quarta-feira, 30 de julho de 2008

Truque

Gente. Depois do último post, recebemos um e-mail que me deu vontade de abrir o leque, feito a Nanny People, e gritar ALÔCA. Bem cênico, sabe? (saudades do leque, by the way). Mas, tá. E não é que de fato rola umas teorias da conspiração contra o bafômetro?! Eu acho ótimo. Beijos "u" pela dica. Vamos-lá.

Tá bem lôca na balada, viu teu ex beijando a 3 na pista e desistiu de esperar até ser de manhã pra pegar o carro e não ter medo das poliça? Bom, primeiro: não dê escândalo. Até porque nesse beijo grupal devem estar presentes membros da nossa equipe. Membros. Ãn-fãn. Depois você vai pro bar e pede algum refrigerante num copo cheio de gelo. CHEIO. Na vibe banheira cheio de gelo, beijo-rim. (Aliás, bebendo assim, beijo-rim indeed). Tá. Chegando na blitz você pára bonita, sem dar pala, possivelmente com óculos de grau pra dar aquele ar seriedade-já. Tome aquele golinho de coca enquanto o poliça faz aquela horinha, olhando na prancheta, olhando pro carro, falando no rádio, enfim, toda aquela inútil cena. Been there. Tá. Você dá aquele gole e certifique-se que um gelinho adentra tua boca. E guarde-o. Ao ser indicado a soprar na bagaça, sopre devagar e no mesmo ritmo. Com o gelo na boca, isso é muito importante. E PLIM. Você não será preso. Nem multa levarás. Viidas!!! A gente explica:

Isto acontece pelo fato do Hidrogênio liberado pelo gelo anular a maior parte da associação do álcool no ar do seu pulmão.

E tem mais. Diz que isso é bola cantada dos anos 70, lá nos EUA, e que lá eles nem usam mais esse método. Beijos-provincianos.

Mas então, só pra explicar que o refrigerante funciona melhor que água, porque demora mais pra retirar o hidrogênio do gelo. E porque, né, já vai fazendo sua parte por uma ressaca menos ordinária.

terça-feira, 29 de julho de 2008

Basfôndmetro

Fui passear no Google Analytics - porque desde que parei de beber e passa o programa da Ellen no lugar de F.r.i.e.n.d.s, às 2:30 na Warner, não tenho hobbie, beijos -, e vi que chegaram aqui através da seguinte busca googlenística:

bafometro como neutralizar

E claro, já saí correndo feito louco no google porque meu, um dia eu precisaria disso. Cer-te-zas. E antes que vocês se umidifiquem no fígado, como foi meu caso, já aviso que o máximo de informação útil que achei foi relembrar que ao invés de falar que tomou duas taças de vinho, dá pra dizer que foram tomadas duas tulipas. Miacabo. Então amigo da procura da neutralização: se você achar a solução, beijo me add.

Enfim, grandes merdas. A *grande dica* que achei para não ser delatado no bafômetro foi aquela velha frase: O tempo é o melhor remédio. Que a gente até acha funcional em muitos casos, mas gente... não nesse. Até porque, passe o tempo que for, tem ressaca moral que nunca passa, e memória alcoólica que nunca volta. Fuck me.

Ps: "a" e "d", lêêmbra de mim??!! - duvido.

sábado, 26 de julho de 2008

To bowa

Olha, com rehab aí na portinha chegando, é babado porque de repente toda e qualquer loucura é justificada. To acumulando árcol nas veias pra ver se bate um baratinho constante no mês que eu ficar limpo.

Na outra quarta foi quando tudo começou, no aniversário de mommy. Gente, se gay meus pais não soubessem que eu fosse, esse jantar me chutaria do armário com força. Porque um pede suco, um pede whisky, um pede vinho e o que a moçoila aqui bebe? Um cosmopolitan (/carrie), um daiquiri (/vitorfasano) e uma margarita (/eumesmo). Depois ainda fui pra um show, bebi litros, berrei horrores e voltei pra casa de cervejinha na mão ouvindo um programa de rádio e tendo acessos de riso junto com o taxista.

Foi nessa noite que eu escrevi aquele post totalmente sem sentido - porque bêbado em casa a solução é se jogar no combo msn+cam4+blog, com direito a escrever "e você gatinho, porque sempre tão fiel ao seu namorado?" pra um garoto x da faculdade. E finalizar a conversa explicando que "quando eu namorava eu também era fiel, mas depois virei uma grande puta". E não, ele não é meu amigo.

Daí quinta e domingo foi loca, pra variar, e se algum grande evento aconteceu jamais saberei. Sabe aquele ditado não tá mais aqui quem falou? Eu vivo nele. Não tá mais aqui quem falou, fez, beijou... aquilo era meu alter ego. Penso na comunidade não fui eu, foi meu eu lírico. E pra não variar, até sexta que vem muitas cabeças águas vão rolar. Stay tuned, bitches.

Confortável vácuo

Eu poderia ficar horas aqui pra descrever o que quero lhes contar, queridos, mas olha, vou ser meio breve. Não sei, tenho raiva de quem sabe.

Sim. Estou falando de mim. Porque a rehab, que nem começou, já tá me servindo para purificar todos meus pecados e males, como um monge que se auto-flagela à chibatadas. Então é o seguinte: quase-nada mais me lembro de ontem. E tô sussãm. Só venha me falar disso se você ficou me devendo dinheiro. E mais: nada mais saberei sobre sábado. E domingo, se eu sair, então... nada mais saberei mêêsmo. Só me ligue se tiver tido episódio envolvendo polícia.

