quinta-feira, 15 de maio de 2008

Booze and the City

Das minha fases etílicas, eu sinto saudades do começo, sabe. De quando eu era a Charlotte do Sex and the City. Me lembro bem que de vagabunda eu não tinha nada. E ressacas morais tampouco. À espera do príncipe encantado, eu era um garoto que de fato tinha feito 1ª comunhão, estava tudo reprimido aqui dentro, e com apenas 1 caipirinha meu quadril não mentia. No máximo, máximo, duas. Isso quando eu conseguia beber tudo. E melhor: eu era rico e bonito, porque meu dinheiro todo não ia parar no meu fígado.

Aí eu evoluí. Defina evoluir. E fui pra fase Carrie. Já era mais solto, bebia um pouco mais, e tinha meus casos por aí a fora. Me apaixonava, gostava de ficar de casalzinho, e o dinheiro que não ia pra vodka (ou será que daí eu já tinha mudado pro rum?) eu jogava nas compras. (Poder aquisitivo: você deixou saudade). Já daí começava a fazer minhas burradas etílicas. Poucas, mas já apontavam meu futuro. Mas enfim, uma pessoa feliz.

Agora assim. As próximas duas fases surgiram meio juntas, e vieram se intercalando por um tempo. Com a fase Carrie dando o ar da graça vez em quando.

Ok. Miranda. Gente, de repente, depois de ser belo e azul como a Carrie, comecei a cair num ostracismo mágoa de caboclo. Fase Miranda. Desse tipinho desiludido da vida, dos homens, do amor. E desses bem pessimistas, dentes pretos de alcatrão, e jeitão de lésbica chata. Sabe? Uó. E um belo dom de aumentar de alguns golinhos para in-dus-tri-ais as minhas quantidades etílicas da noite. Aí certezas que eu já tinha migrado pra cuba-libre. E sabe, não sei dizer se a Miranda é uma alcoólatra. Meus DVDs não me deram muitos indícios, mas gente... ela não tem uma cara de cana?! Catifunda style. Enfim: ébrio amargurado.

Agora eu, *a nível de* Samantha, é uma coisa Berenice. Segura. I mean it. Porque se você achou que pegar em paus no último domingo foi um episódio excepcional (que palavra mais unicef), você não sabe o que sou eu no geral. E nem eu, porque esqueci. Mas tive uma sub-fase, dentro da vibe Sam, onde eu levantava a camiseta de todos-os-garotos-que-eu-dava-oi. Todos. Gratuitamente. E pegar no pau foi aí que começou também. E na bunda. E dormir na casa de desconhecidos. E aí, gente, os litros destilados são altos. Waaaaaay high. E mais uma característica dela também estava presente aí. Barraco. Bri-gas. Gratuitas. Do nível de um dia ganharem um post só pra elas.

Mas o engraçado é que agora bateram tudo no liquidificador e me serviram num copo. Por que oi?, tenho o lado amargurado-lésbico-chato-sem-homem. Oi?, pego-pego-já-peguei, uso e abuso, e no outro dia nada mais me lembro. Oi? Os fastasmas do passado hora ou outra me condenam, e, óbeveo, gasto minha conta bancária no meu maior amor: Manolos Cuba-libre. Carrie style. E último Oi?,... não, não, de Charlotte acho que não sobrou nada. Só o fato de ainda sim, vejam vocês, sendo eu do jeito que sou, tenho amigos piores. Parabéns pra vocês, queridos.

Tin-Tin!

Nenhum comentário: