quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Danskando na chuva

Poucas coisas são mais emblemáticas da falta de controle na hora de beber do que jogos universitários. Tá em algum lugar lá entre aniversários, reveillón, quintas e domingos na lôca, festas no apê... enfim, na verdade qualquer evento social, mas a vantagem é que jogos universitários consistem de xingar pessoas simplesmente porque elas estão estudando o mesmo que você só que em outro lugar. Começa bem.

Daí que eu fui num desses, que não era JUCA nem algum desses top (defina top) mas dava pro gasto. Fui pra primeira balada bebendo vodka danska direto do gargalo - um gargalo normal, wide and open. Eu nunca tinha entendido pq vodka tem medidor e não pode ser como uma garrafa normal. Depois desse dia eu entendi. Te dou um dado? Vodka não é coca cola.

A última imagem que eu tenho é de estar no carro berrando e minha memória desses instantes ficou tão intensa e distorcida que quando eu penso naquele momento me vêm na cabeça uma limousine no lugar de um fiesta, a janela vira pra mim um lindo teto solar, são roque vira los angeles e eu sou kate moss indo pra festa do elton john depois do Oscar.

Então, essa era minha última memória, lembra? Segundo fontes, eu desapareci por HORAS até que fui visto junto à grade que separava a buatchi do campo. Lá estava eu. Na chuva torrencial. Com a braguilha aberta. Do lado de fora. Com o olhar distante, como se tivesse dormido em são paulo e de repente acordado lá, naquele exato momento. Ao meu lado, um cachorro sem uma das orelhas.

- "J"! O que você está fazendo aí?
- Eu tava procurando o banheiro...

Fui levado para casa, molhadinho como se tivesse pulado em uma piscina. Chegando na barraca em que a gente tava, a enlouquecida aqui foi pro banheiro se trocar com roupas que não eram suas, e previsivelmente todas se espalharam pelo chão - o chão de um banheiro de alojamento de jogo universitário, aquela orgia de xixi, vômito e camisinhas usadas. Meus amigos resolveram que era melhor me trocarem e eu rolava de um lado pro outro com o shortinho do pijama, expondo minhas partes íntimas sem medo de ser feliz.

(como é que eu ainda tenho amigos, meu deus?)

Claro que eles se aproveitaram do blackout e inventaram que eu tinha ido na barraca do menino mais insuportável da turma, que eu tinha mordido a orelha do cachorro que estava ao meu lado na grade, que eu tinha falado e feito coisas com deus e o mundo, enfim... coisas tão, mas tão inverossímeis que por uns dois momentos eu tive certeza que era verdade.

Noite seguinte, estávamos andando de carro, procurando a segunda balada da viagem. Eu virei e comentei "olha, tem uma aqui, será que não é essa?".

- "J"... essa foi a da noite passada. Lembra?

Não.

Danska: não fica dica.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

ti-adêdê?

Tristeza? tristeza é receber um pedido de amizade no orkut com direito a OI LINDO! de uma pessoa feia, feia mesmo, com um português ruim, gostos duvidosos, idade e cidade natal com uma boa distância das tuas, mas pensar que não dá pra negar a possibilidade de que o cidadão possa ter sido alguém na noite... na tua noite.

Ai, Deus. Tá muito tarde pra gente ser amigo?

Bom. Obviamente fica o não. Melhor me fazer de lôco, de *era meu eu-lírico*. Não seria a primeira vez.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Perdas e Danos

Assim. Existe a ressaca, existe a ressaca forte, e existe a ressaca depois de beber galões ir pra casa de alguém desconhecido fumar a maconha mais forte do universo e ir pra o trabalho depois de dormir apenas 3 horas sem beber nem um golinho de água. Mais conhecida como near-death experience, comparável à mergulhar a 2 quilômetros sem tubo, ser enterrado vivo, tipo quase um dos feitos do David Blaine (fun fact: ele já namorou a fiona apple. oh, eu não sabia!)

Primeiro que eu cheguei @work estupidamente atrasado, mas essa parte eu contornei bem. No caminho pra lá decidi que ia falar que tinha ido no médico, e até revi na minha cabeça respostas hipotéticas se ela perguntasse "mas médico de que?". Alergista seria o mais verossímil, me conhecendo, mas pensei que talvez houvessem perguntas subsequentes e eu jamais conseguiria responder algo que tivesse algum sentido. Ia soltar alguma coisa do tipo "ai, o ar seco dessa cidade, menine" e mano... não ia pegar bem.

