAIS. E meu, minha comanda não chegava nem a 100 reais. Vergonha.

Mas sabe, não quero desonrar meu companheiros. Meus votos de ano novo são fatais. É isso ou eu acabo gostando de amadurecer. E a gente não quer ver isso acontecer, quer?

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Fúria Fail

Se a tarde de sábado começa com cerveja, gás hélio e um touro mecânico, há o que almejar pro futuro. Clima de salão de festa de prédio, muita bixa, ex passando a mão na tua bunda quando o atual dele está por perto - e um mantra mentalizado tentando me convencer de que é errado dar em cima do atual do ex. Porque minha falta de ética tem limite, também.

E ok, porque na vida há outros alvos. Mas o meu problema, às vezes, de quando tô bêbado a ponto de querer todo mundo, é não estar mais bêbado. A ponto de fazer por onde. Porque quando eu vi, eu tava querendo umas 4 pessoas, de uma festa relativamente pequena. E aí a gente corta uns porque namoram - com os respectivos presentes no local -, seleciona qual foi o que puxou melhor papo, reflete sobre aquele que tava te secando e... claro, decide que quer aquele que não deu o menor indício que te quis. Óbeveo. E aí... fica parado.

Quer dizer... eu tinha um futuro promissor, mas quando menos se espera, Deus resolve fazer piada e bota o que não te deu a menor bola beijando aquele que tava superaê pra você. O que me resta?

Sentar no cavalo só pra levantar o rabo.

E Bubu. Dançar um axé-pop, beber umas Cubas, pegar em mãos aleatoriamente pela pista, e descobrir que com 23 anos o teu corpo corresponde à idade do Zé Celso, e nem mais bebida agüenta.

Às 3 a.m. fazer a última tentativa. Vomitinho. Ok. Deixa pra outro dia. E fechar a noite b.v. Boca-virgem.

Yo soy rebellde. Like a virgin. ú.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Trust me, baby FAIL

Acho que tá ficando sério. Há uns dias me ofereceram cerveja e eu recusei. Brincando eu disse NÃO OFEREÇA BEBIDA A UM ALCOÓLATRA, SE EU COMEÇAR NÃO VOU QUERER PARAR. Enfim, piadinhas, sabe?! *rsrs*

Até que ontem, depois de ensaiar com uma amiga minha, ela achou que uma cervejinha ia ser de bom tom. Isso era lá por... 22:30hs. Hoje eu com programação pra acordar às 8. Ou seja, uma cervejinha cabia até vai. Como não. U-ma.

Bem. Fui dormir às 4 horas da manhã, depois de li-tros, com (ex?)namorados alheios tensos com minha presença. E sabe, quem pode culpá-los? Põe aí que confiar em mim é algo que eu também não faço.

Por isso a gente não vai brigar! Bom dia.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Quem avisa, amigo é

O título desse post poderia ser CORRAO. E te digo por que.

Como vocês podem verificar, hoje é domingo, são quinze pra uma, e eu tô aqui no meu querido computador. No Lôca No Gambiarra for "m" today.

E com todo nosso histórico de feriado, nesse aqui pra mim só houve Glória ontem, que foi FAIL. Feriado negro.

Quer dizer, se quinta eu tava com muito ódio no pirú, imagina hoje. Imaginou hoje? Então somaê que meu plano é de beber só no próximo sábado. Sá-ba-do. Pois bem. Esse post veio ao mundo para alertá-los em relação à festa de sábado. Carência hepática não costuma dar muito certo.

Sérião. Eu me conheço em dias que chego com muita sede ao pote.

E não recomendo.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

TPM

TiPos Mônstra.

Eu sou um homem *à beira de*. De um ataque nervos, de um ataque de fúria, de um coma alcoólico. Escolha uma das anteriores.

Porque hoje é quinta. E bem me lembro de segunda-feira, eu coversando com uma criancë do Será que sou eu?. Estávamos de ressaca da Lôca, eu jurava por São Cristovão que jamais beberia de novo - ritual encenado toda segunda à tarde - quando fui passear no msn

"b" - preciso de uma vodka
"m" - mas já???
"b" - já??? amor, hj é segunda-feira, eu aguentei até as 17:50! tá difícil....

...eram 17:51. Me senti forte. Me senti vencedor. Era segunda-feira, era pós-(a última)Lôca, e eu resistia qualquer citação ao álcool. Nem vontade vinha.

Pois bem. Hoje é quinta, e meu dinheiro tá contado pra sair só UMA vez nessa semana.

Pois bem. Hoje é quinta, meu intestino é uma grande piada, e eu fritei meu cérebro o dia todo entre ensaios, reuniões, planejamentos e projetos - não há tem quem diga -, e eu planejei sair só no domingo.

Aí vem cansaço, dor de cabeça, vem um falar merda no msn, vem fome de comer coisa gorda, vem vontade de rála-côxa. Quer dizer, vem tudo que quando vem eu pego meu carro e me direciono à algum lugar que tenha amigos e rum montilla. Ôpa, Rum é com maiúscula.

Mas hoje é fucking-ainda-quinta-feira, e não tem nenhum filho da puta pra me fazer rir no msn, ao menos.

"a" trabalhando (ou se preparando para), "j" nada mais se (só deus) sabe.

Ou seja. "j", sweetie, eu se você fosse, guardava toda a energia para me levar pro baile domingo. Ou para se defender da minha agressão caso você se negue a tal.

É ou não é ou não é ou não é?!

É!

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

O fim de uma era

Eu só quero dizer que a Lôca, a partir de ontem, cobrará 25 reais de entrada às quintas e domingos. Você leu bem. VINTE E CINCO REAIS. DE ENTRADA.

A gente não consegue entender a conexão crise-2008 com os aumentos abusivos nos preços dos drinks, e essa preço absurdinho de entrada. ENTRADA - não consigo superar.

Isso diz muito sobre nossos futuros. E sobre a Gambiarra. Agora é só fazer a sóbria na saída do Cambridge pro povo não dar o truque no caixa de lá - porque diz que ali o bicho pega!

Ok, vamos acabar logo com isso porque odeio despedidas. Lôca, a gente deseja sorte. Se não for com a gente, que você seja muito feliz com outros muitos. Vamos sentir saudades, mas melhor do que ficar arrastando uma relação mendiga e sóbria. Porque essas coisas nunca dão certo juntas.

Tudo de bom, querida!

domingo, 16 de novembro de 2008

Mulher de malandro

Acho que já deu pra notar um certo... desvio de moral de nossa parte. Quando a gente bebe, então, fica mais evidente e fácil de localizar isso em nossas condutas.

Vou dar um exemplo rápido do dia de ontem. E quando digo dia de ontem, leia: Bubu. Noventa e nove reais.

Me passa um cara e faz um senhor *carinho* na minha bunda. The ass grabber. Ao ver meu espanto, um amigo ao lado se identifica e diz que com ele o mesmo aconteceu. Diz também ter visto o criminoso fazer isso com outro amigo próximo da gente.

Pronto. Só bastou isso pra eu achar o bonitinho um gato, pra eu obcecar e procurar ele em todo rosto que eu via.

Tudo isso ao som da frase EU AMO GENTE VULGARRRRRRRR que eu repetia como um mantra.

Nelson Rodrigues fichinha. Quer me conquistar? Perca a classe.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

ERRATA

Não sei se já deu pra perceber, mas a gente compete entre si. Estamos sempre quebrando novos limites, sendo cada vez menos éticos, pegando pessoas cada vez menos... como posso dizer?... previsíveis. Aparentemente a comparação entre a gente é combustível, e tá um sempre querendo fazer melhor que o outro. Pra não usar o termo inveja.

Caso é que nessas eu acabei que por nem dar todos os crédito da última história da Gambiarra.

"a" foi outro grande protagonista da noite, dono de muitos beijos individuais e coletivos com o bom velinho.

Quer dizer, quando você começa a omitir fatos para pegar todo o crédito de pegação com o Zé Celso, desleal é uma palavra mixa perto das que podem de fato traduzir você.

E pra dizer que não sou egoísta, digo com toda a absoluta certeza que fomos só nós dois - dos que escrevem no blog - que beijamos o Zé Celso, porque "j" e "d" não estavam lá.

Alguém duvida?

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

2º ato

Imaginei mesmo que essa história iria render bons (definao bons) frutos. Dá uma olhada no tipo de gente com quem eu faço amizade. Via testemunho do orkut:

"L": olha eu queria só dizer que depois de tantos anos brigados vc. não precisava se vingar de uma maneira tão baixa?
tiops furar meu zóio e pegar o zé celso só pq eu bjei ele,acho que não é por aí sacas11

*não aceita hein rsrsrssrs

Quer dizer. Diga-me com quem andas, que eu te direi que EU JÁ SABIA.

A vida é palco

A gente é daquele tipo que se vira bem em qualquer ambiente. Sáqualé?

Então pra quem achou que findando a Lôca, a vida passaria a ser menos surreal, tome nota.

Porque ontem foram os trezentos e vinte sete anos de Teatro Oficina lá na Gambiarra, nosso novo seio dominical. E aí que cheguei no perigo depois que todos os meus amigos entraram e a fila resolveu parar na minha frente. E trezentos e vinte sete pessoas mais vips que eu furaram a fila e... enfim, isso não tem a menor importância. Mas cheguei bem perigoso. Sabe aqueles dias?

E aí eu queria todo mundo, o céu era o limite, e acabei que conclui que queria continuar minha linha de pesquisa de sábado, e pegar outro negão, no caso um ator que eu amo e não vou falar aqui pra não arrecadar concorrência.

Nisso eu tava na pista, queria esse negão - que na verdade é um neguinho baixinho -, Gero Camilo e Zé Celso estavam de pé no balcão do dj da pista principal, com microfones nas mãos, e a vida não fazia mais nenhum sentido. Quer dizer... o dia começava a ultrapassar dos limites ultrapassados no Planeta Terra. E isso não é mixaria.

Eu só gritava VAPOR-VAPOR-VAPOR, e em certa hora eu comecei a amar o Zé Celso, amar o Gero, e aí queria socializar com a vida. Pro Gero eu me contentei em chegar lá e dizer que ele mudou minha vida. Ficou tímido. Imagina, eu também ficaria. Se você visualiza meu estado chegando pra alguém e dizendo isso... só resta timidez.

Ok. Não contente quis vaporizar com o Zé. José Celso, um senhor de 71 anos. Um senhor de 71 anos que tava pegando todo mundo. Eis que nessas alturas eu tava dizendo sim pra humanidade, queria aumentar a temperatura da casa do capeta, e resolvi mandar essa

- GENTÊ, VAMO BEIJAR O ZÉ CELSO!! (exlamação, exclamação, exclamação...)

