terça-feira, 14 de outubro de 2008

A fuga da galinha

Sábado deus falou: desce e ahaza. Mas ele não foi muito específico.

Fomos pra Bubu. "J", eu, e nossas amiguës do Será que sou eu?!. E olha...será que era eu? Aliás... será que era o "j"? Não tem diga que esse meninë mostra que se importa quanto às eleições, porque no que diz respeito à sua parte social na Bubu, meu voto pra ele é nulo.

Já no auge de minha loucura, era entre 3 e 4 da manhã, e eu já tinha bebido uns 50 reais de Cuba Libre. Fora que antes de entrar a gente deu aquela calibrada no bar. Pois bem. Era entre 3 e 4 da manhã, e "j" atingia 100 reais em sua comanda, o que o fazia a quitar sua dívida caso quisesse pegar uma segunda comanda. Teoricamente havia a opção de só pagar tudo antes de ir embora, e agüentar o resto da noite na seca. Afinal, eram entre 3 e 4 da manhã, já haviam 100 reais dentro de seu organismo, além da calibrada no bar de fora.

Logicamente que isso não era opção pra "j". A segunda comanda veio. Foi aí que "j" passou dessa pra melhor. Defina melhor. Então já eram mais de 6 horas, e eu achei que já estava numa boa hora de sair, né. Tipos... oi, cansei. E decidido isso junto com meu amigo rico, perguntei pra ele se ele já havia pagado - pela segunda vez. Ele disse sim, confirmou, ôpa, simbora mais eu pro Mc. No caminho da saída, em plena pista de dança, ele - que estava atrás de mim - simplesmente saiu fugido. Sumiu pela pista. Tipos... oi, surtei. Fiz uma cara de cu. Uma cara de DE NOVO, SÉRIO?, e continuei no meu caminho já querendo que ele se fodesse. Mas chegando lá refleti meu dever social para com aquele ser que naquela altura já estava acéfalo, e resolvi ligar, mandando ele me encontrar.

Eu com o cartãozinho de saída nas mãos, já perto da porta, paro ao ouvir a lôca mandando eu esperar. Então ele pára no balcão da entrada, que ele tá careca de saber que só possui a função de entregar comandas na entrada. Muito depois das 6 da manhã, atrás daquele balcão só havia um segurança assistindo o movimento. "j" decide que é ali mesmo, começa a tirar sua carteira do bolso, comanda, jurando que vai pagar ali sua segunda comanda.

Oi, sua puta, lembra que você disse que já tinha pagado? Logicamente que depois que você bebe 100 reais e ainda sim pega uma segunda comanda, se alguém faz uma pergunta usando pagar e comanda na mesma oração, qualquer resposta é deconfiável.

Ok, confirmado que a segunda comanda estava pendente, fomos nós em direção da fila do verdadeiro caixa. Tipos que eu tava bem de bôwa, já tinha pagado há séculos, tava na fúria de MCDonalds, e depois desse carnaval todo ainda existia uma fila GI-GAN-TES-CA para enfrentar. Uma coisa Playcenter. E se eu tô dando todos esses detalhes, é para que Deus leia e saiba o bom menino que sou. Porque sábado na Bubu eu sei que ele não tava.

Ok. Fila enorme. A gente lá naquele vapor, "j" imprestável para qualquer tipo de diálogo. Como eu já tinha gastado a minha cota de fila, fui buscar um passatempo.
- Fica aqui na fila que eu estou aqui do lado, olhando a pista daqui de cima pra ver se acho meu amor de 2 metros e 37.

Oi, se você é o loiro de 2 metros e 59 que estava sábado na Bubu, me add em algum lugar. Mas me add mesmo.

Tá. Tô lá de olho no Prof. Girafales loiro da balada, quando volto o rosto pra fila pra certificar se "j" ainda vive, vejo um ser fugindo enlouquecido da fila, como se alguém tivesse acabado de anunciar a presença de uma bomba no recinto. Meu amigo é o "j", mas ele poderia facilmente se chamar "c". De CORRAO.

Nessa hora não sabia se eu chorava ou se agredia, mas fui eu lá atrás do meu filho, na véspera do dia das crianças, no banheiro feminino onde ele acabara de entrar. Fomos então mais uma vez pra fila. Então dessa vez, pela vergonha, decidi ir pra fila do outro lado. E lá, depois do esporro que eu dei, ele até recuperou seu dever social comigo. Meio no espírito LEMBRA DO BOM-HUMOR? ACABOU. E lá ele ficou bonitinho na fila enquanto eu mais uma vez ficava de olho no meu marido da pista. ALTAO

Quando eu vi que ele tava quase no caixa eu cheguei perto caso precisasse algum auxílio, alguma assinatura, algum responsável supervisionando. E nessa hora ele parecia estar no final de um rala-côxa com um ser x que estava atrás dele na fila. A gente ainda não tem certeza se houve algo. Fica a dúvida.

Mas foi assim que eu finalmente consegui sair da Bubu. Com muito esforço e muita garra. E com muita fúria. Fúria que acabou sendo direcionada pro primeiro imbecil folgado que eu cruzei no Mc. Já eram mais de 7 da manhã, e um mano imbecil me viu andando com minha bolsa-a-tira-colo-sempre-presente.
- E aí, viado?!
me baixou Silvetty, me baixou Tim Maia, minha voz engrossou Nair Bello.
- Sou viado mesmo, algum problema?
Ele ficou mudo.

Dormi tranqüilo naquela manhã.

4 comentários:

"j" disse...

miácabo que essas situações SEMPRE acontecem, eu NUNCA me lembro e na minha cabeça nós nunca brigamos na viide.

obrigado por tudo, julie!

PS - me veio um flashzinho de entrar no banheiro feminino. hahaha

c.h.i.c.o disse...

Eu sabia que ler "OS LUSÍADAS" ia me servir de algo. Cara... HAHAHA!

Anônimo disse...

digno de artigo no FOLHATEEN.


bj maamma

E JUIZO NA CABECA DE ALGUEM NEH PORRA?

ceis sabem que cabeça eu to faläno.

"j" disse...

ihh esse 'p' aí tá é me julgando!

nunca disse que meu 'j' era de juízo. é de jogar-me-ei. hahaha