Acabei decidindo por responder urologista - nenhuma pessoa sensata ousaria fazer mais perguntas a partir daí. Mas nem precisei. Acho que ainda tava bêbado então foi tipos um "oi-é-cheguei-tarde-e-aí-como-vc-tá-eu-to-ótima" seguido de comentários espontâneos sobre a parte de política no jornal do dia. Foi quando the boss comentou - "esse Lula precisa é parar de beber em serviço".

Minha boca concordou, mas eu abri foi um grande leque interno pensando se aquilo não era uma indireta. E vocês sabem como o cérebro de dia seguinte fica perdido e auto-sugestivo, então eu só pensava oh my god oh my god she knows, SHE KNOWS! RUN, FOREST, RUN! E ela ainda repetiu "esse Lula precisa é parar.de.beber.em.serviço". Tava a dois passinhos de me ajoelhar e dizer DESCULPAAAA CAGAY NO MAIÔÔÔ mas resolvi direcionar os dois passinhos pro banheiro.

Assim, não foi a primeira vez que eu vomitei no banheiro do trabalho, mas geralmente eu tava sozinho num raio de três salas então podia me jogar sem dó nem piedade. Mas todo mundo sabe que vomitar é barulhento, então dessa vez eu me inclinei para a pia, liguei a torneira e fiz o impossível para controlar meus espasmos e fazer um vomitinho blasé, discreto, silencioso, amélico, submisso, fofo, limpo, bonito e feminino.

Acabei indo no banheiro a cada dois minutos - literalmente, mas literalmente meixmo. Pensei até em comentar "vixe, to com uma diarréia insana" pra não levantar suspeitas mas oi, ninguém perguntou, gratuidade tem limite. Como vomitinhos discretos não estavam fazendo o serviço, inventei uma ida pra padaria e usei o banheiro de lá. Um sanduíche de queijo depois e eu já tava bowa e pronto pra outra!

No final deu tudo certo. Mas aprendam comigo - toda bebedeira tem seu custo, seja ele emocional, psicológico, físico, financeiro ou material. No caso foram meu relógio e meu isqueiro novo, que ficaram na casa da pessoa da noite anterior. Eu sempre disse que vale a pena não ter isqueiro bom, vai embora um por semana, mas você quis dizer eu não quis escutar e PLIM lá se foi. E o relógio também. Pra não sofrer eu to dizendo que ligo não, tava cansado dele mesmo, mas é óbveo que estou é me enganando a si mesmo.

Conclusão triste: uma ressaca passa, mas tem coisas que não voltam nunca. Mesmo que você tenha o telefone da tal pessoa, que não te atendeu nenhuma vez porque deve ter calculado que o preço de dormir com você de novo não vale a pena e opa, ganhei um relógio. O mesmo cálculo que eu já fiz, pois penso que achei ele no orkut e não quero acreditar que ele é tão feio assim, então jamais adicionarei.

Beijos-me-mata.

domingo, 24 de agosto de 2008

Angelical touch

Quero ver alguém reclamar da lei seca depois dessa. Porque parece que alguém chegou pros dono da Red Label e disse

libera uns táxi aí suas goStoza

E rolou.

É o seguinte:todo sábado, da meia-noite às cinco, pelo menos aqui em SP, você vai de táxi, cê sabe, e paga picas. Tudo na conta do Johnny. Diz que só pagam até 10km, mas meu, de graça a gente aceita até campari, né?! E ontem, quando utilizei-me desse serviço, fiquei achando que deu mais que isso e continuou tudo numa nice. Enfim. Vi-i-d-a-s!

Então anotaí, suas goStoza: 5069 0404

Cê liga lá e fala tipos EU QUERO A PROMOÇÃO DO JOHNNY WALKER, em ritmo de festa, clima de promoção da Jovem Pan. Beijos.

sábado, 23 de agosto de 2008

mas fzer ok

Medo. Meu pai chegou em casa agora pouco. E eu aqui me perguntando por onde andou essa fiscalização da lei seca, porque dele passou longe. Ou então alguma viatura desse estado já recolheu seu décimo terceiro.

Mas o mais importante de tudo isso é que agora tô de porta fechada, ouvindo o som no último - vindo da sala -, que meu pai botou. Tá tocando o tema de Flashdance. Ouço barulho de palmas querendo entrar no ritmo, sabe. Pobrezinhas. O resto não quero nem imaginar.

Brigado pela atenção, gente. Precisava desabafar.

Beber = (sinceridade+gratuidade).verdade²

Sabe esse lance de sinceridade? Então, teoricamente meu voto aí é meio nulo. Nada muito contra, mas tipos que hoje em dia nem sou mais fervoroso da religião da verdade. E sabendo que eu nessa vida já fui hétero e um pouco evangélico, a gente pode encarar isso como evolução.

