sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Notas sobre uma Lôca

Nem vim aqui pra reclamar da ressaca. Nem do meu alcoolismo. Porque se tem uma coisa que me anima nos dias pós-Lôcas é quando eu olho pra trás e vejo que não fiz nenhuma cagada. Claro, apenas na noite anterior. Vivendo e aprendendo, não é mesmo minha gente?! (/2006).

Já calejado da outra quinta, ontem não cheguei nem perto dos brodis héteros. A modo de prolongar a amizade num nível agradável. Apesar que a merda maior de fazer merdas bêbadas é que no fundo só eu fico com essas fucking lembranças, me sentindo cu. As pessoas nem devem lembrar. Mas voltando ao assunto, ontem fiquei bem tranqüile, enlouquecido, mas poop-less. E melhor que não ter feito nenhuma merdas, é voltar pra casa se sentindo superior. Tipo taí um misto de sensações que a gente não vê juntas todo dia: embriaguez e superioridade. Se eu tivesse 12 anos e assistisse MTV eu até falaria sobre essas coisas, mas ai... ninguém quer. Pra não falar ninguém merece. Porque eu nunca gostei muito de quem usava essa expressão em 87. E se alguém ainda usa hoje, nos faça um favor e se mate.

Tô fugindo muito do meu objetivo, isso aqui não é sessão de análise. Vim aqui mesmo pra deixar umas notas mentais. Ou dicas, if you may.

Uma é que eu gostaria de prestar mais atenção nas pessoas. Ou ter mais memória. Ou ser mais honesto e grosseiro. Isso aí. Qualquer uma das opções tá de bom tamanho. Tudo isso porque eu cansei de falar sempre as mesmas frases pras mesmas pessoas. Eu sou o cara que *sempre tem aquela piadinha*. Sabe? Só faltou eu me vestir mal, ter mais pança, menos cabelo, e uma pizza no suvaco.

Vou resumir. Eu bebo. Não sou muito teu amigo. E você me contou que em 1997 você ficou bêbado num casamento e dançou a macarena em cima da mesa com a noiva. Meu. Você vai se arrepender de ter me contado isso mais do que se arrependeu da macarena. Porque a partir desse momento basta 1 cerveja pra eu sacar uma frase da manga sobre o tema a cada momento que eu te cruzar na baladë.

Então pensei cá com meus botões e cheguei nessas 3 possíveis soluções. Sair do meu umbigo e saber mais que uma história de macarena. Difícil. Lembrar sobre mais fatos que você me contou. Improvável. Ou fingir que não te conheço porque nem macarena eu danço mais, e tô nem sendo pago pra animar tua noite. We have a winner. E defina *animar*.

A próxima nota é que meu, já deu ficar falando NÃO TEM QUEM DIGNA a cada meio segundo. Tipo que a frase nem cabe nessa fração de tempo, mas eu encaixo, e só repito isso nonstop como se fosse uma lavagem cerebral laranjamecanizada. E meu, pior que tá ressoando, porque as pessoas tão falando isso a todo momento também, mas ok, a frase é legal, tem mais que ressoar, eu só não desejo mais ME ouvir com esse mantra.

Tudo isso nos levando a crer que minhas noites estão cada vez mais previsíveis. E eu pagando pra isso.

Tá.

Lembra da opção ter mais memória? É. Porque eu tinha mais notas mentais pra hoje e acho que esqueci todas. E eu nem escrevo para eu parar de beijar meus amigos na boca, porque isso eu já desisti. Mesmo. Fora que depois da invenção do beijo cênico, me segura que eu vou longe. Qualé o próximo desafio. Um sexo cênico pra fazer charme pro bonito da sauna? Opa. Simbora, Berenice.

Bom. Fica um beijo e umas lacunas.

Um comentário:

Remi disse...

Pra não falar ninguém merece. Porque eu nunca gostei muito de quem usava essa expressão em 87. E se alguém ainda usa hoje, nos faça um favor e se mate.

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