Qual não foi minha surpresa todo mundo disse sim. (meus amigos, aqui vai meu beijo e meu amor)

Corta / tô na pista, Zé celso se encontra na minha boca, acho que tem uns amigos meus nos cantos (da minha boca) fazendo beijo a 4, tem uma mão boba sinuosa no meu púbis. CORTA / O beijo se desfaz, olha pra baixo, a mão sai do meu púbis. Era a mão de um senhor de 71 anos.



Evoé

sábado, 8 de novembro de 2008

Lôca - Passado, Presente e Futuro

Amanhã não vou poder ir na gambiarra, também conhecido como o novo "lôca de domingo". Taí umas tequilas, um dark e um negão no banheiro que não me deixam mentir, o lugar tem potencial, mas na minha opinião ainda é cedo pra dizer. Já ouvi esse papinho de "lôca is so 2003" muitas vezes, e consigo ver na minha mente a bacia das almas com a rainha de copas vestida de morte dizendo "não me subestimem, eu ainda vou enterrar todos vocês". Medo do duplo sentido dessa frase, mas abafa.

Saudades da dercy - quando falavam que ela ia enterrar todo mundo respondia "eu não vou enterrar ninguém porque eu não sou coveira, eu vou é mijar no seu túmulo". (L)

Mas tendo "acabado" ou não, cabe dizer que a lôca marcou muito os últimos 4 anos da minha vida e por isso já lhe sou grato. E por isso vale entrar pelo túúúúnel do tempo (/videoshow) e relembrar os primórdios desse lugar, que para quem não sabe é muito antigo mesmo. Dizem que léia bastos inspirou oscar wilde a escrever "o retrato de dorian gray" e que o palquinho foi inaugurado por uma performance ba-ba-do de josephine baker. Dizem.

Pelo menos tenho certeza que alguns amigos conhecem lá dustempus que entrada era cinco cruzeiros cruzados urvs reais e fechava meia noite. E era cheio de góticos e o clima era familiar e a música era boa e ainda era underground e tudo era lindo e *bocejos desse papo*

Minha primeira memória é de circa 2000, quando eu e minha prima estávamos entrando passo a passo no mundo dos vapores noturnos, mas de forma muito segura - matinês HT. Armários ainda eram uma realidade para nossas existências da adolescência.

Krypton já era história, Club K já estava cansando - what's up with the K, bitches? - e o novo Matrix tava decepcionando. Eis que ela lê na capricho que na frei caneca tinha uma balade de domingo superlegal. Sim, na capricho. Um brinde a pessoa que escreveu a matéria. Targeted audience FAIL.

- Vamos variar nossas matinês de domingo, 'j'?
- Vamos.

Entramos no carro com a minha tia, e o carro de uma outra bróder na frente. Minha tia começou a demonstrar sinais de ansiedade - mas perae, é nessa região? É do lado centro? É nesse buraco com um cartaz na porta? Paramos o carro e o pai da outra menina foi checar o lugar. Voltou chocado - "tem um TRAVESTI na porta recebendo as pessoas. Um TRAVESTI". Protestamos mas tivemos que ir embora pro club k mesmo. Desde esse dia, toda vez que vamos na augusta essa minha tia fala - aquele lugar é boca. Aquele lugar é bo-ca.

Reclamei e reclamei mas lá no fundo eu tava morrendo de medo de entrar na lôca e fiquei feliz pela proibição (meique a mesma sensação de quando quis fazer um piercing e meus pais não deixaram). Na minha cabeça ia ser um lugar lotado de travecos, gente lôca berrando, povo cheirando e injetando heroína descaradamente. Not too far from the truth, actually. Lôca, fui eu que mudei, não foi você.

Naquela época eu jamais imaginaria que alguns anos depois lá estaria eu com meu primeiro namorado, pirando porque meu, toca strokes na balada, que foda. Todo um mundo indie se abria à minha frente. Lembro bem também de uma funcionária comentando que ela era a única daquele lugar que não cheirava. Corta pra alguns meses atrás, ela comentando que tava precisando de um padê. Tão clichê esse 'arco da personagem'.

E corta pra anos depois eu com aquela mesma prima, dois homossexuais esclarecidos, bebendo oceanos e beijando jeovás. E quem diria que aquele amigo bonitinho dela - de cachecol na lôca: estilo ou o ar condicionado ainda funcionava na época? - seria amigo de todos os meus futuros amigos e teria um futuro caso com meu futuro ex-namorado. São tantas fases, tantos altos e baixos, que não acho certo decretar o fim de uma balada assim.

Mesmo louca, a vida é um eterno aprendizado, Amaury.

Um beijo pra lôca, pra tudo que ela me deu e pra todo o dinheiro, dignidade, saúde e vergonha que de mim ela tirou. You had it coming.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Kimmy Gibler, o jogo

Sou/adoro gente sem muito nexo na vida. Não é segredo pra ninguém. Vide nossas noites. Nossas gíras, por exemplo. Veja bem... nosso apego por elas muitas vezes se medem pela falta de sentido. Entende?

E um dia eu estava num pós-vapor, algo que nada mais me lembro. Aquela coisa rara de acontecer. E em todo aquele bucolismo já próprio da ressaca, já descrito aqui muitas vezes. Sensibilidade, exagero, luxúria, poros cheirando a rum montilla. Aquela falta de estrutura cerebral. Enfim. De repente me começa aquela vinheta in-ter-mi-nável de E.R., na Sony, com Under Pressure de fundo. Tudo o que eu conseguia pensar era...



Why Kimmy Gibler...Gibler...Gibler?

E se você ainda não entendeu nada, o que eu compreendo (ã?), chega aqui e ouçao no 2'48.

Ok. Passado isso, informação disseminada, mais uma noite, mais muitas doses, é claro que eu tô afim, Kimmy Gibler virou palavra de honra. Presidente, if you will, como se não houvesse Obama. E no meio do caminho, tinha um filme meio do Abba. Aí nos veio uma Kimmy Gibler meio travesti. Kimmy Kimmy Gibler: a man a partir de 1'16.

Não bastou. Passou o travesti - porque Travesti sabe chegar, travesti sabe sair -, veio a Kimmy romântica. Kimmy Gibler Love, logo em 0'08. Num vapor 90's. O novo 80s.

Já tirando leite de pedra, uma hora ou outra o assunto ia chegar na Britney. E como eu acho cult não linkar a Britney em blog, do mesmo jeito que hoje em dia é legauz não ter tatuagem e não fumar, puxa você pela memória. Vapor / cê tá na pista / som alto / cafuçúria / as bixas começa a enlouquecer / gritao, e vem... KIMMY GIBLER MOÁR, GIBLER MOÁR, KIMMY GIBLER MOÁR.

Falando em móar, vô nem começar com a nossa versão de Kimmy para Karma Chameleon. Porque quem sabe faz ao vivo.

Descobertas, insights e teorias da conspiração: bebimeuprogresso@gmail.com

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Furto de memória

Fiquei refletindo se no geral nosso blog traz motivos que façam o leitor ter vontade de beber e siacabar, ou se somos argumentos motivadorissíssimos que já ajudou cerca de 34 pessoas a chegar à vida sóbria. Tente você também.

Enfim. Nada cheguei à uma conclusão.

Mas se esse post não te fizer refletir, colega, você não tem futuro.

Porque eu simplesmente perdi uma bolsa, meus óculos de grau, minha blusa de moletom tão amada e a mais usada. E recentemente meu celular.

Acontece, shit happens, a vida é uma merda. Ok, sei disso.

Agora que vem o porém. Jamais sei aonde perdi, se doei a um mendigo, se vendi em troca de drogas, se simplesmente lembrei da Naomi e defenestrei meu celular carro a fora. E assim, pode até ser que eu tenho apenas perdido tudo isso num dia sóbrio, num descuido de ônibus, ou que me roubaram e eu nem vi.

Ok, pode ter acontecido de tudo. O problema é não ter controle sobre minha vida e memória num grau etílico tamanho que eu JAMAIS poderei ir à polícia reclamar algo.

Merdas.

*****
Atualização

Queria agradecer a Nana Shara, Sarah Shiva e Zabelê pela graça alcançada. Recuperei (quase) todos meus bens. E lógico. Como eu suspeitava, fui espalhando tudo por casas de amigos enquanto eu bebia. Questão de prioridades.

CORRAO

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

¿Estás Hablando Conmigo?

No começo de 2006 algumas amigas começaram a combinar uma viagem para a terra do tango, de menem, de maradona, de madonna OPS evita e, mais importante que tudo, de cafus incríveis que falam 'te quiero' no pé do ouvido. Quem já foi lá sabe do que eu estou falando! Argentina, muchachos.

Por problemas diversos, as amiguë foram pulando fora, uma por dia, até que na véspera a única companheira restante comunicou que não iria. E eu, que só tinha entrado por último no programa, sobrei. Mas como eu me considero uma pessoa independente e é preciso agarrar as oportunidades e chique é ser inteligente e quem com ferro ferra com ferro será ferido, me joguei na aerolíneas, comprei meus pesos, coloquei 'dont cry for me argentina' no ipod e fui fazer um vapor portenho.

Fiquei lá uma semana, e entre cada bife de chorizo e visita a cemitério eu conhecia algum cantinhë das gay. O primeiro que eu fui era a coisa mais trash da história - e vocês sabem que vindo de mim, essa é uma declaração séria. Ironicamente chamado de angeles, era basicamente um puteiro de travestis. O próprio host do local me advertiu na entrada: 'cuidado para não ser roubado'. Aquele lugar fazia a lôca parecer festinha de 1a série.

Mas a primeira impressão, ainda bem, não foi a que ficou. Dia seguinte conheci o sitges e ele virou meu grande point. Minha primeira noite lá começou com drinks tensos e solidão e terminou com mojitos e um paraguaio - pero bien autentico - me ensinando os passos da saudosa lambada.

Já a outra noite terminou bem pior. Estava saindo do sitges e peguei um taxista medonho que logo perguntou se me gustava los chicos o las chicas. Pela lógica dos gays argentinos, minha resposta "positiva" (me encantan los cafus) só poderia ser seguida pela pergunta de se era verdade o mito dos brasileiros bem dotados e qual era o tamanho do meu pau.

E que pela lógica dos gays argentinos taxistas assustadores, só podia ser seguida pela solicitação - um brinde ao eufemismo - de que eu tirasse o pinto da calça e balançasse pra ele. Era um tal de 'no no no no no', de 'ahhh não fica tímido, tira e mostra pra mim, deixa isso pra lá, vem pra cá, o que é que tem eu não to fazendo nada nem você também'. Um tal de a mão dele simulando um pintocóptero. Ai.