Tô de ressaca, o pensamento não tá fluindo, essa introdução ficou merdas.

Mas é o seguinte. Vou tentar explicar melhor. Eu no passado acreditava que a verdade libertava. Sabe? Mas até aí eu devia achar bonito aquelas gentes que usavam camiseta sou careta drogas blah. Enfim. Hoje em dia tô super aí para a mentira, hipocrisia e toda sua família. Me add. Não acho necessário discorrer sobre o tema, oi, se você lê esse blog você muito que não presta tanto quanto eu. E usa desses mesmo artifícios, então vamos pular essa etapa. Não sejamos hipócritas. :D

Enfim - gente, alguém inventa um sinônimo pra enfim, porque essa palavra já esgotou pra mim, really. Anywayz. Tudo isso pra tentar entender, assim... honestamente, aqui de dentro do meu âmago, porque caralhos a verdade vem bombando na ponta da minha língua já logo depois da uma cervejinha?! Não, sério, eu preciso entender isso. Porque sozinho não consigo escolher uma das opções pra aprofundar o raciocíonio.

Tipos a) culpa cristã; b) no glamour cuba libre eu acho que sou foda e não me envergonho de nada que antes merecesse discrição; c) gratuita necessidade de botar pingos nos is. Seilá. Sério, gostaria muito de saber. Porque só de tocar nesse assunto lembro de pelo menos uma história. Que de lembrar quero morrer. De declarações gratuitas do tipo SEM-PRE-QUIS-FI-CAR-COM-VO-CÊ enquanto de fato eu ficava. Meu, get a hobbie, sabe. Porque pra jogar mais merda nesse pirocóptero, o fato de você achar alguém atraente vira uma grande declaração de amor gratuita no calor do momento. Eufemismo para drama queen, sabequalé? Preciso nem dizer que o menino saiu correndo, me bloqueou no msn e nunca respondeu meus torpedos, né? Precisa ver a cara de assustado que ele fica quando me vê. Tome nota.

Mas comecei a falar tudo isso só porque eu acho que um detalhe ou outro, ultimamente, eu ando conseguindo segurar. Tipos que eu sou capaz de te contar da festa surpresa que a gente tá preparando pra você, mas não conto do que é o bolo. E encaremos: isso já é um passo. Mas de verdade, acho meio triste quando eu identifico que realmente estou fazendo uma força pra segurar uma coisa que tá louca sair, entende? Diarréia mental. E não tá difícil de ler: se você tá fazendo força pra segurar uma informação, significa muito que se você liberar ela vai te fuder em breve. É um no-no, garoto mimado.

Sinta-se no direito de comentar.

Pê ésse. Gostaria de esclarecer que eu tenho uma pasta nos meus arquivos cerebrais, tipos uma caixa preta à prova de qualquer cachaça, onde guardo os segredos mais bombásticos. Tipos que de lá nada sai mesmo. Nem por uma pica. E eu digo isso porque eu poderia estar matando, eu poderia estar roubando, mas estou aqui dividindo meus sentimentos com vocês. Então espero que com isso eu não jeopardize a minha credibilidade, e faça com que vocês parem de me contar fofocas.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Oops

Olha, sinceramente, que Deus nunca faça eu parar de beber. Não por nada, eu nem acho que minha vida acabaria aí, mas tudo que eu gostaria de evitar na vida é consertar meus erros de bêbado. Sérião, é muito merda pra feder. E no AA chegaria aquele passo do tratamento onde eu teria que me desculpar:

- Oi. Não sei se você me se lembra de mim, eu te achei na comunidade da Lôca. Hehe. Espero não parecer muito louco ou absurdo, mas gostaria de me desculpar por ter chamado você de gorda, ter gritado com você, e por ter te tacado meu copo cheio de cuba libre. Por você ter me chamado de chato. Acho que exagerei. Rs. Malzaê, beijos.

- Mãe, sabe quando eu falava que ia dormir na casa de uma amiga. Então. Eu sou promíscuobêbadobeijos.

- Ermão "j", malzaê por ter te agredido litros várias vezes, provavelmente overeacted vezes, e na velocidade cinco, como no clássico *LEMBRA DO BOM-HUMOR? ELE A-CA-BOU!* Desculpa eu.

- Então, me dá uns minutos do teu msn? Queria pedir perdão por ter catado teu namorado enquanto vocês tavam juntos. Eu tava numa vibe desajustado, todo um desequilíbrio, liga não. Rs. :D (esse aqui, então, vai copy+paste pra uma população)

Fica o agradecimento ao mundo: de verdade, obrigado pelas inúmeras vezes que me seguraram pra eu não sair na mão - por que, aparentemente, eu bebo e fico muito macho.

