quarta-feira, 28 de maio de 2008

Hoje a festa é sua, hoje a festa é nossa...

Faz tempo que eu não escrevo. Não é por falta de bebida porque oi? Mi add no feriado quarta quinta sexta sábado e domingo à beira da loucura. Queria escrever de estar gritando "não beijei ninguéééém" na volta da (cof) blue space - e de acreditar nisso - depois de sim, beijar litros, e de ter inclusive estado no banheiro com um dos escolhidos (obrigado "m" e obrigado "impotência alcóolica" por terem permitido que nada acontecesse). Mas bom, a história é essa, se tiver detalhes o "m" que escreva porque eu nada mais me lembro.

Daí sentei aqui investigando minha... memória (pausa para risadas) quando lembrei do reveillon. Ah, o reveillon. Reveillon é aquela data em que até crianças pré-pubescentes podem beber uma tacinha de champagne, aquele dia em que as pessoas percebem que essa babaquice de roupa branca has got to stop porque oi? mancha fácil e eu vou cair com vinho tinto em você.

No nosso reveillon, não fizemos esse erro - a regra era nada de branco. A festa era psicodélica, mas preguiça de tomar ácido em fim de ano - daí você fica naquelas vibes medo-do-fogão, encarando a máquina de lavar, não pega ninguém, *bocejos*. Daí ficamos na bebitchinha meixmo. Quando deu meia noite eu ainda estava relativamente phyno porque lembro no mínimo de descer pra praia, e que pensar em sete desejos nas ondinhas (oi sou brega) era a coisa mais complexa do mundo, as ondinhas vinham em velocidade muito mais rápida que meu pensamento. E na volta criancinhas vindo pedir dinheiro e surtando que eu era da malhação e eu "mas é claaaaro, mi add na próxima temporada". Ficadica, wolf maya!

Uma conhecida avisou que na festa tinha um povo amigo dela que era "da minha turma" (sic) - teclaSAP: tudo-puta-e-viado. Um era incrivi e corta pra eu correndo atrás dele na festa o tempo todo, uma grande obsessão. Corta pra eu conversando com ele na cozinha, insistindo pra ele ir pro quarto comigo. Quando você precisa ficar insistindo a festa toda pra alguém fazer algo com você, é porque a pessoa não quer, e se ela não quer, ela não queeeeeer, merdas!

Mas bom. Era eu, era reveillon, era muita caipirinha na cabeça.

Daí ele me fala "ok, ok. Só deixa eu avisar meus amigos pra eles não acharem que eu sumi." Nossa, uma felicidade tomou conta do meu ser num grau que eu era xuxa após combater o baixo astral. Fiquei lá sentadinho fofo e ansioso quando oi? ele não voltava. Fui ver se tava na sala, se tinha decidido dançar uma música pré-sexo pra esquentar o corpinho e opa! Ele foi embora! Parabéns. Eu estava tão insuportável que ele teve que colocar o bêbado numa armadilha pra poder fugir, sendo que provavelmente nem queria, já que a festa estava incrível.

Oi, meu nome é "j" e as pessoas fogem de mim.

Mas jamais que eu ia me conformar em não pegar alguém no reveillon. Eu não sou desse tipinho de gente. Daí nada-mais-me-lembro tava indo pro quarto com um feio. Bem feio. Ai, não quero focar nessa parte, brigado. O quarto nem meu era, minha prima até hoje não sabe (beijo, prima!), só sei que a primeira coisa que eu fui foi colocar meu whisky na mesa, caiu tudo no computador, eu peguei uma toalha de banho no banheiro pra limpar, dia seguinte uma toalha suja e várias formigas, eu me perguntando "mas o que será que aconteceu aqui?".

Voltando. Sei que foi tudo confuso, nós rolamos e caímos da cama e oi, a cama é mega alta, doeu, mas eu não conseguia parar de rir. Só que depois eu percebi que tinha acontecido o inimaginável - eu estava com uma pessoa ainda mais bêbada do que eu. Que a cada 10 segundos falava que me adorava e 10 segundos depois perguntava o meu nome (não que eu me lembre o dele), e eu ainda me sentia no direito de fazer a ofendida "mas cooooooooomo que você não lembra o meu nooooooome".

Enfim. Cansei, quis voltar pra festa mas ele não conseguia se vestir. Eu ficava dando ordens mas não dava pra me respeitar porque eu estava cheio de acessórios. Quando você usa acessórios é como se fosse uma perda instantânea de credibilidade. Faça o teste: olhe no espelho e fale algo muito inteligente. Daí coloque um chapéu de tio sam e um óculos de gatinha e faça o mesmo.

Quando vi tinha uma sunga no chão. Oi, porque você veio de sunga? Ele ria e tentava colocar a sunga por cima do short. Me deu uma falta de paciência, foi um grande esforço mas finalmente consegui levar ele pro elevador, apertar o botão e dar um tchauzinho enquanto a porta fechava e ele me criticava por ser tão frio e grosso.

Enfim. Ao voltar pra roda fui expulso novamente pela frase "vai tomar um banho, você está com cheiro de sexo". Parabéns. Alguns dias depois vejo o garoto-que-peguei numa das fotos, em um grupo, com a legenda "não sei quem são". SIPÁ era um penetra. Uma dessas festas veio um cara que animou a pista, dancei horrores com ele, dizia que morava na espanha. No final foi deixar o endereço e escreveu BARSELONA. Com S.

Mas então. Lembra da sunga? Dia seguinte eu acordei ela ainda tava lá. Se eu deixasse, minha tia ia achar e me entregar dois meses depois "olha, você esqueceu em casa!". Ia fazer com que a memória sobrevivesse por muito mais tempo que o necessário. Então levei. Mas ao esperar na fila da rodoviária, vi que também não queria aquela sunga comigo, cruzando estados. E foi assim que a sunga preta do meu caso da noite anterior foi deixada no lixo da rodoviária do rio em 1o de janeiro de 2008.

E prova-se assim a teoria de que seu ano será da mesma forma como foi a sua virada...

5 comentários:

"b" disse...

ai joão, que linda história de amor (/putaria)!

"m" disse...

penso em grande prêmio nobel do post, porque vai e volta e vem e vai, como a dança do sexo. grande conceito literário. beijo-zélia-gatai.

"d" disse...

ãn-dó-rô!

Anônimo disse...

nunca ri tanto em minha vida com este blogue. apóio o prêmio, mas desde que vc poste uma foto do cara, pq me bateu um desejo mórbido de ver o quão biza era este moçoilo.

"f" disse...

morri-com-a-mão-no-queixo-isa.
geeeeeeeeeeenio!