sexta-feira, 27 de junho de 2008

Da falta de limites

Lembra das expectativas baixas? Pois é. Hoje eu só estou feliz que eu estou vivo. E minha única expectativa futura é não vomitar. E minha meta pra próxima bebedeira é não ficar a pessoa mais insuportável do mundo, que só consegue cair, lamber as pessoas e falar "lembra de mim" a cada dois segundos (palavras do "a").

"Bebi litros. To loca. Misigura"

Mandei essa mensagem quando ainda era... 0h56. Depois de uma caipirinha, um kamikaze, uma 'beira de piscina' e duas margaritas. Mas eu ainda tava ótimo, divertido, simpático, engraçado. Eu devia aprender a parar aí. Mas nããããão, minha vocação é pra monstra.

Não tenho nenhuma lembrança de sair do aniversário, pegar o carro - eu não estava dirigindo - e chegar na balada. Foi tipos hahahaha opatobêbada no aniversário CORTA meldels to surtado na danger. Sim, fomos na danger, na falta de planet g. Dizem por aí que meu debut na balada foi patolar uma lésbica, que ficou bem puta e chamou o segurança. "M" encarnou a RP e alegou brilhantemente que 'oi, você tá na danger, e ele achou que você fosse um homem'. Me salvou de sofrer um gang bang sapatão na saída.

Não tinha cinemão nem dark - não que eu tenha achado (ainda bem), mas até aí eu naquele estado não acharia um elefante no meio da pista (update: tem dark sim, muito bem aproveitado pela equipe). Mas tinha área vip (defina vip), para onde "m" informa que eu fui junto com alguém. E tinha show. Show as in sexo explícito no palco. Daí na minha cabeça banhada em álcool a lógica seria de que ninguém ia ligar muito de ver sexo explícito fora do palco. Subestimei o centrão. Fui chamado, junto com duas pessoas - uma que tava comigo, a outra nada.mais.me.lembro - para explicarem que aquilo não era permitido e que eu teria que ser retirado da balada.

Oi, meu nome é "j" e eu fui expulso da danger.

Mas a noite não precisa acabar aí, não é mesmo, minha gente? Só sei que andei horas -super seguro e sensato três bichas andando no centrão 4h30 da manhã. Sim, agora éramos seis três, nada mais sei como ou porque. Cheguei numa casa e fui uma grande puta única. Foi tão chato ter que perguntar o nome dele pós-sexo (o outro já tinha dormido), e certeza que ele já tinha me falado umas 9 vezes, mas né... você me pegou numa balada no centro e eu aceitei ir pra casa com dois desconhecidos, não espere muito de mim.

Na saída achei polaroids no chão da rua e guardei no bolso - de uma aleatoriedade ímpar. Daí voltei pra casa de ônibus, todacagada, sentada em um negócio que estava fervendo e eu só fui perceber horas depois. Acompanhado de pessoas dignas e trabalhadoras a caminho do trabalho. Cheguei em casa e vomitei, era quase sangue porque nada mais havia de líquido no meu corpo. E teve que ser no canteirinho da janela porque fiquei com medo de no banheiro me ouvirem e eu cruzar com familiares. Morar com a família é uma merda, meu sonho é chegar em casa 7h da manhã e começar a berrar "to loooooca da minha buceeeta jesus me ajuuuuuda"

Falando em Jesus... Querido JC. Eu prometo melhorar. Eu conseguirei mais pautas para o blog, mantendo minha memória. Eu beijarei pessoas mais bonitas menos feias. Eu chegarei em casa mais cedo. Eu não serei odiado e abandonado pelos meus amigos. Eu gastarei menos dinheiro. Eu não serei espancado por lésbicas.

Da série aforismos: Quando você nota que as tags adequadas para o seu post são 'expulsão, vômito, decadência, trash', algo precisa mudar.

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"To indo pra casa. Oh my god theres cum in my eye"
Enviada para "m", 27/06, 6h25

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