(E malzaê também mina de ontem, baranga vulgar bem lôca do padê, por eu ter exposto minha opinião sobre tua roupa pobre de espírito. Quer saber, desculpa o caralho sua $#¨$%&$* você merece levar @%¨¨%#¨ nessa sua $#%¨#$*$@ sua vagaba. Me pega no grau de ontem de novo que você vai ver como é que viado mete o pau em mulher)

I think I did it again.

Sinceridade é o novo Simpatia

"CAFU X que beijei quinta bêbado na pista" says:
olha 'j', agent conversou quase nada, mas orkut ajuda a conhecer um pouco da pessoa, imagino q tu seja um cara bem bacana, quero trocar idéia com tu
"CAFU X" says:
quero ser seu amigo
"CAFU X" says:
mas em relação a ficar novamente imagino q não rolemais, seilá o encatamento nesse aspcto deixou a desejar
"CAFU X" says:
mas como falei acima, faço questão de marcarmos, espero q queira algo alem de ficadas, sou um cara com idéias bem bacanas, acho q vamos se dar bem

...

"j" says:
gente, o que responder?
"j" says:
ele nao parece ter ideias bacanas... e eu to bowa, ja tenho amigos suficientes, só queria sexo mesmo
"j" says:
acho q vou falar isso
"fz" says:
AHUUHAHUAUHAUHAHUUHAUHAUHAUHA

...

"j" says:
ahnn pode ser
"j" says:
mas na verdade eu tava querendo mais eram as ficadas mesmo
"j" says:
hehe
"j" says:
nada pessoal

...

"j" says:
gente, estou tendo uma grande DR com esse cara que eu fiquei uma vez, bêbado, na pista.... parabéns

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

The runaway sober

É. Ontem eu saí. Saí tipos baladinha, pista, luz, rockizinho, sapata, puta, viado. E sóbrio, veja bem. Quem te viu, quem te vê.

_Insira aqui qualquer gíria do momento, e termine as palavras com ë para indefinir gênero._

E isso, como é de conhecimento geral, se deu pela fucking lei seca, que eu semi era a favor até ontem, e pela fucking rehab, que era a favor até...?...

Bom. Mas tá. Queria dividir que além d'eu me sentir um touro numa loja de porcelanas - quando todo mundo tinha uma cervejinha mão -, eu descobri também uma coisa: as pessoas não são tão bonitas assim. Tipos... é. Simples assim. E como eu sou um otimista e acredito que quem ama o feio, bebida lhe convém, numa vibe dove em busca da *real* (defina real) beleza, amanhã eu quero bem é ir pro baile. Daquêêle jeito.

E-vocês-e-vocês de todo meu Brazzil, ca-dê-o-gri-to-da-galera???

(Acredite: esse foi o melhor argumento que achei para escrever sobre a noite careta de ontem. E pra me jogar na birita quebrando a rehab de vez. Anti-marketing do AA. beijos)

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Mensagem pra Você

Você está tá no trabalho mortiis. É segunda. É ressaca. E te ligam de um número desconhecido.

- Oi. Aqui é o cidadão que você beijou na lôca ontem.

Primeiro impulso: qual deles? Resposta: ah. Oi.

- Queria dizer que as marcas que você deixou ontem ficaram bem feias...

Ah. Foi mal.

- Então é isso... abraços.

Beijos!

Horas depois, a seguinte mensagem aparece:

"me pareceu timido, bem diferente de ontem!! alem do roxo ainda doi!! rs meio selvagem o senhor. abs".

Você se sente constrangido por beijar pessoas que escrevem esse tipo de mensagem. Você não quer ver ele nunca mais na vida. Mas pelo bem da gratuidade, sem motivo aparente, em um impulso, responde. E escreve:

"Você ainda não viu nada..."

rsrs

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Da série "aforismos"

O problema de ser gay e bêbado é você encontrar uma camisinha no chão do motel e não saber quem foi que usou em quem.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Keeping Up With the Roitmans

Você sabe que precisa de rehab quando:

- No espaço de uma semana, você dormiu com três pessoas diferentes, em três noites diferentes. De um deles, você não sabe nem o nome. Em todas, você estava bêbado. Em uma, você só se deu conta do que aconteceu ao ver o pacote de camisinha ao lado.
- Você não sabe dizer se ontem, lá no colchãozinho, você estava se pegando com uma ou com duas pessoas.
- Pagar mais de 70 reais na balada já virou rotina.
- Ter também como rotina sempre contestar as contas astronômicas no final da noite, e sempre achar que está sendo roubado.
- Esquecer qualquer acordo, moral ou ética que você tem com qualquer pessoa, e beijar todos os teus amigos, desdizendo qualquer opinião que você tinha dito há horas atrás.
- Ter a sensação, em qualque lugar que você vá, de que conhece várias das pessoas presentes, mas não sabe dizer com clareza onde. Borrão cerebral. E na maioria das vezes suspeitar que essa pessoa *familiar* já esteve contra ou a teu favor em alguma briga, na Lôca.
- A expressão caos no cérebro vira lugar comum.
- Ao receber o drink solicitado, você agradece com com mãozinha de oração, num namastê, hare krishna style.