Porque sério. (Acho que) Passei dessa fase culpa-e/ou-vergonha, as in último post do "j". Porque numa hora da minha vida era ou isso, ou mudar de país. E vou te contar que quando fiz mochilão foi um bom álbum de vergonhas alheias próprias. Te explico: era uma vergonha do que eu tinha feito. Mas aquele "eu" que nem era eu. Sabe?

Descobri que é tudo uma questão zen-budista de parar de frente no momento-vergonha, dentro da memória, como se você estivesse numa trilha e entrasse naquele climão direita ou esquerda (?). E claro, escolher a liberdade: abafar a vergonha. Então, escolha feita, caso aquela memoriazinha-flashes dê as caras, ZAPT: mude de canal mental. Simples assim. E-s-c-o-l-h-a. E outra: todo mundo fica bem lôco, todo mundo faz merdas. Você não era o único. O melhor é esquecer e nem procurar muito saber sobre. A gente sabe: não mexe na merda que fede.

Então pronto. Não quero saber do que fiz. E do que eu lembrar não vou pensar muito. Não venha dividir comigo tua auto-censura.

Sem-vergonhice way of life. Uma terapia subvalorizada.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Blame the Alcohol

Não queria que isso tivesse virado um padrão, mas já virou.

Oi, meu nome é "j" e minha vida é sentir culpa. Achar que eu fiz alguma coisa na noite anterior e que todo mundo me odeia. No dia seguinte é sempre um grande sofrimento único, porque eu trabalho (ahan) e todos os meus amigos acordam tarde. E fico me torturando no msn esperando as pessoas entrarem e me contarem se me odeiam ou não, se eu peguei o amor da vida deles, se eu xinguei eles gratuitamente, se eu esqueci de dar carona pra alguém que eu tinha prometido etc etc etc.

Daí começo a mandar mensagens. Tipos algo genérico - "Nada mais me lembro" ou "Ai, tao mortiis". E espero o tom da resposta. Se vier algo engraçadinho, fico feliz. Se vem algo meio frio, pronto. Amizade acabou, culpa toma conta de mim, prometo nunca mais beber (ok, essa parte é mentira)...

Eu lembro do dia que eu cheguei a voltar pra casa, dormir, acordar de repente, me vestir e voltar pra loca só pra buscar o "a". Porque? Porque eu tinha certeza de que ele me odiava. Eu entrava no orkut loucamente pra ver se ele tinha me apagado, como se a primeira atitude a se esperar de uma pessoa com raiva fosse voltar pra casa bêbado e apagar o amigo da lista de amigos do orkut. E acho que no dia ele me odiava mesmo, o motivo nem eu nem ele sabiamos no dia seguinte.

Na verdade eu acho que tudo isso faz parte de uma grande culpa única transcedental que eu sinto lá no fundinho do coração por ter sido criado em um família cristã e depois ter virado isso. Mas se uma culpazinha residual é o preço pra locura to sussoun, aceito a condição!

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Me gusta el cha-cha-cha

Fazendo a linha Objetos de Desejo, hoje comprei a trilha sonora da minha vida etílica! (!!!!!):



Coloca isso na pixxta, e se prepara, mona, porque não pronunciarei outra frase a não ser disssk jooooooockey booooooooommmmmmm... com direito a Cuba-Libre voando pra todo lado feito aviãozinho de dinheiro no Topa-Tudo. Daquêle jêito!

(Detalhes que me fazem abrir leques imaginários: esse álbum além de possuir *cof* canções com co-autoria da própria Maria Odete, tem também composições de Mister Sam, o gênio desse gênero musical - que compôs Lindo, Tesão, Bonito e Gostosão para Lady Lú -, de Valentino Guzzo, aka Vovó Mafalda (mais leques!), e pasmem: tem até Roberto e Erasmo. Morrí! Quero miacabar na pinga e na noite pragora!)

Ressucita-me

O negócio é o seguinte. Eu fiz vinte e três anos esse ano. E sabe quando foi a primeira vez que resolvi beber para ficar alegre? Aos treze anos de idade. Parabéns, eu sou um treze! E adivinha com o que veio a ser meu debut? Te dou uma chance. Fidel se orgulha!

Ok. Isso, lá em 98, se deu num estacionamento de um shopping aqui da região, com rum+coca-cola tirados diretamente da pratileira. Ou seja: quentes. Insira aqui outro parabéns. E me lembro como se fosse hoje que eles vieram juntinhos numa embalagem as in promoção, sabe? Lembro da gente bebendo, rindo, correndo pelo estacionamento, se encontrando no dia seguinte na escola, comentando que não tava rolando nem sinal de ressaca nem nada. Óbeveo, né. Enfim. Lembro, lembro, lembro.

Tá. 10 anos se passaram e pergunta se mais alguma coisa sobrou na minha memória? Pois é. Depois de lá, vou resumir minha vida etílica em época e eventos:
  • 14 ou 15 anos: o grande porre único, no aniversário da irmã mais velha e cult de uma amiga, que resultou na minha maior faceta de exorcista da história em pleno quarto da coitada, e mais tarde na mãe da menine me jogando embaixo do chuveiro de roupa e tudo. Como Deus não ficou satisfeito só com isso, no dia seguinte me deu minha primeira ressaca grande e única, que veio a acontecer no mesmo dia que eu tinha combinado com a galera de ir num show de trocentas bandas no Anhembi. Que país é esse? style;
  • 16 anos: começo da minha vida bohêmia, porém sem muita animação para com as bebidas. O fato acima deixou saudades traumas. Me lembro de pedir uma caipirinha na noite, dar 3 goles nela, sentir um vomitinho nervoso e beijos, doação de caipirinha. As in mil novescentos e conta do banco tinindo;
  • dos 16 aos 17 fui mimbora pra Passárgada, de intercâmbio, onde não bebi UMA GOTINHA sequer. Por vontade própria. Sendo que na casa que eu fiquei, a mamma, muito da gente boa, disse que querendo eu poderia pegar uma cervejinha na geladeira numa nice. Mesmo sendo ilegal. Gênia.