Isso depois de perguntar se eu era ativo ou passivo, qual era meu tipo, de me pedir para dar notas aos caras que passavam na rua e de errar o caminho. Tudo em um espanhol claro-NOT que sempre deixava o malefício da dúvida de que talvez ele estivesse falando absurdos ainda maiores.

Minha cabeça só conseguia pensar "pronto, acabou. Esse cara vai fazer a robert de niro pra cima de mim, me levar pra um beco escuro e me estuprar". No final isso não aconteceu, graças a deus, e eu cheguei no albergue com a minha jodie foster intacta. E no bolso o troco da minha corrida, que eu descubri dia seguinte ser uma nota falsa.

Basicamente, dá pra dizer que paguei para correr riscos com pessoas taradas.

Pensando bem, nada que não aconteça regularmente...

(buenos aires - to be continued)

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Sob nova direção

Queria dizer uma coisa pra Lôca: estou mudando para melhor. Porque eu mereço.

Depois de muita danda lua na entrada do gueto tocando na pista em pleno ápice da meia noite, de muita gente intêênsa dy tyatrum cheia de garra e corações à mil, de 2 tequilas, muita cerveja, 1 dark, e muita falta de ética pra contar história, a gente tá mandando esse memorandum pra avisar que nosso novo lar de domingo é a Gambiarra. Beijos-classe teatral.

No próximo a gente volta lá para acabar com o que, por ventura, sobrou ontem. Porque se a noite começa com vomitinhos de tequila indo e voltando da boca pro estômago, só existe um destino certo:

Jundiaí - pasmem! (sempre sonhei em puxar um tracinho com pasmem/exclamação) Isso mesmo que você ouviu. Você vê só como a vida é engraçada. Uma entradinha sem querer no rodoanel quando eu estava prestes a chegar em casa e ÔPA, 2 horas de muita confusão e trapalhadas numa cidade do barulho. Eu disse duas horas. Eterno vapor de uma mente sem memória.

Dirigir quase dormindo?! Um eterno aprendizado

domingo, 26 de outubro de 2008

Drinking Game - Alice

Todo mundo gosta de um drinking game (não é?)
E porque não jogar um enquanto assiste o seriado Alice, na HBO? É tão óbvio, tão básico, e dá tanto material pra se jogar e acabar bem bebadinho.

Então escolha sua bebida, chame os amigos e drink up:

-1 gole/shot nos seguintes momentos:
-Mamilos de mulheres
-Bunda de homem
-Tia ou vizinha acende um baseado
-Palavrões "leves" (puta, porra, merda,...)
-Cenas em Palmas
-Cinco planos seguidos de paisagens de SP
-Motorista latino aparece

-2 goles/shot:
-Mamilos de Alice
-Alice sentada na privada
-Pau de homem
-Palavrões "fortes" (fuder e derivados, buceta)
-Cocaína
-Beijos triplos
-Personagens se masturbando
-Beijos gays
-Travesti
-Irmãzinha da Alice fala um palavrão
-Alice trepa com alguém e ganha um presente
-Alguém trepa com o motorista latino

-3 goles/shots:
-Buceta da Alice
-Beijo lésbico da tia
-Irmão de Alice atua bem
-Alice chega atrasada no trabalho
-Bunda do motorista latino

-Beba tudo que estiver na sua frente:
-Buceta da tia
-Estupro
-Cocô
-Incesto
-Pau do motorista latino

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Sábado do Povo

Uma preguiça de tentar juntar os fatos que boiam na minha memória, mas acho que esse sábado não deve passar em branco. Nem que seja pra deixar só uns cacos do que foi.

Bom. É fato mesmo que dormir pouco é a chave do sucesso. Logicamente que se você dorme pouco e vai trabalhar, o foco vai pro mau humor. Mas se você dorme quatro, cinco horinhas e vai pro Playcenter, a vida muda. Pouco sono dá margem pra uma loucura muito interessante. Dica dada.

Então. Outra dica também que Noites do Terror é um grande vap (vap de vapor, do grego vapeur). E você juntando a noite pouco dormida com aqueles monstros, aquelas maquiagens, a nossa falta de noção e aquele público, vixe... sai da frente (pra não repetir aquele outra gíria). Porque tudo isso + cansaço é descontrole e falta de noção na certa. E isso antes de beber.

Agora tendo isso tudo nas mãos e comprar uma vodkinha é a receita ideal pra tua noite acabar na Blue Space, tendo a Ana Paula como musa e melhor amiga. Favor acompanhar as aventuras nossas com a Ana Paula no histórico do nosso Twitter.

Pra concluir toda essa aventura repleta de trapalhadas, com essa galerinha que está sempre atrás de muita confusão, a nossa noite acabou com idas e vindas e idas e vindas e idas e vindas no dark room. Você já lê e imagina, né. Jura. Mas não. O tema desse trajeto era POR ONDE ANDA "J"?. No fim encontramos.

Agora do que depender da memória dele pra sabermos alguma coisa sobre...
.
.
.
... jamais saberemos.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Ressaca, Nudez, Mágoas... e o Bozo.

Segunda-feira eu estava na grande viagem da res-sono-saca, pedindo sanduíches triplos no giraffas (reforma ortográfica?), quase chorando com a "beleza" do som de violinos e sendo ridicularizado por transeuntes que me viam batendo palminhas animadamente ao som da música do carro. É regra universal que ressaca é uma brisa única de sensibilidade aguçada e semi-loucura? Discuss.

Só sei que eu preferia que pelo menos ressaca não desse tanta fome, já que segunda constatei que minha dieta dos três dias anteriores havia se resumido à: catuaba, rum, pinga, vodka, energético, cerveja e x-burguer - incluindo aqueles de posto que um minutin no microonde tá pronto, e outros oriundos de lugares com nível de qualidade indiscutíveis, tais como a padaria-do-lado-da-bubu.

Pelo menos na caipirinha tinha umas fruta... pra faze o intestino funcioná, sabe.

Mas voltando pra segunda-feira. Ao longo do dia, fui descobrindo fatos da noite anterior, porque minha única lembrança era de estar na pista e ver minha camiseta ser retirada violentamente e rapidamente do meu corpo, revelando toda a esbórnia sedentária que tenho vivido. O culpado de tudo foi 'm', grande monstra da nudez.

Antes de dormir ainda descubro que derrubei minha bebida em pessoas - até aí, nada de novo. Mas em tempos de crise é preciso evitar o desperdício, o que me fez lamber essa bebida de volta. Minha primeira reação foi perguntar "eu lambi do chão?", o que já diz muita coisa por si só. Mas acho suficiente contar que 1. eu lambi de corpos, 2. pela lei da gravidade as bebidas caem 3. as pernas estão abaixo do pescoço.

Algum tempo depois, quando fui contar da noite, lembrei que beijei - além de todos os meus amigos (/novidade) - alguma pessoa x. Vagas memórias de ficar mágoas por ser ignorado por alguém que queria, mas agora to achando que é o mesmo. Parabéns - além da mágoa de quem você quer e não te quer, da mágoa de pegar alguém e depois ele não te querer mais, agora existe a mágoa de conseguir o que você quer e depois ficar mágoas por achar que não aconteceu.

Só que o que mais marcou minha noite foi a grande bad trip de estar sob efeito de ervas de jeová e assistir o bozo no palco. Nunca fui fã do bozo, aliás ouso dizer que ele não é do meu tempo. Mas o que me choca de verdade foi que minha amiga me contou que o bozo era monstra do padê e ficava bem lôca cas criançë ao vivo - mas que depois tinha feito a arrependida, ido pra rehab e encontrado nosso querido JC (mais conhecido como DJIZÃS). E virado pastor! Ele até fez uma performance na escola dela, vestido de bozo, mas tirando a maquiagem aos poucos, como se encontrando seu verdadeiro self na frente dos alunos. - Eu fazia esse papel. Mas por dentro eu não era feliz. (*pega o lancôme e limpa o sorriso de coringa da cara*)

Agora assim... talvez exista mais de um bozo - foi o que me falaram, mas se eu fosse fã acharia difícil de aceitar. Imagina se tivesse duas vovós mafaldas? Duas maísas? Duas xuxas? Duas priscilas da tv colosso? Mas existe também a hipótese deste bozo em questão, um grande bozo único, ter ficado bowa de fazer voto de pobreza e ido atrás da fama e dinheiro que lhe são de direito. E acabou caindo no grind - um lugar que não é exatamente recomendável para quem algum dia gostou de ficar monstra do padê e bem lôca cas criançë.

Bozo formou meu caráter.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

A fuga da galinha

Sábado deus falou: desce e ahaza. Mas ele não foi muito específico.

Fomos pra Bubu. "J", eu, e nossas amiguës do Será que sou eu?!. E olha...será que era eu? Aliás... será que era o "j"? Não tem diga que esse meninë mostra que se importa quanto às eleições, porque no que diz respeito à sua parte social na Bubu, meu voto pra ele é nulo.

Já no auge de minha loucura, era entre 3 e 4 da manhã, e eu já tinha bebido uns 50 reais de Cuba Libre. Fora que antes de entrar a gente deu aquela calibrada no bar. Pois bem. Era entre 3 e 4 da manhã, e "j" atingia 100 reais em sua comanda, o que o fazia a quitar sua dívida caso quisesse pegar uma segunda comanda. Teoricamente havia a opção de só pagar tudo antes de ir embora, e agüentar o resto da noite na seca. Afinal, eram entre 3 e 4 da manhã, já haviam 100 reais dentro de seu organismo, além da calibrada no bar de fora.

Logicamente que isso não era opção pra "j". A segunda comanda veio. Foi aí que "j" passou dessa pra melhor. Defina melhor. Então já eram mais de 6 horas, e eu achei que já estava numa boa hora de sair, né. Tipos... oi, cansei. E decidido isso junto com meu amigo rico, perguntei pra ele se ele já havia pagado - pela segunda vez. Ele disse sim, confirmou, ôpa, simbora mais eu pro Mc. No caminho da saída, em plena pista de dança, ele - que estava atrás de mim - simplesmente saiu fugido. Sumiu pela pista. Tipos... oi, surtei. Fiz uma cara de cu. Uma cara de DE NOVO, SÉRIO?, e continuei no meu caminho já querendo que ele se fodesse. Mas chegando lá refleti meu dever social para com aquele ser que naquela altura já estava acéfalo, e resolvi ligar, mandando ele me encontrar.

