sábado, 21 de junho de 2008

Ado. Á-ádo. Nosso pós(-lôca) é doutorado!

Sair da Lôca e ir embora pra casa decentemente? Manémmorta! Não adianta. De qualquer forma a gente esculacha.

Nós, "m" e "a", os sobreviventes da noite. Porque, né, gente. Não queiram nem saber o estado de "j". Vou nem divulgar. Mas enfim, sobreviventes da noite e com cada dia com os limites e bom-sensos mais arregaçados, decidimos que o legal mesmo seria ir pro Mackenzie. E porqueeeenããão? Claro. Pergunta se algum de nós estuda lá? Má-nunca. Você deve se perguntar porque alguém faria isso numa sexta-feira de manhã. Dupla de bêbados. E deve refletir também qual era o objetivo. Aham. A gente também não descobriu. Mas who cares, life is too short, blá blá blá whiskas sachê. E fomos, óbeveo.

Carro estacionado, cigarrinho e celular no bolso, óculos de dirigir na cara as in cara de conteúdo, e simbora. Já com medo na entrada de repentez já ser férias e perguntas se dirigirem à nossa direção. Perguntas que jamais achariam respostas. Sem condições, claro. Mas entramos. Com risinhos de pânico fomos andando por lá, olhando aqui, olhando ali. Até que banalizou ficar andando. Já era nosso, não dava mais tesão. Invadir um prédio qualquer? Simbora! Subimos, tímidos, risadinhas de pânico, escadas, banheiro, xixi, ok. Banalizou. Papo vem, papo vai, muitos banheiros invadidos. Muitos meninos colegiais de cueca depois da educação física (leques!), avistamos uma fila. Pra lá a-go-ra! Óbeveo. Sem jamais saber para o que a fila era. Jamais. Mas sem medo de ser feliz, paramos numa fila que não andava. Com uma boa quantidade de gentes atrás de nós, a gente sentiu que ali ainda não fazia parte da gente. Meio outsiders nos sentimos. Até que não. Surgiu de dentro dos nossos eus um diálogo. Sim. E a gente discutia o porque de estar ali, porque a porra do professor tinha feito a gente estar ali naquela sexta-feira, em alto e bom som. Logicamente sem se importar se fazia sentido algum naquele contexto para quem ouvia. E dali surgiu uma briga nossa. Sim. Porque "m", que agora se chamava Fernando, tinha era colado na prova de direito criminal, e tinha fudido Pedro. O "a". Não bastando, tinha fudido também nossas amigas que nem lá estavam. Larinha e Fernanda. E toda uma discussão de má vontade de estar ali, de a gente tinha combinado, porra, e se é pra ficar aqui de mau-humor então vá se fuder, caralho. Cheio de cenas até que saimos da fila. Brigando. Entre risadas e argumentos geniais, fomos entrando nos personagens. E as ruelas do Mackenzie de Higienópolis são testemunha de uma trama digna de novela da tarde do SBT, produzida no Chile.

Fernando às vezes chegava a quase chorar, tiravas os óculos, limpava um pouco o rosto e voltava a discutir. Pedro era uma agressão gratuita. Não parava de jogar na cara que Fernando tinha resolvido colar na prova e fudido os outros 3 junto com ele. O que Pedro ouvia era que ele era o único que estava reclamando. Que nem Larinha nem Fernanda estavam fazendo climão com ninguém. Mesmo que pra família de Larinha fosse mega difícil pagar a faculdade. E a gente sabia disso. Mais um motivo para ser esfregado na cara de Fernando. E foram surgindo mais motivos. Como a viagem dos três, que Pedro não foi convidado, gerando um grande ciúme. Talvez o causador de toda aquela briga, na realidade? Talvez. Mas Pedro não se fazia de rogado, e jogou a carta preta na mesa, citando quando ele ficou com a Larinha. E isso não era um assunto discutível entre os dois. Era um tabu. Silêncio.

Entre vai-se-fuder mil vezes, gesticulações novas, quase choros, elevações de voz e afins, perambulamos por todo lugar que dava passagem, fazendo todo mundo ouvir aquele grande teatro gratuito único. Ú-ni-co. Até que voltamos para o ponto onde outrora uma fila havia. E ali se via uma grande porta aberta que dava para um auditório que estava lotado de alunos nos assentos. E lá fomos. Claro. A porta tá aberta. Querendo que a gente saia é só pedir. E entramos. Pateticamente entramos dando risadas enormes com ridículas tentativas de repremí-las. E você sabe o que acontece quando reprimimos risada, né? Ela explode no nariz. Até que aquetamos. Paramos de rir. E nada de saber para o que servia aquilo. Até que um infeliz sentou do lado do... Pedro... e perguntou alguma coisa. Pra quê? Não é que o Fernando tava solidário. Grande risada única se ouviu, e a tentativa de Pedro responder o pobre garoto resultou em uma risada que emudeceu a resposta. O menino saiu de perto. Esperto ele. E quando estávamos quase pedindo a nossa senha, palavra que alguém do corpo docente tinha soltado no microfone, o bom-senso baixou e de lá saimos. Sem desistir nunca-jamais da nossa grande briga única que continou por toda aquela universidade por horas. HO-RAS.

Não sei você. Eu, Fernando, saí da Lôca às 8hs. Cheguei em casa 12:30. Pode me explicar?

E depois vem dizer que eu, Pedro, não sou de freqüentar a faculdade. Turista my ass.

Ah... Anhembi, nos aguarde. Mesmo!

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