super ême

vendo super nanny no sbt, me deparei com o caso de nathan. um menino de uns 7 anos. e uma família infeliz. lógico.

e assim, quero ser pessimista nem nada, mas se eu bem sei como funciona esse tipinho que tem ataques demoníacos, choros histéricos, agressões físicas, xingamentos gratuitos a qualquer pessoa presente no recinto, e toda a falta de respeito existente pelos pais, nathan dentro de 10 anos estará começando a freqüentar a Lôca, onde depois de uns 3 anos de freqüência começará beber de maneira até então inédita no brasil, com direito a ataques de diva com qualquer um que não o considere tal coisa, e o que não beber vai lançar na cara de pessoas anônimas e inocentes.

bi-xo-na.

boa sorte com essa, super nanny! :D

(Esse post é dedicado à amável memória do trema)

lost

eu gostaria de lembrar das coisas. deve ser legal.

por exemplo agora eu fui até meu carro procurar um pedaço do meu óculos de grau que quebrou, e uma peça importante do conjunto se foi para embaixo do meu banco. ou algum lugar perto. tá.

logicamente que isso já deve fazer mais de mês. na hora eu devia estar bêbado e mandei um foda-se, e repetidas vezes depois eu bem bêbado tentei achar o dito, sem sucesso, mas tá ficando sério, e o óculos escorrega da cara toda hora e tá fudendo.

decidi, nesse sábado chuvoso, que eu ia até lá. meu carro, então.

e ter carro é como ser um artista famoso. você ganha muitos brindes. no passeio de hoje, por exemplo, encontrei: um maço inteirinho de cigarro, um guarda-chuva e duas garrafinhas de plástico. tudo que não é meu, originalmente. originalmente.

isso sem contar os inúmeros isqueiros que ficam por lá. e eu nunca nem lembrando quando foi a última vez que dei uma caroninha (fora as curtíssimas caronas que eu dou pro "a" da frei caneca até a consolação. mas nem me lembro de te-lô visto esbanjando um carlton inteirinho, com um guarda-chuva verde infantil na mão, na companhia de duas garrafinhas brancas de ciclista). logicamente que como eu só ando com gente bêbada, ninguém nunca vai atrás, e minha coleção vai só engordando. baggage claim fail.

agora coisa minha mesmo que eu tava procurando... cadê? meu óculos continua lá. todo arrombado.

reclamações de propriedades, tratar aqui.

daquele que adora uma coisa grátis,

"m"

Cheia de charme

Como de praxe, hoje é terça e mais pistas de domingo vem à tona. Meu subconsciente é um grande jogo único de pega-pega/esconde-esconde. Tem coisa que não muda com o passar dos anos.

E, então, lembrei de uma frase que proferi ao menino de domingo que falou três vezes que adorou me conhecer, dentro de menos de 24 horas, enquanto a gente tava abraçadinho. Eu bem bêbado, logicamente:

Esse perfume é feminino? Acho que minha mãe usa o mesmo.

Filtro ze-ro.

Prato cheio prum terapeuta. Pra mim, por depois disso continuar aos beijos. Pra ele, por me chamar pra sair amanhã depois desse tipo de coisa.

Melhor a gente não marcar no bar.

Beijo-me-língua.

greatest unique bitch

De repente o ano entrou bom pra toda equipe. Já tem 2 entrando o ano adentrados. Adentradíssimos. E os outros 2 já tão pra marcar o adentramento.

Eu por exemplo tô com um caso que finalmente ia vingar, mas que eu - claro - finalmente enjoei. Taí uma ironia do destino. Ou do subsconsciente, pick one.

Aí tem um outro programado pro final das férias. Acho tão engraçado isso. Programado pro final das férias. Tudo poeticamente combinado por testemunhos de orkut. AMAO

Ah, claro, e tem o de ontem. Esse aí eu, anti-eticamente, roubei de um amigo com histórico anti-ético - pelo menos a gente só mexe com nossa laia, mas enfim... esse de ontem ainda não fez nem 24 horas que a gente se conheceu, e ele já disse mais de 3 vezes, me chamando pela primeira sílaba do meu nome, que adorou me conhecer. Taí uma coisa que não entendo. Eu bebo, eu fumo, eu fico tentando tirar a roupa das pessoas, sou/adoro falo/pergunto coisas embaraçosas, e o tipo de gente que eu agrado são os que bebem pouco/nada, e que nem fumam.

Pelo menos ele tinha muito senso de humor.

Todo esse blog pessoalismo pra dizer que meu melhor fim de relacionamento foi quando eu, logicamente bêbado na Lôca, virei pra ele, não agüentando minha promiscuidade gritante, e disse

EU SOU UMA GRANDE PUTA ÚNICA

Ele entendeu perfeitamente. Agora, é um amigo querido. Outro com senso de humor.

INTERVENÇÄO

Ah, é, antes que eu me esqueça, feliz 2009, o ano em que ir dormir antes das 10 da manhã está fora de cogitação.

E seguindo a regra estava eu, perto das 7 da manhã, pulando de um canal pra outro, quando na A&E estava passando Intervention. Hora de estacionar o controle.

O caso de hoje era do Lawrence. Alcoólatra. Taí, já me dava vontade de abraçar. Tava in denial. Pô, abraça forte!

E meu, era toda uma comunidade latina na luta. Era irmão que evitava ele, mas tava disposto a ajudar, era toda a empresa de Lawrence decaindo. E a cereja: Wendy, uma loira tipicamente americana, casada, best friend e praticamente babá do Lawerence, tava dando depoimento dizendo praticamente que tava era bem afim de ter um caso com ele. Sem precisar de muita entrelinha. Fofa!

Não precisava de mais nada para o meu envolvimento. Toda uma tensão e finalmente rola a reunião dos familiares e amigos para o confronto. Cartas sendo lidas, lágrimas, climão e... Lawrence says no, no, no.

Obviamente nesses momentos de tensão os programas vão para o intervalo. Quase fui fazer um drink, mas achei inapropriado. Ok.

Quando Lawerence finalmente decide ir para a rehab, depois de cachoeiras de insistência, dou um suspiro aliviado, relaxo os ombros, quase volto a dormir instantaneamente. Aí pula praquele final de programa típico de filme baseado em fatos reais que não teve muita verba no final das filmagens. O *depois* sendo narrado.

Lawrence ficou um mês na rehabilitação de onde foi expulso por não focalizar seu tratamento.

Vocês só podem estar brincando.

Ele voltou pra Las Vegas, onde se manteve sóbrio por 3 semanas.

Suspirei orgulhoso.

Ele voltou a beber, e em fevereiro deu entrada no hospital com hemorragia no esôfago...

Porra, apertei o travesseiro.

...típico de cirrose.

Caralho, vi toda minha vida diante dos meus olhos.

Lawerence faleceu em 28 de fevereiro de 2008.

Morrí!

Quer dizer. Não se faz isso comigo num domingo de manhã. Mas para contornar esse tipo de desconforto, nada melhor que uma homenagem.

Lawrence, amigo, pela pessoa comprometida que você não pegou, pelo teu alcoolismo que você chamava de "um ou dois copos por dia, um dia ou outro", pela tua beleza que se esvaziu em 10 anos de um ou dois copos por dia. A Lôca de hoje é pra você.

Honestamente,
"m"