Essa foi uma bonita história de vida. Até meu grande comeback único. Porque foi eu chegar, de fígado brilhando e muito samba nesse corpo, que minha vida desandou. A caipirinha não relutava mais em descer na garganta. Virou água. E isso coincidiu com a minha primeira ida ao hospital para tomar glicose. Dezessete anos. Have mercy. E de lá pra cá, o maior intervalo drinkless que rolou, num descanso hepático, foi uma vez em 2004 que eu respeitei o antibiótico e não bebi durante uns 10 dias. Também conhecida como a última vez que respeitei o *não beber* do médico.

Então, aqui com a minha calculadora do windows, são 10 anos de sabedoria com a bebida, sendo que nessa relação, o casamento vem mesmo dos 17 até os 23 anos. Diretão, nonstop. Isso me dá 6 anos etílicos, equivalentes a 288 finais de semanas. O que me leva à uma média de 430 ressacas. E a incontáveis litros alcoólicos.

Ufa. Tô quase botando Legião Urbana pra tocar, mas ãnfãn. Disse tudo isso para não ser criticado ao finalmente dizer com todas as letras que estamos indo para Rehab. Sim. Por um mês. Para ver como é, para ver se a vida muda, porque é meio moda.

E como ninguém nunca quis anunciar nada aqui nesse blog, nossa rehabilitação mendiga consiste apenas em continuar no mesmo teto, nos mesmo lugares, nos mesmos amigos, e se esforçar muito para não beber. Eu queria mesmo era uma camisa de força. Mas ok. Enquanto isso, não se preocupe, porque desses 10 anos existem algumas histórias na memória. Ainda.

terça-feira, 22 de julho de 2008

Uma loucúúra

Tô aqui fundindo a cuca pra escrever sobre o final de semana. Porque, de fato, lá teve o quilate de importância de centésimo post de blog - sendo que sábado completamos 3 meses, yey -, mas trazer toda aquela insanidade pra cá são outros quinhentos. Porque gente... tá tão difícil achar uma lógica literária dentro da lógica do final de semana. Porque ôpa, tudo que não teve lá foi uma lógica. Chega de falar porque. E isso já é quase tudo que você precisa saber, mas irei aos raí-laities. E vocês entendam como quiser:

- Ácido não é brinquedo, não, e não foi fácil pra ninguém;
- Essa bagaça me entorpeceu por umas 24 horas;
- Pensamentos lisérgicos, translúcidos e psicotrópicos - (/chicobuarque beijo-proparoxítona);
- Foi babado, e eu tô-bôwa disso;
- Eu fiz uma coreografia para uma música da Elza Soares;
- Leque é o novo must-have da estação;
- O freezer foi o grande armário único onde habitaram tênis, guarda-napos, relógio, chave, martelo-de-bife... enfim, foi um babado!;
- Falando em martelo-de-carne, no final de semana ele foi mais conhecido como Refrescador de Face Medieval;
- Eu tive experiências de um âmbito quase sexual com pedras de gelo e aquele vick vaporub em formato fálico, para colocar... no nariz.

Ai. Chega. Isso não tá fazendo sentido nem pra mim que estive presente. (Defina estar presente). Mas só sei que a seqüência disso foi a gente voltar domingo e já emendar uma domingueirazinha naquele lugar que a gente bem freqüenta. Aí que eu tomei 2 cubas antes de entrar, 2 lá dentro e PLIM, quando vi eram meia-noite-e-fucking-meia e eu tava saindo de lá locão, numa vibe surto de preciso ir embora a-go-ra. Ou seja... seqüência do final de semana as in seqüela. Acho que meu corpo já não compotava mais nenhuma substância alucinógena. Foi o jeito dele de dizer Tô-bôwa.

E isso faz muito sentido já que o começo de nossa rehab vem se aproximando. Próximo sábado já está agendado como a (pelo menos a minha) grande despedida única do álcool. No máximo-no-máximo no domingo. Mas isso fica pra um próximo post, senão é muita coisa sem sentido de uma vez só.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

LokadibalaNOT

ai lembra de mim to bebada sei que nao é tendencia postar bebada mas oi conor oberst te amo beijo pra todo mundo cade o povo no msn que amo ai alguem me interna saudades beijps

Mensagens e Margaritas

Se a sua noite sempre se divide entre antes e depois da tequila, como fazer sentido de uma noite em que você só bebeu tequila?