Eu com o cartãozinho de saída nas mãos, já perto da porta, paro ao ouvir a lôca mandando eu esperar. Então ele pára no balcão da entrada, que ele tá careca de saber que só possui a função de entregar comandas na entrada. Muito depois das 6 da manhã, atrás daquele balcão só havia um segurança assistindo o movimento. "j" decide que é ali mesmo, começa a tirar sua carteira do bolso, comanda, jurando que vai pagar ali sua segunda comanda.

Oi, sua puta, lembra que você disse que já tinha pagado? Logicamente que depois que você bebe 100 reais e ainda sim pega uma segunda comanda, se alguém faz uma pergunta usando pagar e comanda na mesma oração, qualquer resposta é deconfiável.

Ok, confirmado que a segunda comanda estava pendente, fomos nós em direção da fila do verdadeiro caixa. Tipos que eu tava bem de bôwa, já tinha pagado há séculos, tava na fúria de MCDonalds, e depois desse carnaval todo ainda existia uma fila GI-GAN-TES-CA para enfrentar. Uma coisa Playcenter. E se eu tô dando todos esses detalhes, é para que Deus leia e saiba o bom menino que sou. Porque sábado na Bubu eu sei que ele não tava.

Ok. Fila enorme. A gente lá naquele vapor, "j" imprestável para qualquer tipo de diálogo. Como eu já tinha gastado a minha cota de fila, fui buscar um passatempo.
- Fica aqui na fila que eu estou aqui do lado, olhando a pista daqui de cima pra ver se acho meu amor de 2 metros e 37.

Oi, se você é o loiro de 2 metros e 59 que estava sábado na Bubu, me add em algum lugar. Mas me add mesmo.

Tá. Tô lá de olho no Prof. Girafales loiro da balada, quando volto o rosto pra fila pra certificar se "j" ainda vive, vejo um ser fugindo enlouquecido da fila, como se alguém tivesse acabado de anunciar a presença de uma bomba no recinto. Meu amigo é o "j", mas ele poderia facilmente se chamar "c". De CORRAO.

Nessa hora não sabia se eu chorava ou se agredia, mas fui eu lá atrás do meu filho, na véspera do dia das crianças, no banheiro feminino onde ele acabara de entrar. Fomos então mais uma vez pra fila. Então dessa vez, pela vergonha, decidi ir pra fila do outro lado. E lá, depois do esporro que eu dei, ele até recuperou seu dever social comigo. Meio no espírito LEMBRA DO BOM-HUMOR? ACABOU. E lá ele ficou bonitinho na fila enquanto eu mais uma vez ficava de olho no meu marido da pista. ALTAO

Quando eu vi que ele tava quase no caixa eu cheguei perto caso precisasse algum auxílio, alguma assinatura, algum responsável supervisionando. E nessa hora ele parecia estar no final de um rala-côxa com um ser x que estava atrás dele na fila. A gente ainda não tem certeza se houve algo. Fica a dúvida.

Mas foi assim que eu finalmente consegui sair da Bubu. Com muito esforço e muita garra. E com muita fúria. Fúria que acabou sendo direcionada pro primeiro imbecil folgado que eu cruzei no Mc. Já eram mais de 7 da manhã, e um mano imbecil me viu andando com minha bolsa-a-tira-colo-sempre-presente.
- E aí, viado?!
me baixou Silvetty, me baixou Tim Maia, minha voz engrossou Nair Bello.
- Sou viado mesmo, algum problema?
Ele ficou mudo.

Dormi tranqüilo naquela manhã.

A volta dos que nunca foram CORRAO

- Se você quiser ir comigo pra minha casa, é só me falar.

Tantas vezes que já falei isso para pessoas, tantas pessoas que eu já quis que falassem isso pra mim. E quem vem me dizer isso? Michael, o cafona - favor ver outro post. Naquele momento eu estendi a ele o troféu joinha e quando ele viu que eu não tinha para onde fugir me agarrou com toda a força.

- Não, não, não vamos posso beijar...
- É, né, depois eu vou voltar e você vai estar beijando outro.
- Ai... mágoa.


Michael se afasta. Bozo entra no palco. Eu me pergunto se a vida ainda faz algum sentido.

FIM.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Disk Caguei no Maiô

Tava eu de bobeira hoje lá na Brigadeiro. E taí um pleonasmo juntar eu e bobeira na mesma oração. Mas tá. E aí olhei prum poste e avistei:

CARTA SUSPENSA? (11) 4975 3979

Vapor! Já que o Johnny libera uns taxi pras gostoza só no sábado, achei melhor anotar. Lei seca ta aí. Eu não sou exemplo pra ninguém, que dirá meus amigos. Fica uma dica aê pra nação.

Ligando lá e falando que você chegou através desse blog, cê ganha desconto no segundo suborno de blitz.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Star Quality

Uma amiguë minha uma vez me deixou um testimonial (vulgo depoimento) no orkut dizendo que eu era um pouco tímido, mas que depois de duas cubas era digno de um palco. Guardadas as devidas adaptações - não sou mais tímido, duas cubas virou quatro, defina digno - considero que foi uma verdade que ela previu. Vejamos:

1 - Neste último sábado mesmo estive ao lado da drag Dilah Diluz e da nata da periferia GLBT paulistana no palco da tunnel. Tudo começou quando eu e "m" ficamos discutindo de como eu estava cada vez mais superando meu superego, sem medo de ser feliz, e de repente isso equivalia a não ter medo de ser feliz em um fica comigo com uma racha no palco. Não conseguia parar de rir, não falei o nome que eu queria (ou seja, disse meu nome certo), declarei que meço (mido) 18cm e quando me perguntaram se era gay só disse "é". Fui lá, agarrei a feiosa e fui o primeiro a ser rejeitado. Fiquei um pouco mágoas mas refleti um pouco e pensei "melhor do que ser escolhido e ter que beijar a racha". Fui descer do palco, achei que tinha uma escada e OPA não tinha. Fim.

2 - Outra vez fui chamado para o palco da lôca em uma quinta feira. Como sempre, tive que responder ao questionário de perguntas super genéricas e fáceis de responder publicamente, do tipo "você é passiva" e tamanhos que não são a sua altura. O pior foi eu mentindo - "sou economista" OI NÃO SOU - e hesitando em horas erradas - "é passivo?" "ahn..." (gongação geral). E o gran finale: um amigo nosso ia me beijar mas não estava sendo pró-ativo o suficiente, por isso foi substituído por outro, que para provar assertividade me agarrou. Eu deitei no palco com ele em cima de mim. E sim, ele era bom e o beijo também.

E o meu pânico de não ter condições de comprar o cd? Cd esse aliás que é de uma genialidade ímpar - abre com silvetty gemendo COISAAAA BOAAAA PRA VOCÊÊÊÊ e tem uma versão de kid abelha chamada AH EU QUERO DAR O CU, COMO EU QUERO. Um clássico também da qualidade de gravação - as músicas seguintes começam com o finalzinho da anterior. Tá lá na minha prateleira - Para wong foo obrigada por tudo julie newmar 'j', um beijo da silvetty. E para quem acha que tá hype com disquinho do rufus wainwright, recomendo uma visita para a página da silvetty na wikipedia. And I quote:

"Silvetty has also released a 14 track album named 'Coisa boa pra voce' (something good for you) which instantly became a must-have among gay boys in Brazil"

a.must.have.

3 - Para a experiência mais traumática e transcedental que alguém já viveu em um palco, favor checar esse post.

Mano. Já dá muita merda com as pessoas me vendo en passant na noite, do tipo "quando te vi na pista, você estava alucinado" ou "quando você veio falar comigo, falou muitas coisas constrangedoras". Ok. Agora pra que fazer questão que to-do mun-do me veja e me ouça, com direito a microfone e luzes? Quando foi que esse espírito de calouro tomou conta de mim?

Beijos, me segura que o próximo passo é a danger.

domingo, 5 de outubro de 2008

Beijo-me-anula

Mano. Primeiro que agora eu falo mano. Segundo que eu tô me segurando pra não entitular esse post como ELEJAO. Porque agora tudo que eu falo é com AO. Um beijo pras portas abertas do meu inconsciente, via Cuba Libre. CORRAO.

Mas tá. Eu acabei de votar. E eu imagino que eu devia ser a pessoa mais mendiga daquele recinto. Que não era lá o Maksoud Plaza.

No livro Confissões de Adolescente, a Ingrid conta que na primeira vez que fumou maconha, ela saiu na rua bem lôca da taba com uma toalha na cabeça, e só foi se dar conta disso pelo olhar de choque das pessoas.

Pois bem. Eu estava *no vapor de ressaca da Tunnel*, eram quatro e quarenta e três, e eu tava batendo papo aqui no msn. Sabendo que o tempo limite é às cinco. Oi, não é que nunca votei. Aí, com a agilidade de um hipopótamo saí do computador e fui em direção aos meus planos. Botar uma roupa decente; escovar os dentes; dar um tapa no cabelo; uma parada na privada; tentar ficar menos fedido.

Claro, como de praxe eu sempre "me dou conta que estou atrasado" no meio da escada. CORRAO. Eu começo a sair correndo e já vou desistindo de todos os meus planos, dando prioridade só pra um. Achei digno escovar os dentes, porque fiquei com dó do povo que fosse estar perto quando eu precisasse pronunciar meu nome. Ok.

Num pulo eu só troquei de bermuda, peguei meu título e saí em disparada. _ _ _ _ _ _. Cheguei lá. E os mesários já com um olhar de final de rave, no efeito da bala ainda, meio na tensão dos últimos segundos. E num pulo eles me mandaram votar naquele segundo. Oi, eram quatro e cinqüenta e oito. Uma coisa missão impossível. Passando por debaixo da porta da garagem que está descendo pra fechar, no último segundo.

Foi então que aconteceu um imprevisto. Naquele vapor de pressão dos mesários, eu consegui errar na escolha do vereador. Obviamente também porque dediquei todo meu tempo livre à bebida, de quinta até ontem, e esqueci de rever meus conceitos sobre eleição, sobre votar apenas na sigla do partido, como isso é na prática, etc e talz... caguei. E aí enquanto eu pegava meu comprovante, senti o olhar que a Ingrid sentiu na rua. Reparei, portanto, que um trapo que eu trajava, formerly known as camiseta, estava mostrando ao mundo que veio.

É assim. Em casa eu sou um mendigo. Mais que fora dela. E se você ver as coisas que eu uso, desacredita. E aí que tem essa camiseta metida a peneira, que além de tudo não tem mais barra, é uma sucessão de pontas rasgadas e fios soltos pendurados na altura da minha coxa. E por cima tinha só uma blusa tapando a maior parte dela. Com o tempo escasso, antes de sair de casa pensei: botando esse lixo por dentro da bermuda, com a blusa por cima, e não tem quem diga. E claro, esqueci.

