terça-feira, 15 de julho de 2008

Desmitificando

Ainda naquele clima mesa branca, espiritismo, Walter Mercado, eu gostaria de dividir meus últimos efeitos colaterais da bebida, que têm se mostrado fortes ultimamente. Até na esperança de alguém se identificar, para eu não me sentir sozinho nessa jornada.

Vou te falar que é de uma poesia ímpar. Ímpar e transcendental, pelo bom uso do literalmente. Eu não vou aqui falar com toda a ciência, porque pra isso seria necessário uma visitinha a um preto véio antes, e de preto véio tô sussãm - bastam meus pulmões -, então só serão especulações. Talvez tenha sido pleonástico dizer isso, porque no nosso grau de insconseqüência e amnésia, qual relato/opinião/reflexão não é uma especulação forçosamente livre da obrigação de ser 100% verdade?

Bom. Caso é que agora chega a ser um clichê: dia seguinte eu acordo naquela boca seca, aquele gosto de cabo de guarda-chuva, chorando por um gole de água... enfim, até aí tudo certo, mas o que de extra acontece é que no fundo, pareço não ter acordado totalmente. Na verdade, ando suspeitando ter deixado minha alma na noite anterior. E sei que não posso provar nada, porque quem é que se lembra da noite anterior, mas eu tenho aqui minhas dúvidas de que eu a vendi por uma Cuba Libre, quando já não havia mais espaço na comanda.

Porque eu tenho tido experiências extra-corporais. Uma coisa Poltergeist. Juro. A última delas por exemplo foi quando eu estava na porta de casa, lá pelas 3 da tarde num sábado belo-azul, pra receber a gênia batata recheada (Baked Potato style) delivery - minhas mais nova namorada -, e quando dei por mim aquele menino na porta e aquele entregador de deus eram dois desconhecidos. As long as I know, aquilo pra mim era tipos uma televisão, o espisódio de alguma série nova, algo que eu estava assistindo, no máximo. Longe de mim ter poder sobre aquele corpo. Really. Eu, a nível de ser humano, era um mero espectador.

E pra não alongar mais o post, lendo tudo que acabei de escrever, acho que eu mesmo já devo ter me respondido. Vamos lembrar que na noite anterior aquele não era você. E que na tua memória os teus atos para com as pessoas soam como cenas saídas de dvds de filmes experimentais, e não como são identificados como tua própria memória. E ainda: quando é que de fato você possuiu controle sobre teu corpo?

Você não tá recebendo a Oda Mae Brown. Você ainda está bêbado. Parabéns, e get over!

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