Esse é o tipo de pensamento que passa pela sua cabeça quando você acorda e vê que a garrafa que antes cheia estava agora pela metade se encontra. Se fossem em dosesinhas no esquema clássico sal-tequila-limão claro que eu não teria aguentado e teria feito a vibe "a" de "devolver" o líquido pro bar. Mas foi tudo usado em (5? 7? 9?) margaritas, o meu novo-eterno drink preferido, que pelo bem da utilidade pública eu mostro comofas~ a seguir:

Meia dose de cointreau
Uma dose de tequila
Meio limão espremido
Gelo em pedacinhos

(Pegue tudo isso, coloque naqueles sacodedores - nada sei o nome daquilo [update do "m": coqueteleiras] - bota a mão no joelho, dá uma abaixadinha e vai mexendo gostoso (/éotchan). Passe o limão na borda do copo, vire e encoste no sal pra grudar. Coloque o resultado da sacodida no copo e seja feliz. Se você tiver preguiça de ficar fazendo uma toda hora, é só fazer uma grande margarita única com todos os ingredientes em dobro - ficadica. E pra fazer frozen tem que ter clara de ovo batido, mas não recomendo mexer com batedores elétricos inebriado)

Daí você toma umas e acorda com dor de cabeça no dia seguinte. É no mínimo isso. Ainda bem que quando passei pela experiência estava no campo, com a família, impedido de maiores danos sociais. O único problema foi tentar mandar, para um pretê importante, uma mensagem que começava com "achei que você tinha esquecido de mim". Um exemplo clássico da auto-humilhação gratuita. Nada que erros no sinal da TIM e um berro de "NÃO VAI MANDAR ISSO" da sua prima não tenham impedido em tempo hábil.

E assim, o triste é que mesmo que você fale uma coisa que é ótima e sincera, a pessoa inevitavelmente vai pensar "sexta-feira+4h30 da manhã=bêbado". Isso não ameniza o impacto de merdas escritas, mas tira o brilho de genialidades. Outra coisa que sempre me choca é a impessoalidade dos equipamentos eletrônicos. Nessas horas era super o caso do celular parar de transmitir a mensagem no meio e pular algum aviso do tipo:

- mas você tem mesmo certeza que quer mandar?
- você não precisa disso, garoto.
- vai dormir e amanhã a gente conversa.
- vou mandar, mas só queria deixar registrado que pessoas como você não deveriam ter celular.
- olha, se me permite a liberdade, queria só sugerir tirar o 'quero muito te comer' do final, pra ficar um pouco mais sutil, sabe?

Filtros pra celular DJÁ!

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Desperately Seeking Suzano

Alguém me passou esse blog e eu não sei se acho legal ou patético ou um pouco dos dois. Mentira, acho super patético. Mas talvez minha boa vontade seja um misto de identificação com a situação e um pouco de invejinha por não ter tido essa idéia antes. Já sofri muito com essa coisa de ver alguém e se apaixonar gratuito em duas linhas de diálogo - ou sem diálogo at all. E depois jamais achar no orkut, jamais lembrar o nome, passar noites olhando pra praia esperando ele voltar (/mulherdepescador). Mas fazer um blog e espalhar viral, sabe? Lembra da carência? Ela também tem limites. Ou não?

"m": To-cho com o blog garotodaloca. Vontade de chegar e dizer how deep is your love?
"j": "Meu. E foi tao um momento será que sou eu. Mas dai disse que o garoto falou 'massa' e gastou só 43 reais."

Além do que, diz que o garoto dispensou um maluco Holandês porque ele não queria nada sério e isso é firmeza de caráter. Longe de mim dispensar holandês que não quer nada sério!

E miácabo que todos os comentários elogiam a "coragem", apóiam a "beleza da iniciativa" e torcem para que a "saga" tenha um final feliz. Não reparando que pelo o que dá pra entender da história, o mais provável é que ele seja feio e o garoto não estava nem aí pra ele - repare no "Sua irmã te chamou, sua atenção foi desviada de mim". Penso em eufemismo para "achou um jeito de desviar do mala que veio conversar com ele".

Reflexões: Teria eu me tornado uma pessoa fria e que não acredita em amores que surgem na lôca, de madrugada, depois de beber? Bom, se os motivos pra criar um blog indo atrás de alguém é porque o cara "é bonito, dança bem e fala inglês" prefiro continuar sendo frio assim, beijos!

Kamikaze

Tá sentado? A coisa é meio chocante. Segura o queixo, Ricky: acabo de voltar do bar. Foram mais ou menos 5 horas gastas lá. São quase 3 horas da manhã, eu fui um dos primeiros a chegar lá, um dos últimos a sair. Como sempre. Minha conta?: seis e sessenta. Duas c-o-c-a-s (-colas!). Sem mais nada. Eu juro. Por mim mesmo, por Deus, por meus pais. E justo hoje que pratiquei essa minha releitura de yoga/meditação, pergunta se algum policial quis mostrar serviço? Necas-di-pitibiriba.

Tô pedindo muito, não. Fiquei lá, animado ao máximo, sem precisar atuar - coisa que eu faria, só pra ninguém me criticar e chamar de chato só porque eu tava sóbrio. E olha, rolou um pavor quando cheguei e anunciei meus planos coerentes à lei seca. Mas não, tudo rolou bem, comprovei que é verdade o que eu tinha ouvido: é legal estar sóbrio também, dá pra se divertir, mas é incômodo estar consciente e ter o controle dos sentidos. Porque meu, as pessoas têm bafo, sim. Beijo-olfato. Eu, um bêbado, já tinha esquecido.

Tô me sentindo a Phoebe, quando ela diz que chegou sua vez de ser normal, ao dizer que quer casar numa cerimônia tradicional, fazer a coisa direito. Porque, né. Foi uma noite na vida, e eu já tô me sentindo no 12º mês de rehabilitação. Alguém me chacoalha forte?

E gente, ao mesmo tempo sinto que essa vibe hare-krishna é como não apertar o código da escotilha do Lost a cada 108 minutos. Tipos... sem birita será que esse blog explode?