Então foi isso. Quando eu vi eu tava com essa trapo à vista, esvoaçante, com todo mundo olhando com asco, porque após o choque disso, o olhar das pessoas seguia pro meu cabelo, onde não havia nada no mundo mais pegajoso, e finalizava olhando pro meu chinelo - mais sujo que as ruas sujas de santinhos.

Ressaca = mendiguismo público

- Eu. tenho. medo.

TUNNAO

Agora é assim. Não basta ser louco e inconseqüente - pelo bom uso do trema, saudades -, eu também grito. Grito. Sim. Como se o mundo fosse surdo, eu dou gritos aleatórios. 90% usando a palavra CORRAO. Precisa nem frisar quão rouco eu tô, precisa?

Já falei que a Tunnel é de Deus? É-de-DE-US.

Das coisas que mais me recordo de ontem: numa turma X, com o povo mais high on alguma coisa do mundo, eu já me sentindo íntimo, todos vibrando, uma menina protagonista, que atendia pelo nome GINA, passando gloss loucamente e beijando todo mundo na mesma intensidade. E dizendo pra quem quisesse ouvir que era 100% ativa. E eu soltando frases que de repente viravam tipos grito de guerra, todo mundo repetindo, batendo palma... enfim, foi isso.

Ok. Quando eu começo a dar ibope pra sexualidade de lésbicas, você tome nota.

Mano. Eu achava melhor nem citar isso, pelo bom uso do super ego, mas foda-se: teve lá showzinho de drag no palco. Ok. Claro que "j" subiu e fez um vapor. Era um *fica comigo*, e ele subiu porque teoricamente queria ficar com uma menina. A mais baranga do mundo. Mas o ponto desse parágrafo é outro. O que mais importa foi a drag no final recitando a letra de uma música do Caetano, na maior fúria da história do teatro marginal de São Paulo. E depois ela fazia o que? Tirava a peruca. Todo um conceito. Oi, meu nome é "m", e tudo o que eu conseguia falar sobre o show era FOI LINDO. E dizer que tinha quase chorado. Parabéns. Quase chorei num show de drag. Na Tunnel.

Mas basicamente foi isso. Ah, teve mais. Não citando nomes, mas quem foi comigo, no fim da noite, ficava gritando EU FIZ ALGUÉM GOZAR EM MIM NA PISTA. E oi, não era um grito aleatório. Era documental.

PORRAO

Ah, e eu não consigo mais fazer outra coisa senão ouvir Perla. Não sei como vai ser a Lôca sem a Perla pra eu cantar SONHOS no microfone junto. Ok. Bom. Ontem foi tranqüilo. Estrago mesmo vai ser hoje. Aguarde.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Don't Stop 'Til When You've Get Had Enough

Daí que dia desses minha necessidade física/emocional me levou a fazer um erro. Dizer isso = redundância, porque erros sempre nascem daí, mas a questã é que dessa vez a necessidade se juntou ao meu bem conhecido otimismo e boa vontade com o mundo. Só podia dar merdas.

Pra começo de conversa... não me julguem por beber demais. Ouso dizer que a maioria das pessoas no mundo é meio chata, meio feia, meio burra. E quando eu bebo, a realidade (não só ela, de vez em quando) vira de ponta cabeça e todo mundo fica super legal, super lindo e super inteligente. Algumas drogas deixam a percepção mais intensa, ou trazem mais sentido pra vida. O álcool confunde a percepção e tira o sentido. E isso, eu tenho descoberto, é uma coisa boa.

Quédizê... é uma coisa boa se você tem consciência de que é assim. Não quando você acha que aquele cara era incrível de verdade e portanto marca de encontrá-lo durante a semana. Sóbrio.

O nome: michael. Se não chamar maicol ou algo do tipo, mas isso não vou atrás de saber. Eu lembrava de ele ser bom, o 'm' confirmava, mas fica a dica aí pra vida: jamais confiar na gente bêbado. Combinamos de encontrar e ao chegar no bar da lôca eu meique tinha que encarar as pessoas um pouquinho mais, com a expressão neutra, à espera de um sorriso que me diria OPA, É ELE MESMO. Porque eu não tinha certeza de quem podia ser. Quase um blind date - com a diferença de que eu já tinha estado em um motel com aquele que eu, agora, não tinha certeza de quem era. Até que vi, e tive a certeza - que eu queria não ter.

Michael, o cafona, estava lá fora e não me viu. Eu rapidinho pulei de volta pra dentro do bar e fiquei tenso, refletindo, fingindo que estava no celular, aquela coisa básica. Considerei inventar que tive um desastre repentino na família, sumir sem deixar vestígios e viver o resto dos meus dias na paranóia de atender qualquer 'número desconhecido' ou dele me ver na balada. Mas achei sacanagem. Beijos-culpa, você só aparece nas horas erradas.

Fui lá e sentei com michael e as amigue dele. Comecei a beber cerveja, de estômago vazio e ignorando a lei seca. Não sabia porque. Se era 'tem cerveja na mesa eu não consigo não beber', se era pra beber tanto a ponto de ele ficar pegável (ia ter que ser bastante), se era pra ter coragem de dar uma desculpa esfarrapada e sumir, se era pra ter o que fazer com as mãos - o grupinho era não fumante, ainda por cima.

A conversa continuava e o motivo passou a ser 'pauta para o blog e reflexão para a vida'. Em algum momento entre conversas sobre heranças divididas entre 15 filhos - na maior vibe de 'bixa pobre que quer se fazer de rica' *bocejos* - uma parte do meu cérebro pensou 'Seriously... why am i here? Eu to voltando da faculdade. Eu já namorei pessoas bonitas e legais. Eu não sou horroroso. Eu faço sexo regularmente. Eu estou lendo 'A Insustentável Leveza do Ser'. Eu sei dar opiniões coerentes e fundamentadas sobre assuntos relevantes para a sociedade. WHY, GOD?'. A outra parte do meu cérebro só conseguia torcer para que ali não passasse nenhum conhecido.

Enquanto esses pensamentos tomavam a minha cabeça, michael, o cafona pegava na minha mão e me dava beijinhos. E quando o amigo dele chamou a gente para ir no athenas, a bonita deixou a decisão pra mim, afinal o plano original era motel. Eu fiz que daquele dia eu tava sussa, era melhor a gente só conversar, como se quisesse dizer "gostei tanto de você que não quero só sexo. Vamos nos conhecer melhor". Oscar pra mim djá!

Pelo menos o amigo dele era engraçado e o sanduíche do athenas é gostoso. Pra piorar, eu já tinha prometido levar ele pra casa, e eu sou uma pessoa de palavra, então lá fomos nós pra zona norte. No caminho alguma coisa tomou conta de mim e me deu aquela vontade. É que eu lembrava dele ter um corpo incrível. NÃO, NÃO TEM. E de ser um grande gênio na cama. NÃO, NÃO É. Foi uma verdade se destruindo atrás da outra. Revi minha vida, menine. Na hora eu queria fazer algo bem bapho pra impedir aquilo de ir em frente. Sugeriram passar cheque. Do tipo 'Caguei pra você' meets pelo bom uso do literalmente. Isso é manifesto!

No final foi um caso clássico de 'tá ruim tá ótimo', porque ele exigiu que eu ligasse pra ele no dia seguinte, mas gente ruim de cama não merece receber ligação. Beijosnãoteligo. Ah, e só mais um detalhe pra coroar: segundo ele, já tinhamos ficado antes, anos atrás.

De todas as vezes que eu fui na lôca depois disso, ele estava lá.

Michael é uma advertência ambulante do que eu sou capaz.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008



Baby Meu Progresso

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Luxúria

Oi. Tá afim de um rala-côxa? É a hora. Beijo me add.

Alguém me prende, que eu sou um atentado ao pudor em forma de ser human... defina ser humano. Sério, novas definições à palavra facilidade, vulgaridade, e Michael Douglas. Jesus, me faz dormir que eu tô a mônstra do sexo.

Jesus. Filho de Deus, grande sábio que me fez morar longe de qualquer sauna. Senão nessa hora, de cigarrinho na mão, era de lá que viria esse post. Juro. Sabe um funk da Tati? Sou eu.

Porque não sei se é algo universal, mas hoje quando eu acordei, depois de ter dormido umas 5 horas, depois dos litros de rum de ontem, eu vim aqui pro MSN. Animado. Sem calcinha. Fiquei aqui curtindo um vapor, internet, pirando, conversando, rindo, enfim... aquela hipersensibilidade/conectividade/bucolismo da ressaca. Já sabendo, que numa questão de tempo, chegaria essa hora monstruosa.

Tipos reloginho da globo dos 500 anos. Faltam 23 minutos para você virar uma puta, começar a deixar scraps, revirar agenda do celular, analisar os contatos do msn, etc...

Tem local aê suas gostoza?

Não sei bem se a ressaca traz uma carência pra tudo, e tô nem afim de analisar muito por esse lado, mas de lado, de 4... ai, tô fugindo do assunto. Mas é isso. Me segura que tô é bem lôco, e tem muito dia pela frente, eu me conheço, sei muito bem do que sou capaz, e tô achando que é hora de tirar aquele cochilo antes que XXXX (conteúdo removido por censura de amigo que é prostituta, mas não quer ser reconhecido como tal) me convença de me locomover até a civilização, para aproveitar a meia entrada pra estudantes na sauna, hoje. Jamais posso deixar de comentar o termo meia-entrada no tema sauna. Divirta-se.

Ou então pode acontecer meu *charme* do msn. Espia daí, e veja bem quem é esse que vos escreve.

Um dia acordei assim. Ressaca / mônstra querendo um cafuçu / beijo-redundância. Tá. Metralhei no msn. Nada. Ainda no méssendjeeer, observei mais de perto, vi uma vítima em potencial, dei aquela mirada de laser vermelho. Pronto, quis! O que fazer?, pensei. Bloqueei todo mundo da minha lista, menos ele. Tipos 7 horas no click do mouse. Aí fiquei off. Mudei o nick e onlinezei de novo pra chamar atenção do cidadão.

"m" - quem quer trepar comigo? acaba de entrar.

Vô nem falar a piada de deus no acaba de entrar, mas só queria deixar vocês a par do que sou eu nesses dias. Queria dizer também que a vítima nada se voluntariou, nesse caso. E que hoje ninguém ainda fez solicitação.

bebimeuprogresso@gmail.com

Fica a dica.