Foram horas tentando achar uma frase para concluir o post. Sem êxito. E isso se insere nesses motivos. beijo-me(ta)lingua(gem)

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Friday's

Preguiça de googlear quem foi que inventou o final de semana.

(pausa)

Ok. Até procurei, mas só vi que ter sábado e domingo como *folgas remuneradas* é uma aquisição recente dos trabalhadores. Blá blá blá whiskas sachê.

Mas eu comecei falando disso pra dizer que quem quer que tenha sido o inventor disso tudo, louvemos-no. Por ter sido um gênio. E eu só entendi isso agora vendo - sentindo no fígado - o padrão de ressaca dos vinte e poucos anos.

Lembra de ouvir alguém falando que depois dos 40 a ressaca dura 3 dias? (toc, toc, toc). No meu caso, a voz da experiência foi a Marília Gabriela. Parabéns. Então. A dos 20 dura 2. Ou eu já cheguei na ressaca dos 30. Apressadinho.

E isso deveria requerer mais reflexão na hora de decidir enfiar o pé na jaca. Mas chega de falar de utopia, vamos falar da realidade:
  • Sexta-feira: Você bebe. Sim. Beba! Esse dia foi feito pra isso.
  • Sábado-dábado-domingo eu solto pipa e jogo bola: Tenha sua ressaca. Sim. Não fuja da raia. É o destino de sábado. Coma muita coisa gorda e faça muito sexo, môônstra.
  • Domingo: Tenha a ressaca da ressaca. Sim. Aquela que não existia até os 21 anos. Essa que te deixa apático e indiferente ao mundo. Sem as fomes, em todos os sentidos da palavra fome, do sábado. Enfim. Respire. Fume, no máximo. Faça a linha Nouvelle Vague.
Falando tudo isso já quero tirar a genialidade do inventor disso tudo. Por ele beber só às sextas. E pior: por ele não saber o valor da Lôca aos domingos.

Merdas.

domingo, 10 de agosto de 2008

CORRAO

Criancës, eu meio tô cansando desse tema bafometro como neutralizar. Tá tipos a *tia da limpeza do Ego* do nosso Te dou um dado?. Quer um conselho para não ser pego em flagrante? Fique rico e contrate um motorista.

Mas fato é que tão dizendo que o truque da pedrinha de gelo na boca para abafar o grau etílico no bafômetro é pura lorota. E que dizer que gelo libera hidrogênio foi a mentira acreditada mais idiota do ano. Enfim, química for dummies. Mas, ok. Tá anotando ae? Depois não diga que não me retratei.

E meu. Maséclaaro. Como fui tão ingênuo de não lembrar dos danos que o hidrogênio causou naquele cyborg eterno que nunca morria em Exterminador do futuro 2? E por mais duvidosos e maléficos os elementos que já introduzi nos meus drinks, esse acho que seria too much.

Bom. Estudiosos, professores - e essa gente que tem uns cargos de vida que eu leio como NÃO BEBO NÃO TREPO - dizem que se o gelo liberasse hidrogênio estaríamos todos explodindo. Bom. Por esse argumento já não sei mais. Agora voltei a acreditar que os gelos das minhas Cubas de fato o possuiam.

E chega desse post. Porque comecei a ler sobre Hidrogênio (ou Hidrogénio, no português europeu) no wikipedia, e não quero me tornar essa pessoa.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Glória Meldelzes (e outros pseudônimos)

"j" diz:
ontem foi daqueles dias que bebi no ponto certo.... loca, surtada, mas que lembra minimamente das coisas e nao fica insuportavel
"m" diz:
miacabo que teu ponto ideal é de não saber se era 1 ou 2 na tua ficada.


Pois é. Lembro de estar andando e pensar poxa vida, nunca me peguei com ninguém nesses sofás, eles parecem tão agradáveis e convenientes. Corta pra um tempinho depois, me vejo estrategicamente sentado na frente de um desses colchões, esperando esperançosamente para ser abduzido por um dos casais que lá se pegavam. O que prontamente aconteceu, transformando aquilo num grande motel único. Até no banheiro a gente foi, mas o segurança percebeu e tirou a gente de lá na mesma hora.