Assim, tô achando mesmo que isso deve ser um dos sinais de Nostradamus, Apocalipse, o último segredo de Fátima... enfim... tudo isso, mas ó, fiz tudo pela lei (as in tudo para não ser preso e ter o carro apreendido, e ser expatriado ao contar isso à família) . Custava mandar eu encostar o carro e indicar a maquininha pra eu dar uma baforada? Queria uma prova dessa noite!

Vou acender um incenso ali. Namastê.

terça-feira, 15 de julho de 2008

Desmitificando

Ainda naquele clima mesa branca, espiritismo, Walter Mercado, eu gostaria de dividir meus últimos efeitos colaterais da bebida, que têm se mostrado fortes ultimamente. Até na esperança de alguém se identificar, para eu não me sentir sozinho nessa jornada.

Vou te falar que é de uma poesia ímpar. Ímpar e transcendental, pelo bom uso do literalmente. Eu não vou aqui falar com toda a ciência, porque pra isso seria necessário uma visitinha a um preto véio antes, e de preto véio tô sussãm - bastam meus pulmões -, então só serão especulações. Talvez tenha sido pleonástico dizer isso, porque no nosso grau de insconseqüência e amnésia, qual relato/opinião/reflexão não é uma especulação forçosamente livre da obrigação de ser 100% verdade?

Bom. Caso é que agora chega a ser um clichê: dia seguinte eu acordo naquela boca seca, aquele gosto de cabo de guarda-chuva, chorando por um gole de água... enfim, até aí tudo certo, mas o que de extra acontece é que no fundo, pareço não ter acordado totalmente. Na verdade, ando suspeitando ter deixado minha alma na noite anterior. E sei que não posso provar nada, porque quem é que se lembra da noite anterior, mas eu tenho aqui minhas dúvidas de que eu a vendi por uma Cuba Libre, quando já não havia mais espaço na comanda.

Porque eu tenho tido experiências extra-corporais. Uma coisa Poltergeist. Juro. A última delas por exemplo foi quando eu estava na porta de casa, lá pelas 3 da tarde num sábado belo-azul, pra receber a gênia batata recheada (Baked Potato style) delivery - minhas mais nova namorada -, e quando dei por mim aquele menino na porta e aquele entregador de deus eram dois desconhecidos. As long as I know, aquilo pra mim era tipos uma televisão, o espisódio de alguma série nova, algo que eu estava assistindo, no máximo. Longe de mim ter poder sobre aquele corpo. Really. Eu, a nível de ser humano, era um mero espectador.

E pra não alongar mais o post, lendo tudo que acabei de escrever, acho que eu mesmo já devo ter me respondido. Vamos lembrar que na noite anterior aquele não era você. E que na tua memória os teus atos para com as pessoas soam como cenas saídas de dvds de filmes experimentais, e não como são identificados como tua própria memória. E ainda: quando é que de fato você possuiu controle sobre teu corpo?

Você não tá recebendo a Oda Mae Brown. Você ainda está bêbado. Parabéns, e get over!

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Jekyll and Hyde

Dizem por aí que drogas podem desencadear processos psicóticos e doenças psicológicas em pessoas que não haviam demonstrado sinais disso antes. Tipo aquilo tá dentro de você a vida inteira, tu fuma um beckzinho PLIM hello esquizofrenia. Djizãs, não tinha reparado em como dizer isso é concretamente assustador até escrever. E eu vim escrever porque tenho sofrido o que acredito serem sinais de dupla personalidade.

No grande bubu-comeback, por exemplo. Gastei 92-fucking-reais, um recorde. Uma semana depois, o recorde foi batido e deixei 119 reais no boca club, o que deve ser mais que o aluguel mensal do lugar. Então, por exemplo, na noite eu sou uma pessoa digna, fina, elegante, sincera e rica... ok, só rica, mas oi? na vida nem sou? conta acabando e ainda é dia 9?

A própria atitude em relação a bebida é dúbia. Eu chego na festa de família e vejo uma garrafa de tequila fechada inteirinha. Metade de mim pensa "incrível!" e a outra metade pensa "merdas!". A segunda metade geralmente tem mais razão.

Mas o grande clássico da dupla personalidade é a mágoa.

Algum amigo quer ficar com alguém que eu também quero e tenho prioridade. Daí, bêbado, eu digo que não me importo. Daí, mais bêbado, passo a me importar. Mágoa. E fico com raiva de ter acontecido algo que eu permiti e depois esqueci que tinha permitido. Daí eu acordo de ressaca e fico dividido. Daí sóbrio eu concluo que não tem climão. Enfim, se você ficou confuso é porque realmente é confuso, pessoas loucas são confusas, beijos.

No final é basicamente a dúvida se meus sentimentos verdadeiros são suprimidos ou potencializados pelo álcool. E não vem com aquele papinho de que "a pessoa bêbada se solta e faz o que sempre quis e não tinha coragem". Em termos, gente, em termos... eu não queria lá no fundinho do meu âmago catar a eloá e oh, o álcool me ajudou a libertar isso. Isso é papinho de gente muito otimista da vibe "jesus a bebida liberta". Esse povo nunca bebeu o suficiente pra ver a merda que pode sair.

A ponto de chegar em casa puto/chateado/mágoa e pensar pra mim mesmo "ai, to muito cansado, melhor deixar pra ver amanhã se isso faz sentido". Todo um turbilhão aqui dentro do meu coraçãozinho, liberado em atitudes contráditórias. Assim, se eu fosse um personagem de uma série de tv, a crítica diria que eu não sou um personagem coerente.

Me imagino num tribunal.

- Jura dizer a verdade, nada mais que a verdade, blabla whiskas sachet?
- Senhor juiz, eu não conheço a verdade, nada mais me lembro, tudo em minha vida é auto-sugestão.

domingo, 13 de julho de 2008

Aqui se faz, aqui se paga. Caro.