Magoaquismo

Não foi por acaso que a palavra 'mágoa' entrou com tudo no meu vocabulário. Porque pelamordedeus, segura que aí vem auto-análise. É fato que a bebida deixa tudo potencializado - belezas, amizades, ódios, etc - mas porque é que tem que deixar as coisas ruins ÉPICAS?

Alguém avisa pras pessoas mais ou menos que elas não são incríveis só porque eu sofro por elas? Quem é incrível é a minha cabeça, que projeta futuros hollywoodianos em qualquer um. Quem é a incrível é a minha carência, alimentada por mim mesmo, por algum motivo que me foge no momento.

Círculo vicioso da auto-estima: todos que nao me amao nao me add, daí eu como demais, bebo demais, fico mágoas, as pessoas me add menos ainda e pronto! Grande espiral da decadência humana. E todo mundo (=amigos) fala de como eu sou muito melhor que as pessoas que "me rejeitam". Ok, é o mínimo que meus amigos digam isso, mas pior que é verdade. Mas se as pessoas realmente merecessem meu sofrimento, daí não seria mágoa, né? Seria realidade. O pior é que grande parte da rejeição também é imaginária. Parabéns, 'j', você vive em um mundo paralelo, sabe como isso chama? Esquizofrenia.

eu não nasci de óculos, eu não era assim!

Porque você não olha pra mim Ô Ô

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Ílha-Ilhá-do-amor

Segunda-feira, meu feriado nacional. E um eterno aprendizado. E se você começa o domingo vendo Alice, na HBO, no mínimo tem muita ladeira pra descer.

O que não sai da minha cabeça é:

  • Estar morrendo de dor de garganta só vira desculpa pra não sair de casa quando é trabalho / estudos.
  • É oficial que se eu chegar na Lôca e não tiver caindo pelos cantos, com 3 tequilas previamente viradas, eu vou fazer bingo na comanda. É batata.
  • O pior disso é que eu ando fazendo um esforço ENORME para que minha comanda dure mais que 3 da madrugada. (/Alice) Então, o que tá rolando é uma power yôga onde eu tento no mínimo fazer cada copo durar 45 minutos. Faltou o Lenine do meu lado cantando Paciência...
  • Sloth tava lá, pelo menos no final da noite tive certeza que era. Me olhava com uma cara que eu não sabia se era ódio perante minha frigidez e cara-de-pau, se ele também fazia ali uma yôga esperando eu entornar mais umas e me liberar pros além da cripta, ou se era calculadamente para eu me sentir culpado pelo valor que eu dou às pessoas.
  • Deus dá caxumba pra uns, quebra o pé de outros... pra mim ele deu o Sloth. Cada um tem o pecado pago do jeito que merece.
  • Não me chame de rude. Prefiro o termo objetivo. Porque se eu for dar oi pra todos os erros que fiz na minha vida, não vai me sobrar nenhum tempo livre pros futuros erros, quiçá acertos, e não vai ter nehum segundo pra eu ter climas ambíguos com meus amigos.
  • Sério, não passo um domingo sem pelo menos fingir que vou beijar um.
  • Em contrapartida, minha boca tirou umas férias depois de quinta. Até onde eu lembro.
  • Enfim, é isso, né minha gente. Quando num mesmo dia você dança MADASGAR-ILHA-ILHA-DO-AMOR na pista, e fica sabendo que na última quinta você pagou peitinho também na pista - as in OI, AQUI É A THE WEEK? -, você não espera muito de si mesmo, e começa a censurar o que dividir no blog.

Se fosse 2003 eu diria de boca cheia: Ninguém merece.

*****

Como Deus faz o sol brilhar pra todos, pelo menos em algum dia do ano, fará brilhar pra mim também. Domingo que vem.

Nesse vapor do filme Mamma Mia, a diva Perla, dona de muitas versões em português do Abba, fará show na Lôca. Lá-gri-mas. E leques. E nada menos que isso.

ALGUEM ME AJUDA

É ISSO AE GALERE

lokadoedi

eu to é bem loka e eu nao sei o que pensar e alguém me deu a dica de postar no blog mas acho que é meio erro pq nada tenho o que falar e é isso gente eu jamais dormirei e jamais acordarei e tenho q acender um cigarro no outro pq eu nao tenho isqueiro nem fósforo e é isso né minha gente

hj o t tava lá mas eu nao beijei pq eu sou falido, mas eu beijei o gabriel e o leo e nada mais me lembro

sábado, 20 de setembro de 2008

Open Mágoa

Open bar Check!
Shot coletivo de tequila Check!
Dançar até o chão com "eu vou pro baile sem calcinha" Check!

Memória...

FAIL!

Um novo limite do nada.mais.me.lembro meets culpa é atingido quando ao se acordar, a primeira coisa que se pensa é "tenho flashes de que minha amiga me trouxe para casa. Ou seja, mesmo que eu tenha feito algo muito absurdo, não foi absurdo o suficiente para fazer com que recusassem me levar pra casa". Tipos que se não fosse pela carona, eu teria vindo a pé, e a chance de eu morrer no caminho pra casa naquele estado era tão alta que se conclue que minha lógica era a seguinte: ok, posso ter feito algo péssimo, mas pelo menos não foi péssimo o suficiente pra meus melhores amigos quererem que eu morra.

Eu não sei porque eu continuo nessa de culpa sendo que eu só faço coisas pra prejudicar a mim mesmo. Do tipo conversar horas com ex-peguetchi e ao não ter minhas investidas respondidas mandar logo depois uma mensagem: "perdeu a chance". Se ele eu fosse, teria respondido: perdeu a chance. de ficar quieto.

Para coroar a decadência, em algum ponto do caminho entre o carro e o prédio eu cai desabei no asfalto e hoje meu joelho está destruído, minha mão sangra e meu celular não tem mais teclas. E a luz do teclado vem diretamente para mim, o que me cega ao escrever mensagens e ilumina minha boca quando estou numa ligação.

"A Lua se faz minguante entre os dias 20/09 (Hoje) e 22/09, 'j', sugerindo algum stress emocional. O risco aqui é de adoecimento por conta de excesso de passeios e farras. Procure observar a importância de manter o recolhimento e a discrição, ainda que a Lua na nona casa esteja lhe impelindo para viagens ou estudos em excesso."

Personare, te amo, e você está sempre certo, mas isso não significa que vou te obedecer. Porque hoje tem bubu. Beijos!

UPDATE: acabo de ligar para a minha amiga. O diálogo:

- Oi, me conta o que aconteceu ontem.
- Ah, eu só lembro de você se pegando loucamente com o 'l'...
- EU ME PEGUEI COM O 'L'?


'L' = o ex-peguétchi da mensagem lá em cima. Tive que correr pra apagar o scrap que tinha deixado pra ele. Hipótese 1: a mensagem fez com que a gente se pegasse. Hipótese 2: mandei a mensagem depois, por ele ter se recusado a dormir comigo. De qualquer forma, isso só prova: essa coisa de nada mais me lembro deixou há tempos de ser expressão pra virar estilo de vida.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

A Bêbada e a Fera

Engraçada a vida.

Ontem eu beijei *a pessoa mais feia do universo*. Do uni-ver-so. E claro, como todas as pessoas feias do universo, ele queria casar. Eram muitas horas da manhã e eu tava me pegando com o cidadão em plena Frei Caneca. Tava rolando uma inércia já, eu tava fazendo por pura inclusão social. Porque oi, se você já tava feio lá dentro, não me obrigue a te ver na luz do sol.

Nossa. Fora que as pessoas trabalham essa hora da manhã, né. Tô precisando levar um préstenção. Mas ok.

Isso acontece. Poderia ser você, e poderia ser pior. Taí "j" que não me deixa mentir. Tá. Mas então, eu tive capacidade de inventar toda uma grande história única, pela qual eu não poderia esticar a noite na casa da pessoa. Porque né. Não lembro bem o que era, envolvia minha mãe, enfim. Não me pergunte o que, mas tinha começo/meio/fim, era verossímil. Caso é que pra isso eu achei válido usar a cabeça. Para não beijá-lo, não.

Engraçado as coisas.

Uma coisa é certa. Eu tava todo vomitado. Tipo camiseta toda suja. Cagado - no sentido figurado. E ele, Sloth dos Goonies, parecia não se importar. Então, anotaí o que fazer pra não chegar nisso.

Não tomar 51 junto com a cerveja no bar de fora. Não fazer isso. Não chegar virando uma tequila aí suas gostoza. E vou bem parar por aqui, porque não me lembro de muita coisa mais, não. Sei que eu tinha tanta coisa pra contar pra tanta gente hoje. Pena. Sei também que são seis da tarde, eu acabei de acordei e NÃO, não acordei agora de um cochilo que tirei a tarde.

Vou lá ver a Vogue RG, da Adriane Galisteu, que eu aparentemente comprei de manhã. Dignidade, te achei na boca do lixo e te chamei de bueiro. Um beijo e bom dia.

Tem Rum, Tá Ótimo - Parte III

Tá fácil pra ninguém não, viu. Acho que essa experiência já me deixou preparado pra quando eu tiver que contar pro meu filho adotivo que ele não veio do meu útero e tal porque foi assim que eu me senti.

- Então, o herpes se manifesta de vez em quando, talvez você até tenha e não sabe...
- Não, eu não tenho isso.


Todo um retorno à 5a série, toda uma vibe "hoje nós vamos aprender o que é herpes, como se pega e porque devemos respeitar as pessoas que tem essa condição", toda uma cara de choque no rosto dele, todo um insight que me veio agora de que ele deve rir até hoje disso com os amigos dele.

Na hora de dar tchau (/tinkywinky), climão. Eu peço um abraço. Abraço pode, vai.

Alguém me mata, fazenufavor?

Agora assim. Não vamos julgar o garoto. A verdade é que ele não sumiu... só desistiu se afastar depois do dia em que eu bebi (e mijei) minha dignidade e mandei por volta de oito mensagens seguidas falando basicamente 'vai dormir na minha casa hoje' + 'vai, eu te pego em casa' + 'quero muito dormir com você' + 'não tenha medo'. Dia seguinte cruzei com ele no msn e ele comentou que "não queria namorar". Eu ri do tipos "ihh eu to bem bowa também, só quero sexo" mas tipos... não culpe as pessoas por te compreenderem mal quando você dá todos os motivos para isso. Depois, nunca mais aconteceu, apesar de - na verdade, provavelmente por causa de - eu ter feito a monstra bêbada milhares de vezes. PAI afasta de mim esse cálice celular PAI. Aliás, afasta de mim os dois!