Por um segundo já me vi sendo expulso de novo. Seria interessante... teoricamente, a carreira de uma pessoa deveria começar sendo expulsa de lugares bons, para depois baixar o nível até ser expulsa de sei lá, uma cabine de peep show em um sex shop do centrão. Mas eu comecei na danger, menine, eu tenho futuro (defina futuro). Eu até escreveria um livro - Como ser retirado de baladas GLS - De A a Ultra.

update: escrevi isso aí faz um tempinho, no dia seguinte. Aliás, essa aí foi a minha grande despedida da bebida - por enquanto. Mas acho cabível postar hoje, depois de tanto tempo, porque chegou a fatura. Ah, as faturas. Eu nadamaismelembrava, mas paguei com o cartão de mommie e quando acordei estava lá, do lado do leite e do pão de cada dia. Com o valor circulado e um comentário - "foi isso mesmo??". Sim, mãe, eu sou alcóolatra, lembra? Não, mãe, é que o cartão da minha amiga não passou então eu paguei pra ela.

Aliás, segundo o Visa eu não gastei quase 100 reais no glória, e sim no Clube 13 de Maio. Uma das coisas que eu maismiácabo na náite paulistana é isso, as adaptações feitas para proteger as galerë do armário. Sabe aqueles anúncios de vibrador que passam de madrugada e prometem que o seu porteiro nem vai tchans porque chega em uma "embalagem discreta"? É a mesma vibe. Bora pro dicionário:

Alôca - A L CA [mãe, é que eu acho que a Alca é um projeto bom pro país, por isso toda semana faço uma doaçãozinha]
Bubu - Macroeventos do Brasil [brega = combina com a bubu]
Glória - Clube 13 de Maio [genérico e objetivo. blasé como o glória]
Motel Luver - Caneca Cia [um clássico]
Sauna 269 - MDC SPA LTDA EPP [achei a associação sauna=spa cabível]
SoGo - Na pista [fechando com chave de ouro, porque lá tem inclusive um aviso em cima do caixa pras bilu não ficarem tensas]

Agora licença que eu vou pra um macroevento e depois perder uns quilinhos no spa. Beijos!

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Gepeto

Quando o assunto é bêbado, ou pretensão de ficar virar um, sempre esclareço: não-vou-tomar-c-o-n-t-a! Não vou!

E essa decisão de vida veio pra mim num fatídico dia em que saí da minha casa com o objetivo de me divertir e nada mais. Doce ilusão.

Pelo caminho encontrei já uma tchurminha bem da calibrada. Mas assim. Naquele nosso grau normal e por nós aceito. Não aceito por muita gente em volta, muito menos pela polícia. Mas, enfim, o usual.

Ok. Tudo isso que disse valeu pra mim e pro povo. Digo, maioria do povo. Porque um chamado "a" resolveu ser avançado, nesse dia, tipos o mais lóki da turma, e então se calibrou com ...(?)... é, jamais saberemos quantas foram as doses de tequila ingeridas pelo meninë. Mas assim, digamos que ele botava qualquer mexicano no chinelo.

Enfim. Sabe a imagem que você tem da gente pelas histórias aqui contadas? Triplica. Lembra do "j" usando a expressão poderia ser pior? Gente. Esse dia foi! Foi muito pê-ór. Foi tudo de ruim que poderia ter me acontecido num dia em que acordei humano. Logo nesse dia. Porque o fofo nada mais era do que um boneco de Olinda. Sozinho não se locomovia, era necessário um ventríloquo, e ao manuseá-lo era um frevo pra frente, um frevo pra trás, pros lados, agredindo a tudo e a todos a seu redor. A maior personificação de maria-mole já vista.

E ok, você me vê reclamar aqui e pensa. Poxa. Esquema era de jogar ele num banco, ploft, a pessoa morria e eu saia para o que tinha restado da noite. Mas não. A pessoa não se mexia sozinha, mas a animação e a vontade de farrear tinham a energia do coelhinho duracell. E o banco jamais foi uma opção: era colocá-lo sentado que a pessoa deslizava feito uma minhoca do axé até o chão-chão. Sem nunca desanimar. Meu. Se eu falar ninguém acredita. "BM", um amigo que da sobriedade passa longe, ficou se revezando comigo no rodízio do ventríloquo. Todo triste, sem beber direito também. Um par de freiras, pra quem visse.