Senhor,
lêêmbra de mim?! Eu sei que ando meio sumido contigo e talz, mas aqui-ó, eu prometo ser bonzinho se você abafar essa queimadura de cigarro da minha cara. Pela segunda vez. Serião. Não quero ficar parecendo a Amy. Já possuo outras características em comum. Se fosse o caso eu faria o cabelo. Entendido? Beijo. E/ou Amém.

*****

Ainda sobre ontem, na Bubu:
- Gente, cadê o "c", afinal? Morreu?
- É, não s... ahhhhh-achei. Tá ali deitado nos pufes pretos, na frente do banheiro.
- Ahhh, verdade. É.

observação
: Não existem pufes pretos na frente do banheiro. A partir das 5 da manhã, os faxineiros ali acomodam os sacos de lixo. Aparentemente muito confortáveis. ____ _ dica.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Ampliando horizontes

Oi, bilú!

O orkut, outro meio de comunicação através do qual também pegamos pistas sobre nosso passado etílico - semelhante ao MSN, nesse quesito -, já possui nossa comunidade.

http://www.orkut.com.br/Community.aspx?cmm=58387385&refresh=1

Aceitamos spam, propagandas e tópicos ofensivos. Porque moderar comunidade é coisa de gente que não bebe.

(Oi, vocês podem entrar primeiro pra gente não ter que se assumir logo de cara?! Obrigado. No momento, o único membro é a vovozinha. Pelo bom uso do literalmente.)

beijo-me-adêdê

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Bons tempos que jamais voltarão irão embora

As pessoas me falam que "eu ando bebendo muito" e uma hora eu passei acreditar que o verbo está mesmo conjugado no presente contínuo ou como quer que chame esse tempo verbal. Mas daí que eu fui dar uma olhadinha no meu orkut, vi alguns testimônios antigos e tristemente constatei que não. O verbo está no tempo "definitivo".

Vamuslá? (/silvetty)

de L > "Ele eh um pouco tímido no começo mas depois de 2 copos de cuba libre eh digno de um palco" - saudades de quando eu só precisava de duas cubas libre, resistência adquirida é uma merda!

de B > "eu e o 'j' nos conhecemos desde muito antes. dos 1960s em londres (quando morremos jovens de overdose)" - ok, é uma metáfora, mas ela não teria sido feita pra qualquer um.

de AP (isso é um acrônimo, não tenho amigos apartamentos) > "Felizmente tive o Privilégio de me aproximar mais de vc, e tudo começou pelas bebedeiras que iam tirando nossa timidez!"

de AC > "Estou adorando descobrir o quanto você é descontrolado para rir e como é talentoso na prática do funk" - não tem referência a bebida, mas oi, eu talentoso em funk? Tem bebida envolvida aí!

de "a" > "O que é o 'j', não é mesmo, minha gente?! Sério... (...) com quem tenho os piores ataques de riso apertando as mãos (oi, fumados?), com quem bebo até cair (...)! É UM LUXO (NOT!)!!!"

de JV > "Curta bastante a 3ª década da sua vida (medo)! E beba o quanto você quiser. Ainda vou (tentar) te respeitar. Haha!"

de A > "O Pane (apelido por causa do cabelo que eu tive uma época) tem um jeito único de demonstrar seu carinho: sai tentando te matar logo que toma o primeiro drink"

de L > "(...) risadas intermináveis, experiências psicotrópicas (...)"

E entre agressividades, vergonhas e overdoses, todos continuam a ser meus amigos. Deixe o seu você também!. Beijos!

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Classificados

Procura-se casa norturna aconchegante, de fino trato, para rapeizes - mas que não faça carão pras nossas amigas mulheres, (com gente bonita e clima de paquera? ai, essa expressão tá mais óbevea que o riscadinho por cima) eclética, de bom gosto e tom, com música ouvível, com charme e humor, sem preconceitos, abragente a fumantes, com uma dose de sarcasmo, coerente aos bons e maus costumes, que nos trate um pouco melhor do que nossas atitudes nos faça valer - porque, né? -, que queira ser o novo lar aos domingos e quintas de garotos simpáticos recém-orfãos de buatchy.

Serião.

A Lôca já virou muito anos 2000. E agora a chapelaria passou pra seis real. E alguns preços de bebida subiram. Cuba Libre? 15 mango. Fidel Castro chora.

É. Tô virando o povo que ia mó no começo, que tem saudades dos tempos que a Lôca só ia gótico de saia xadrez e cobrava 6 paus na capirinha (para ler imaginando um sotaque da Móoca, meo). Odiaria ter que virar cliente vintage aos 223 anos. Portanto, estou pra pedir minhas contas. Dessa vez I mean it. (/manifesto)


Enfim. Interessados a nos acolher no seio dominical:
beijomevipa

terça-feira, 8 de julho de 2008

#Reflexões

Antes, isso nunca rendeu muito assunto. Agora, na trovoada seca, na enxada seca, me dizem:

- Nossa, é verdade, quando fiquei sabendo, fiquei preocupado com você que mora longe... ...por causa da lei.

Ah, tá. por isso (?!). O que pensar a partir daí?