Depois disso, o mais perto que eu tive de uma coisa boa com ele foi quando a gente se cruzou na lôca e ele disse que eu tinha ficado bem de barba. E sim, eu fiquei feliz.

Ah e lembra do silas? Pois é. Ele hoje tá meio casado, morando junto. Com quem? Com o pissed. Aonde? Em miami. MI-FUCKING-AMI. No maior vapor de novela da globo da era collor, novos ricos fugindo da inflação. E onde silas trabalha? Na loja da qual meu tio é praticamente dono.

Agora saca o tamanho da mágoa: eu posso muito bem inventar que o silas anda usando drogas, andando pelos guetos de miami, pegando garotinhos. Tipo de coisa que alguém que eu conheço faz. Oh, the irony of it all. Enfim, é o seguinte: eu posso fazer com que ele seja demitido. Pronto, taí, demissão é um passaporte pra crise financeira porque tá fácil pra ninguém, não. A demissão levaria, obviamente, a uma crise no casamento. Eventualmente, pissed se mudaria de volta para o Brasil, e tudo leva a crer que se reapaixonaria por mim. Ficariamos casados pelo resto da vida, e eu só revelaria no leito de morte que na verdade o nosso amor eterno tinha sido fruto de um plano maligno. A vida é mesmo irônica, querido. Rosebud, baby.

Ok, gente, pode parar de aplaudir, eu sei que eu sou um gênio e é tão óbvio que isso vai mesmo acontecer que acho melhor vocês não contarem pra ninguém não, valeu?

Beijos.

Com rum.

E sem herpes.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Tem Rum, Tá Ótimo - Parte II

Chegamos em casa, ele era incrível e vivemos uma grande paixão de bêbados que eu até tenho vontade de contar uns detalhes gratuitos que obrigariam o blogger a colocar aquele warning antes de você entrar, avisando de conteúdo inadequado. Basta dizer que eu bêbado desafiava ele por ser mais novo, e ele ia lá e mostrava que ser mais novo não significava nada, e desde então a conexão idade e experiência não vale muito para mim. Por isso que hoje todos me criticam quando digo a idade mínima que eu considero pra ficar - que como tenho responsabilidade jurídica não vou revelar, mas que pra não assustar o leitor só comento que não é menos do que 15 anos. (sorrisos)

Voltando... Levei ele pra casa depois, com vento e frio entrando pela janela inexistente. Momento emo: ele dizendo que gostava de mim. Ai... *lagriminhas*. Mas preciso relativizar, porque a gente ainda tava bêbado. Tanto que ao voltar sozinho me perdi num grau que só lembro de ver, de repente, aquelas letras grande de concreto paradas numa praça spelling O-S-A-S-C-O.

Daí dia seguinte eu achei cabível mandar uma mensagem ou algo assim. Porque houve a época em que eu ainda me pautava pela cartilha HT de que é de bom tom escrever para a pessoa que esteve em sua cama na noite anterior. Escrevi que a garrafa de rum ainda tava pela metade, e que isso precisava ser resolvido. Ele respondeu que sim. So far, so good.

Daí em diante, minhas amiga... It was all downhill.

Lembrem-se que nós estudávamos no mesmo lugar. De noite. Eu tinha carro. Eu não trabalhava. As possibilidades eram infinitas! Mas alguma coisa sempre dava errado. Até que um dia já estava deitadinho em minha cama quando recebi uma mensagem dele. "Não estamos conseguindo nos encontrar. Precisamos resolver isso". Aquela hora eu ri, chorei, morri, resuscitei... não só ele havia ido atrás de mim, como também havia feito uma referência a minha mensagem anterior, e com isso admitia tacitamente que nós já tinhamos uma história. Porque no coração a gente não manda, minhas amiga, quando o amor vem ele vem!

Mim Pol Gay tanto que não consegui dormir, e nesse não-conseguir-dormir senti que algo coçava em baixo dos meus lábios. Fui para o espelho e aproximando-me percebi. E morri. Eu estava com...

Herpes.

Agora assim... já não bastava eu ser pobre, negro, favelado, homossexual e profissional do sexo, ainda vou nascer com isso? O povo morre de preconceito quando eu falo que tenho herpes, parece que eu transei com mendigos sem camisinha e acordei com aquilo. É genético, gente. Pega, sim, mas só se a bolinha estiver lá na hora. Ou seja, agora vai um recado pro meu público (adoro contato com o público): continuem me beijando sem medo, que se o herpes aparecer de novo podexá que eu me tranco em casa.

Foi o que eu pensei em fazer, só que eu já tinha marcado com o menine. É o grande paradoxo torturante, grande ironia terrível da vida: você quer fazer, a pessoa também, mas você precisa inventar uma desculpa para que não aconteça. E a desculpa precisa ser boa, porque não pode parecer desculpa, porque se parecer desculpa o outro pode achar que na verdade você não está afim. Resumindo, é pra pessoa se matar, mesmo.

Enfim: inventei desculpa, mas recebi uma mensagem sugerindo que fugissemos da aula. Gente, oi, FUGIR DA AULA PRA SE PEGAR NO CARRO, é tentação demais pra esse coraçãozinho, o luver tá aí pra provar que a carne aqui é fraca, eu não sabia o que fazer... Confesso que pensei seriamente em pegar a ética, amassar e jogar no lixo, mas meu senso moral falou mais alto. Resolvi chamar ele pra uma conversinha no carro e contei a verdade, a dura verdade.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Tem Rum, Tá Ótimo - Parte I

Desde que esse blog começou eu sei que eu preciso escrever sobre uma história que me aconteceu no segundo ano de faculdade. Queria reencontrar registros da época pra não perder nenhum detalhe, mas apesar de eu ter o mesmo email já faz quase 10 anos - o yahoo daqui a pouco me chama pra o troféu 'cliente fiel' - muita coisa se perdeu no grande buraco negro da efemeridade eletrônica.

Mas vamos confiar na sinapse. Relembrar é viver. Peidar é transgredir (/lyaluft).

Tudo começou há um tempo atrás na ilha do sol. Eu acabara de sair de um relacionamento longo e estava com a xanaemchamas, locadoedi, escolha sua expressão preferida. Descobri que um dos bonitchos da faculdade - bixo - fazia a tom cruise e negava até a mortiis, mas que na verdade curtia da fruta. Rolava até na boca pequena que ele já tinha se pegado com o silas - nome fictício (/meninosdotráfico). Até porque uma pessoa chamada silas não teria menos de 70 anos, e não pegaria ninguém...

Então, o bixo pegou silas, que contou pra alguém, e isso deixou o bixo *mágoas*. Porque, segundo ele, "queria catar umas minas também e se ficasse com fama de bilu não ia dar certo". Justificativa aceita ou não, o fato é que com o bixo tudo tinha que ser em segredo. Aliás, preguiça de ficar chamando de bixa (opa, ato falho - bixo). Vamos usar o apelido original, que é gênio - ele tinha problemas de pele (=furada), o que alguém com grande brilho metafórico associou com "areia mijada". Para não ficar óbvio, truque básico - transpor para o inglês. Então daqui em diante, Bixo = Pissed [Sand].

Beijos, seu apelido é "MIJADO". Parabéns.

Daí dei adedê no orkut, adedê no msn, puxei assunto, aquela coisa de sempre. Começamos a conversar litros, um dia ele até mostrou na webcam a maquete da millenium falcon que ele tinha - star wars era um assunto de interesse comum. Desde esse dia eu acho que a frase "ele me mostrou a millenium falcon dele" tem, mesmo fora de contexto, uma grande conotação erótica. Tentei introduzir no léxico gay mas ainda não pegou. Libera ae suas milenio falco na cam suas gostoza.

Um belo dia resolvemos combinar de sair para a finada Ultralounge. Tipos que a gente nunca tinha falado explicitamente sobre sexo e talz mas oi? Que dois homens combinam de ir sozinhos pra Ultra? Peguei ele em casa e veio junto um pirata divertidíssimo chamado RUM. Daí foi tipos isso:

1. Beber pororocas de rum na frente da balada
2. Entrar no Ultra
3. Dançar 2 minutos
4. Se pegar na pista loucamente
5. Se pegar no sofazinho loucamente
6. Chamar ele pra ir pra casa

(obs: miácabo com toda a formalidade "balada" para chegar no que estava óbvio desde o princípio)

Mas pelo jeito o 7 deve ser meu número de azar, porque assim que entramos no carro veio alguém bater no meu vidro pedindo dinheiro. Só que eu só tinha nota de 50 - (/rica) - e tava sem trocado, assim como o Pissed, então graaaaandes meeeerdas flaneliiiinha vamu pra caaaaasa. Ão ão ão, atitudes corretas são o meu forte. A vaga era apertada. Era descida. O meu farol esquerdo foi quebrado na traseira do carro da frente.

E o pára-brisa de trás foi destruído pelo flanelinha.

Eu nada mais me lembro se foi uma pedra, um taco de baseball, uma granada, uma melancia. Só sei que o vidro se EXPLODIU e que por algum motivo desconhecido - traduzindo: porque estava bem loca - aquilo era engraçadíssimo na hora, e eu desci a consolação a 200 por hora num grande misto de empolgação+medo+excitação+choque, com ele provavelmente pensando - com muita razão - que talvez não devesse estar indo pra casa com uma pessoa tão desequilibrada. Cada lombada era um flash uma oportunidade para o vidro se desfazer ainda mais e se espalhar limpo, bonito e feminino no banco de trás.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Os Motivos Certos

Reunião de família, alguns anos atrás:

Minha mãe: - Eu acho que o "j" devia fazer Itamaraty.
Meu tio: - Embaixador é tudo alcoólatra ou viado!
Família: - Risos.
"J": - (abre um leque interno e pensa com os seus botões) Hmm... e alcóolatra viado, comofas~? (/identificação)

Hoje, no trabalho:

Chefe: - É, dizem que dependendo do lugar não tem muito o que fazer... Falam que a embaixada em Paris é a mais animada, festa toda hora, muito social. Já minha amiga que tá na África do Sul tá mais aproveitando a vida, diz que tem uma casa ótima, com piscina...

Ok. Alcoólatras + Viados + Piscina + Social + OutrosPaíses + NãoFazerMuitaCoisa. Deve ser por isso que é tão díficil de entrar. O equivalente vestibularístico de uma fila de feriado na lôca.

Aonde é que faz a inscrição?

sábado, 13 de setembro de 2008

Malabi, bi-la-má, ma-bi-lá, lá-ma-bi-lá

Eu não sou do tipo religioso, longe de mim! E também não curto aquela história de "spiritual but not religious", mas tem coisas nessa vida que não se pode contestar e estão além do nosso conhecimento. E uma delas é o Personare.com.br.