Mas no final de contas acho que devo ter me divertido. Porque não parei de beber um minuto sequer, mesmo que devagar. Ciente de que se eu desistisse de vez de me embriagar seria como no "História sem fim", quando o cavalo daquele indiozinho fofo (Atreyu, beijo-wikipedia) fica meio preso naquela areia movediça, e quanto mais triste ele fica mais se afunda. (Ah, metáforas do história sem fim!)

Mas enfim, vamos aos rái-láitis da noite. Os pontos que mais me lembro.

Eu segurando o boneco de Olinda / BM também fazendo a função / Nós tentando levar ele pro banheiro, devido a seu pedido / Terror nas escadas / "a" jogado no chão do mictório / Antes de cair, ele honestamente tentou se segurar para evitar a desgraça. Se segurou inutilmente nos próprios mictórios / Não ache que por sorte divina o chão, naquele dia, estava limpo / É, minha gente, cê tá pensando que é exagero?! / "a" estapeando nossas caras e a de terceiros como se não houvesse dia seguinte / eu num misto de piedade e desejo homicida / "a" derretendo até o chão ao sentar no banco, eu o levantando, ele me batendo e dizendo que iria na pista, tendo eu que segurá-lo à força para não acontecer tal desastre / de certo não era muita força que eu tinha que fazer / eu puto carregando ele e fazendo manobras de kung fu para levantá-lo antes dele cair no chão feito cocô / meu braço sangrando pelas minhas manobras karatê kid style, que foram interrompidas por uma parede / oi?, eu não ganhei nada pelo serviço de guarda-costascorpo / trabalho voluntário / muita gratuidade pro meu gosto / "RG" - outro caridoso - ao fazer um freela de ventríloquo, acabou por quebrar o nariz de um infeliz que passava por ali no momento, devido aos karatekidismos / nenhum outro amigo querendo entrar no rodízio e eu desistindo do cargo, mandando um foda-se e liberando a bixa atacada para ir na pista / E rezando muito (coisa que na minha religião é traduzido em goles. Muitos goles.)

Você acha que dá vexame? Poderia ser pior. Acredite.

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Juntando a sede com a vontade de dirigir

Tô aqui pra dizer que Deus ainda não abafou minha queimadura de cigarro na cara. Lêêmbra? Poupe-nos daquela piadinha pronta com aquela inglesinha. Ai, né. É a materialização do meu passado condenável. Então, criancës, antes de beber, lembre-se de mim, sempre pensando... ai se fosse o meu.

Bom. E falando em lêêmbra, sabe quando falei que de repentez mascar um café poderia ajudar no bloqueio à Cuba ao bafômetro? Falei meique na piada, mas me vem hoje nossa amiga "p" e diz que de fato isso é viidas! Barra Nostradamus.

Ok. E nem é de necessidade ímpar fazer um post daqueles de tópicos com bolinhas na frente, porque esse truque é o mais simples evah. Anotaíãm: Beber, pegar o carro, mascar pelo menos uns 4 grãos de café e dirigir sem medo, sem lenço, com documento.

Não venha me dizer sobre bafo, gosto forte, jamais conseguir dormir após ingerir isso, e a morte do paladar. Tudo isso vale menos que os 955 reais previstos em lei. Porque além desse dinheiro que pode ser muito bem gasto em cosmopolitans, daiquiris, mojitos e afins, o alcoolismo consciente e assumido - que é praticado por nós e julgado por outros - jamais fluirá de novo de forma redonda, sem culpas maiores que as normais, depois da primeira multa e apreensão. Pelo menos não antes do dobro das nossas doses costumeiras. Fica a dica.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Yes. Yes. Yes.

Ô-lá.
Meu nome é aspas eme aspas, e não bebo há 1 semana. And counting. Acabo de voltar do primeiro Simple Life (aka findi na praia álcool-less) com o jota. " "

E estou aqui para dizer que gên-te, é bacana não beber, dá pra se divertir sóbrio, e a vida é uma graça de Deus (/bispasônia). Mas ó, não tô aqui pra desencorajar ninguém, não. Estou de dieta, meu nome não é João Gordo, e não traí nenhum movimento. Muito antes pelo contrário. Minha formação do self se deu através da Cuba Libre. Não é segredo pra ninguém.

Mas enfim. Pega nada ser careta hora ou outra. A nível de experiência, talvez. Tua carteira sorriria, belieeveyoume. Mas querendo fazer isso ou não, vou dividir algumas impressões. Cê já entrou aqui mesmo, te dou um passa-tempo.