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Parei na contramão

Olha. Vou dizer. Sou do tempo que Morcheeba era um peitinho caidinho. Então venho da tradição de dirigir pouco. Poucas vezes sóbrio. Muitas: embriagado. Serião, não quero dar uma de olha-sô-locaum, mas vem ver minha família. Papai é hors-concours. A baliza improvável que ele tentou dar em frente de casa, num sábado belo, azul desses, resultou num totó que ele deu no carro da minha mãe. Vale dizer que nesse mesmo dia ele entrou em casa, deixou suas coisas, conversou com a gente, saiu de carro, e foi...procurar as coisas dele, que ele achava ter perdido. Porque, claro, não lembrava que as tinha aca-ba-do de deixar em casa. Tão pouco que tinha conversado com a gente. Sequer que tinha entrado em casa. Minha irmã? Bom. Essa aí manda torpedo quando tá dirigindo bêbada, de madrugada, e vai batendo nas guias da rua. Faz curva sem brecar e sobe em cima de qualquer lugar que não devia. Daí você prevê o que sou eu.

Enfim.

Caso é que é hora de refletir sobre alternativismos para essa lei seca. Como por exemplo os horários alternativos. Tipos que agora nós somos obrigados a dançar até as 8 da manha, por lei. A gente vem usando o só-sair-de-manhã-da-buatchy. Hora que meo, se neguinho vier fazer blitz pra cima de mim, vou mandar um endereço pra eles estourarem uma *bôca* ali perto da... enfim. Ninguém me parará em pleno trânsito matinal paulistano. Ninguém suspeitará! Mas o que pode se fazer também é beber de dia. Começar no café da manhã. Sinlouquecer no almoço. Horários alternativos. Ficadica.

Mas queremos mais. Isso não basta. Tem aquela história de se negar a fazer o bafômetro, sabe? Leve um cantil com café bem forte dentro do carro. Até levarem você pro IML pra tirar sangue, você se recusar por lei, levarem você prum médico pra ele te avaliar..., você já ingeriu todo aquele cafezinho que vai te deixar novo. Ou bom ator. E falando em café... pensei em dar uma mascada em café moído. Igual a dar um cheirada em café quando você tá siacando em loja de perfume, pra neutralizar o teu nariz. Qq6achao?

Tem uma história dos Novos Baianos onde a polícia foi cheirar a mão da turma pra ver se fedia à maconha. Naquela vibe de _pra parar a dor-de-cabeça basta criar uma dor mais forte em outra parte do corpo_, teve um que enfiou o dedo no cu. Cheiro de maconha my ass. Enfim, melhor deixar essa pra lá.

Bom. Ok. Mas nada me tira da cabeça que o melhor seria ser parado pela polícia, parar o carro bonitinho, sair dele, descer bêbado, ser altuado no bafômetro e dizer: Aqui-ó, eu tô bêbado, mas não tô dirigindo, não. O carro tá parado!-beijos. :D

sexta-feira, 4 de julho de 2008

da mesa branca

Você chama de bebedeira. Eu chamo de espiritismo. Porque se meu corpo, ontem, não foi abduzido por um caboclinho, prazer, acho que ainda não fomos apresentados.

(de repente me veio um flash de alguém fazendo uma tradução simultânea de alguma música, na pista, e usando a palavra *caboclo*. será sonho? tô com medo)

E a ética, lembra? Fazer apologia à pedofilia caracteriza crime? E o bom senso? Você mora aqui, não é que amanhã você vai mudar de rosto, zerando tua reputação, Abadia. Sai desse corpo que não te pertence. E pára de fazer pós-show falando mal das pessoas prum bando de gente ouvir, que uma hora ou outra você vai acabar falando mal de alguém presente sem perceber.

expectativa baixa do dia
: acordar satisfeito por não ter brigado com ninguém.

Beijo-AllanKardec-meliga. Djá.

terça-feira, 1 de julho de 2008

Gratuidade nonses #2 - semeando a discórdia

Eu sei. Esse é o segundo post que escrevo só para de alguma forma completar o post anterior que nem meu era. Bite me.

<£#¨*¨#£> Antes de me criticar, me supere! <£#¨*¨#£>

Assim. Bobagem voltar a dizer a gente bebe muito. Dãr. 'N ___ ____ diga. Mas dá pra dividir em graus e graus de alcoolismo bebedeira. Não sei ao certo ainda, diz que em breve vem um post aí sobre isso. Até agora nada. Enfim. Mas, assim, pra falar basicamente, digamos que os graus etílicos vão até o 5. Que nem o Créu. E olha, vou confessar uma coisa pra vocês: eu super consigo fazer a número cinco. Bem, digamos que 1 é uma latinha de breja, manow. Aquela que só abre as alas, que eus quero passar. Tá. E a 5, digamos que é. Que é... a "d".

An-fãn - não é pra odiar quem fala isso? (me odeia? tua inveja faz mynh4 fama) Oi, já deu a piada.

En-fim. Um dia lá na... ah, vocês sabem. Eu lá. E olha, pra te situar, o grau meu daquele fatídico domingo não era 1. Nem 2. Nem 5. Era treze. Chutando baixo. Num grau de improvisação for life. Tipos sabe quando tudo vira um grande filme do Buñel e ôpa, nada mais entendo, nada mais sei, quando vejo estou inventando histórias absurdas sem nenhum motivo aparente, e com conseqüências cabeludíssimas?! Sim. E eu já bati em muita gente, ou pelo menos tentei, já xinguei muito zé coitado por essas noites, já desperdicei bebidas inteiras em copos virados nas pobres faces de inocentes que aparentemente tinham apenas cruzado meu caminho em plena tpm-boêmia. Mas de todas essas agressões, a invenção acho que está um patamar acima. Tipos que chega a abstrair mais o que já não é muito inteligível.