Porque tipo assim, como a gente nunca lembra mesmo o que aconteceu na noite anterior, que tal descobrir com antecedência o que vai acontecer, just for the sake of it?

E uma das coisas que ele tá me dizendo é que esses dias deve vir uma briga entre eu e o "m". Sim, o personare falou isso! No meu horóscopo e no dele! E é verdade, tá dando pra cortar a tensão no ar com uma faca (/traduçõesliterais).

Fora isso tem todo aquele drama básico, que ouviria dos meus pais também se eles soubessem metade do que eu faço, que é aquela história de "dar-se o valor". Esse, aliás, foi o título da previsão que eu tirei no tarot perguntando sobre como vai ser minha noite de amanhã. "se dê valor e tome cuidado com o dinheiro", algo nessa linha. Ooops, já to até vendo meu cartão não passar e eu gritar pra alguém meu aleatório "Por que você me odeia?"

E me despeço com o aviso importantíssimo que estava no meu horóscopo: A palavra-chave do momento é incoerência.

Good night, and good luck.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Notas sobre uma Lôca

Nem vim aqui pra reclamar da ressaca. Nem do meu alcoolismo. Porque se tem uma coisa que me anima nos dias pós-Lôcas é quando eu olho pra trás e vejo que não fiz nenhuma cagada. Claro, apenas na noite anterior. Vivendo e aprendendo, não é mesmo minha gente?! (/2006).

Já calejado da outra quinta, ontem não cheguei nem perto dos brodis héteros. A modo de prolongar a amizade num nível agradável. Apesar que a merda maior de fazer merdas bêbadas é que no fundo só eu fico com essas fucking lembranças, me sentindo cu. As pessoas nem devem lembrar. Mas voltando ao assunto, ontem fiquei bem tranqüile, enlouquecido, mas poop-less. E melhor que não ter feito nenhuma merdas, é voltar pra casa se sentindo superior. Tipo taí um misto de sensações que a gente não vê juntas todo dia: embriaguez e superioridade. Se eu tivesse 12 anos e assistisse MTV eu até falaria sobre essas coisas, mas ai... ninguém quer. Pra não falar ninguém merece. Porque eu nunca gostei muito de quem usava essa expressão em 87. E se alguém ainda usa hoje, nos faça um favor e se mate.

Tô fugindo muito do meu objetivo, isso aqui não é sessão de análise. Vim aqui mesmo pra deixar umas notas mentais. Ou dicas, if you may.

Uma é que eu gostaria de prestar mais atenção nas pessoas. Ou ter mais memória. Ou ser mais honesto e grosseiro. Isso aí. Qualquer uma das opções tá de bom tamanho. Tudo isso porque eu cansei de falar sempre as mesmas frases pras mesmas pessoas. Eu sou o cara que *sempre tem aquela piadinha*. Sabe? Só faltou eu me vestir mal, ter mais pança, menos cabelo, e uma pizza no suvaco.

Vou resumir. Eu bebo. Não sou muito teu amigo. E você me contou que em 1997 você ficou bêbado num casamento e dançou a macarena em cima da mesa com a noiva. Meu. Você vai se arrepender de ter me contado isso mais do que se arrependeu da macarena. Porque a partir desse momento basta 1 cerveja pra eu sacar uma frase da manga sobre o tema a cada momento que eu te cruzar na baladë.

Então pensei cá com meus botões e cheguei nessas 3 possíveis soluções. Sair do meu umbigo e saber mais que uma história de macarena. Difícil. Lembrar sobre mais fatos que você me contou. Improvável. Ou fingir que não te conheço porque nem macarena eu danço mais, e tô nem sendo pago pra animar tua noite. We have a winner. E defina *animar*.

A próxima nota é que meu, já deu ficar falando NÃO TEM QUEM DIGNA a cada meio segundo. Tipo que a frase nem cabe nessa fração de tempo, mas eu encaixo, e só repito isso nonstop como se fosse uma lavagem cerebral laranjamecanizada. E meu, pior que tá ressoando, porque as pessoas tão falando isso a todo momento também, mas ok, a frase é legal, tem mais que ressoar, eu só não desejo mais ME ouvir com esse mantra.

Tudo isso nos levando a crer que minhas noites estão cada vez mais previsíveis. E eu pagando pra isso.

Tá.

Lembra da opção ter mais memória? É. Porque eu tinha mais notas mentais pra hoje e acho que esqueci todas. E eu nem escrevo para eu parar de beijar meus amigos na boca, porque isso eu já desisti. Mesmo. Fora que depois da invenção do beijo cênico, me segura que eu vou longe. Qualé o próximo desafio. Um sexo cênico pra fazer charme pro bonito da sauna? Opa. Simbora, Berenice.

Bom. Fica um beijo e umas lacunas.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

A esperança é a última que morre

10/09/2008 - 12h32

Pessoas têm memórias que nunca existiram, diz estudo

Um estudo apresentado nesta quarta-feira no Festival de Ciências da Associação Britânica, em Liverpool, sugere que as memórias de acontecimentos marcantes nem sempre estão corretas. O estudo, da Universidade de Portsmouth, indicou que indivíduos podem ser facilmente convencidos de ter visto coisas que não aconteceram.

(...)
Segundo o pesquisador da Universidade de Portsmouth James Ost, que coordenou o estudo, os resultados indicam que as memórias "não são perfeitas". "[As memórias] não são como uma fita de vídeo que você pode rebobinar e assistir novamente para lembrar com perfeição", afirmou.

(...)
"Descobrimos que algumas pessoas são suscetíveis à fantasia, são propensas a acreditar que testemunharam algo que não poderiam ter visto. Elas enganaram a si mesmas em acreditar que viram algumas coisas", diz o pesquisador.

(...)
Ost explica que as pessoas que relataram memórias falsas são mais propensas a fantasiar do que aquelas que não desenvolveram essas lembranças. Segundo ele, isso pode sugerir que pessoas mais criativas ou imaginativas seriam mais propensas a criar memórias falsas.
Taí, acho que devo ter inventado tudo que eu disse nesse blog então.... esse meu cérebro é um pândego, me pregando cada peça.

Did I say it out loud?

Daí que semana passada eu não tava bem... era uma azia, gastrite, queimação no estômago. Todos os sintomas da propaganda do Estomazil. Tanto que saí na quinta e na sexta e mal conseguia beber. Não há quem diga!

Mas no domingo eu não podia deixar a situação continuar daquele jeito. Daí tive a brilhante idéia de comer um cheese-calabresa no BH. Pra ver se assentava meu estômago antes de eu ir pra Lôca e tentar me jogar na bebida. E me senti bem melhor.
Não há quem diga! [2]

E foi assim! Consegui voltar a beber e ser eu mesmo meu eu lírico de novo.

Muita vodka Starka depois resolvi* ir embora
(* tive que ir porque as luzes da balada já tinham acendido e a música parou)

E fui indo, voltando a pé pra casa, parei num sinal de pedestres na Consolação. Quando ficou verde uma senhorinha do meu lado começou a atravessar meio correndo e eu, num ímpeto inexplicável, gritei:
- "CORRE, VOVÓ, CORRE!" -
Niqui eu gritei isso, me dei conta que tinha falado alto e a senhorinha olhou feio pra mim. Só pude esperar parado um tempinho pra ganhar distância dela e enfim poder voltar rindo sozinho pra casa.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Cavaleiros do Zodíaco

Meu, tava de bobeira aqui e fui dar um rolê no Personare. Bom e sábio Personare. E aí o mini mapa astral tava dando sopa, de graça, e pensei: porque não...agora?

Uma contradição, entretanto, é marcante nesta combinação, "m": se por um lado Peixes é um signo amoroso e gentil, seu ascendente em Áries é irado e dado a rompantes de raiva. Ternura e explosões se mesclam neste tipo socialmente contraditório, mas sempre colorido e fascinante.

1. Tipos ele me chama pelo nome, sabe, que amôôr.
2. NÃO TEM QUEM DIGNA.

Lembra que eu não queria parar de beber pra não ter que me desculpar com as pessoas pelos meus erros e enfim, coisas que nada mais me lembro? Bom. Caso isso aconteça, já sabe.

Diagnóstico não é muleta meu cu!
(E desculpe-me se pareço grosseiro, mas meu ascendente é irado e dado a rompantes de raiva)

terça-feira, 9 de setembro de 2008

O alemão que me deixa louco

Odeio ler textos bons - ou gente que eu respeito - falando que ter memória é uma coisa importante pro ser humano. Sério. Tô pra ouvir alguém defender alguma teoria de que um homem sem passado também possui dignidade, e encontra meios igualmente dignos para viver.

Nada mais me lembro. E queria me sentir menos culpado por isso.

Ok. De domingo lembro de tudo, mesmo tendo sido gratuito em muitas ocasiões (mas de orgulho intacto). Sexta idem. Quinta nada mais me lembro mêêsmo, mas o caso não é esse. As vergonhas desses últimos dias já passaram e tô cagando. Beijoaí pra você que se sente lesado.

Mas assim, tô falando do panorama geral. Não agüento mais ter a sensação de que. Tem sempre um, em algum lugar que eu tô, que eu acho que já beijei, tem sempre um que eu acho eu já briguei, tem sempre um que eu acho que já falei 3 horas seguidas sobre política. Coisa que não tenho saco (nem bagagem) pra nem 2 minutos de papinho. E assim, cada dia mais e mais a única sensação que eu tenho é de *eu acho que*. Não tem mais nenhuma pista se é uma lembrança boa ou ruim. Não vem raiva, não vem alegria junto. E a vida é assim. Um grande corredor único com uma figuração de ex-alguma coisa.

Preciso nem dizer que nessas eu devo ser o antipático do universo, né? Porque convenhamos: não vou dar oi pra alguém que possa ter sido uma briga que eu tive. Mas se eu penso isso e na verdade foi algum beijo esquecível da minha vida, nunca saberei. E jamais terei dado oi. Pior: sou capaz de fazer força pra evitar.

Só hoje que eu fui lembrar o nome de um cara - que ano passado fui da Lôca para sua casa - que revi domingo. Só fui lembrar o nome ho-je. E quando eu digo lembrar, leia-se que eu fui até o orkut de um amigo que temos em comum, e procurei por ele. Beijo-memória.

Se alguém um dia me contar quanto custa um pulmão no mercado negro, custa nada liberar quanto vale um cérebro. Enquanto isso tem o blog. Onde às vezes, relendo, eu preciso ir até o rodapé pra lembrar que ôpa, fui eu quem escreveu.