O engraçado é que alcoólatras que somos, só vemos o efeito do álcool na ausência dele. Tipos... como era viver normal, mesmo? Toda uma novidade no ar. (/babado)
  • Memória: é bom ter você de volta.
  • Risadas: sem álcool também acontecem. Impressionante. :D
  • Pronfundidade de assuntos: achei que isso só fosse papo de bar. Welcome.
  • Ressaca: você não faz a menor falta! Turum-pishhh.
  • Umbigo: você deixou de ser o ponto de partida da minha vida.
  • Conceito de tempo-espaço: o bom filho à casa torna. Passado, presente, futuro. Olá de novo! :)
  • Não ter muita bagunça em casa: não tem preço. (eu ia fazer barra mastercard, mas não me agüento mais pensando nesse formato)

Então gente. É isso. Tá uma coisa hippie. Bom saber que há viidas dos dois lados da garrafa. Tá tudo muito bom, tá tudo muito bem, mas no final de agosto - as in fim de rehab - é nóis. Acabar com esse post logo antes que fique com cara de propaganda do governo. Até porque, eu, a nível de Branca Letícia, só tenho uma coisa a dizer para essa pausa dramática dos drinks:

Sente-se. Mas não se refestele!

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Baby you can drive my car

Daí que o povo vai lá e faz o maior climão do universo porque bateram no carro do Shia LaBeouf enquanto ele dirigia bêbado e agora vai atrasar a produção de Transformers 2 e o Perez Hilton, que já foi muito melhor e hoje em dia é um grande chato de galochas fica julgando o menino...

Whatever, minha gente! Ele tava dirigindo bêbado e nem bateu em ninguém! Bateriam nele mesmo que ele estivesse sóbrio... tipos aconteceu comigo uma vez... "Sim, mãe, eu estava bêbado, mas bateram em mim!". É uma frase cheia de meias verdades.

Se eu estava bêbado?! Demais. Era cervejada da faculdade. Meu primeiro ano. Meu primeiro mês com carro. Como era minha turma que organizava a cervejada, eu ia pro bar e era uma cerveja atrás da outra... sem pagar, claro, porque eu também estava no caixa. Todo mundo muito bêbado até decidirmos que era a hora certa pra dar um beijo a quatro. Eu, mais dois meninos e uma menina... nos linguando geral no meio do CA. Até caírmos no sofá, ainda nos comendo. E o "j" em pé do meu lado, fazendo a função do segurador da minha cerveja. Só lembro de virar pra ele, que estava espantado, na maior vibe de "who am i? what am i doing?!".

Saímos do sofazinho e decidimos ir lá fora, beijar todo mundo. Não medi esforços pra isso, agarrei pessoas, até mesmo um professor, sem nenhum sucesso. Sei que nessa me derrubaram e eu me ralei todo no concreto.

Até que alguém teve a brilhante idéia de irmos para o Atari. Obviamente eu estava sem condições de dirigir. Então aí está a primeira mentira que eu contei pra minha mãe. Eu não estava dirigindo meu carro. Aos 18 anos eu ainda tinha vergonha de falar pra ela que estava muito bêbado e prudentemente pedi pro "j" dirigir.

E fomos. "J" dirigindo e eu enlouquecido ligando pra todo mundo achando que iam me enganar, que eu ia chegar no Atari e não teria ninguém. No carro de trás a prima do "j" e uma amiga minha, totalmente aleatória na situação, aproveitando a carona pra região da Paulista.

Eis que o "j" vira proibidamente da Brigadeiro direto na Paulista, e ainda resolve parar no semáforo. E eis que vem um carro que estava vindo correndo e bate na prima dele, que bate na gente. Essa foi a segunda mentira que eu contei. "Eu estava dirigindo direito, não fiz nada proibido!" Ninguém sabe no fim das contas quem estava certo e quem estava errado. Só sei que eu passei a ligar chorando pros meus amigos que estavam indo pra balada pra contar o quanto eu era infeliz.

Enfim... o que eu podia fazer? Trocamos telefone com o cara e eu fui pro Atari mesmo assim... uma noite que nada mais me lembro. As memórias foram voltando através dos sms que eu conferi no dia seguinte. Tinha mandado pro "j": "Já beijei 6" / "Agora foram 8" / "Um total de 11". Além de protagonizar fotos que foram parar no site do Atari e outras da minha máquina, que foram muito bem escondidas num cd.

Bons tempos que eu achava que beijar 11 pessoas na balada era coisdiloco... só me arrependo mesmo de cavalgar um ZL de regata prateada.

PS: Depois desse dia meu carro nunca mais foi o mesmo. O cara não tinha seguro e o amassadinho atrás dele que raspava no pneu continuou até o dia que o vendi.

PPS: Esses meus amigos com quem comecei o beijo quádruplo no CA vieram futuramente a fazer parte de uma história ainda melhor da minha vida, que eu ainda vou contar por aqui...