O que se deu: em 2005 fui pro Rio, me joguei, lálálá (whiskas), meninos bonitos e tal. /Corta/ Tipos no mesmo ano, com uns bons meses de distância, estou eu lá no meu quadrado. O de domingo. Eis que vejo um bonitinho do Rio. Lindinho. E isso não era a invenção, era o fato. E descobri que ele tava namorando um conhecido meu. Não amééégo, mas conhecido. Fato: difícil eu sair com esse carioca de brinde. Merdas. "An-fãn", eis que vejo um outro fofo. Esse daqui de São Paulo mesmo. E esse, na verdade, andava meio de papo com um amigo meu. E eu meique já tinha chegado ali, dado uma sambada, chacoalhado o papo, tentado me fazer perceber, e nada. Fato: difícil eu sair com esse paulista de brinde.

A invenção: Cubas e cubas e cubas e cubas e cubas depois, cantem comigo: Pirou minha cabeça e coração, feito bola de sabão... Lembra do meu conhecido, do namorado carioca? Chego do lado dele, aponto pro bonitinho paulista que dá bola pro meu amigo e digo:

Oi?, sabe aquele ali?! Então, meu, você não sabe. Ele muito que ficou com teu namorado. Pois é, pois é, pois é, pois é.

O-I-? Dude, what's your problem? Reconceba teus valores. E acima de tudo... teus pa-vo-res. Não queira saber o pano pra manga que isso me deu. Mas olha, o que eu merecia mesmo ninguém me deu. Por-ra-da. Porque se eu saí vivo dessa história é porque tudo que eu quiser, um cara lá de cima vai me dar. Eu cantei isso enlouquecidamente na infância, e devo ter ganhado algum crédito celestial com isso. Não é possível! E gente, o "oi?" mais triste... Oi?, eu só fiquei sabendo dessa história através do MSN. Pleonasmo dizer que nada mais me lembrei depois desse dia? Só depois é que começaram a vir flashes.

Vale dizer que eu só achava os dois *bo-ni-tinhos*. Não havia amor, paixão, mágoa, ódio, nada. Gra-tui-to. Vale dizer também... cuidado comigo. Porque depois desse blog, eu de cara limpa te direi que "eu avisei".

Ou seja: quer reclamar minha falta de ética? Entra na fila! Entrou na fila? Pega a senha. Pegou a senha?Etc, etc, etc...

Gratuidade Nonsense

Caso#1

Lôca de terça. Que vamos falar, não é muito boa nem cheia, e obrigado deus por isso porque dois dias da semana bons tá mais que o suficiente. Ainda não estou preparado pra preparar minha trouxinha e estabelecer residência. Mas então, permita-me apresentar os personagens. Primeiro, eu - dispensa apresentações, favor checar histórico do blog, grato. O outro, que vamos chamar de "f", já beijou (/eufemismo) uns 70% do nosso círculo social, e ao invés de assumir a linha promíscua-pride ainda insiste em fazer charminho. Faz-me rir (/mãe).

A gente conheceu ele um dia numa festinha na minha casa. Tava todo mundo meio querendo pegar alguém e tava faltando opção, daí chegou ele e todos sijogaram numa grande competição única velada (beijo,nossa-vida-é-isso). Eu fiz a minha estratégia de sempre - ficar afim porém ser lerdo e incapaz de flerte. Daí quando alguém finalmente dá o grande bote único eu encarno a mágoa - por uns 10 segundos - e logo em seguida acho algum motivo pra dizer pra mim mesmo (e pros outros) que ahh, nem queria mesmo. Do tipo "ele tem a pele ruim" ou "uó esse sapato".

Daí corta pra lôca, meses depois. Todo mundo bêbado e ele diz pro "a" que "naquela festa eu queria mesmo era ter ficado com você". Uma boa deixa para... ficarem. E ficam. Segundos depois, vem conversar comigo. O texto: "naquela festa eu queria mesmo era ter ficado com você". Ficamos. Falido, mas tudo bem. Até que eu, no meio do beijo, em uma respiradinha básica, solto:

"Rafael..."

1. Quem é que fala, qualquer coisa, gratuitamente, na respiradinha do beijo?
2. Quem é que fala, gratuitamente, na respiradinha do beijo, o nome de OUTRA pessoa? (que não era caso sério nem nada, era um garoto x que eu tinha ficado uma vez e apaixonado)

A cena foi tipos assim:

(barulhos de beijo)
EU: rafael...
ELE: QUE?
EU: (continuo beijando como se nada tivesse acontecido)

Sem comentários.

Caso#2

Eu, na cama, fumado e bêbado, com um casinho, deitados, ambos nus. (Comentário: Ambosnus - um bom nome pra uma cidade litorânea. Tipos "vamos passar um fim de semana em ambosnus, tenho uma casa ótima lá"). Voltando a realidade - estamos os dois lá, num grande carinho. Viro para baixo e no meio de um diálogo eu suspiro, gratuitamente, sem nenhum contexto, sem nenhuma razão, sem nenhuma vergonha:

- Pequeno...

WHO.AM.I

Não tinha nenhum contexto, e não, não era "pequeno", e eu não estava incomodado com isso. Mas meu inconsciente quis me sabotar de alguma forma e fez minha boca proferir essa palavra. O pior foi depois - como esperado, a reação dele foi o único e insuperável "Q", e eu na tentativa de corrigir, comecei a inventar uma grande viagem única de que ele era "meu pequeno" porque é fofo e tal (detalhe: ele é bem mais velho que eu). Parabéns, "j", você não convenceu ninguém.

Esse post é só pra dizer que quando vocês forem ser gratuitos, não se julguem.

Poderia ser pior.