terça-feira, 1 de julho de 2008

Gratuidade Nonsense

Caso#1

Lôca de terça. Que vamos falar, não é muito boa nem cheia, e obrigado deus por isso porque dois dias da semana bons tá mais que o suficiente. Ainda não estou preparado pra preparar minha trouxinha e estabelecer residência. Mas então, permita-me apresentar os personagens. Primeiro, eu - dispensa apresentações, favor checar histórico do blog, grato. O outro, que vamos chamar de "f", já beijou (/eufemismo) uns 70% do nosso círculo social, e ao invés de assumir a linha promíscua-pride ainda insiste em fazer charminho. Faz-me rir (/mãe).

A gente conheceu ele um dia numa festinha na minha casa. Tava todo mundo meio querendo pegar alguém e tava faltando opção, daí chegou ele e todos sijogaram numa grande competição única velada (beijo,nossa-vida-é-isso). Eu fiz a minha estratégia de sempre - ficar afim porém ser lerdo e incapaz de flerte. Daí quando alguém finalmente dá o grande bote único eu encarno a mágoa - por uns 10 segundos - e logo em seguida acho algum motivo pra dizer pra mim mesmo (e pros outros) que ahh, nem queria mesmo. Do tipo "ele tem a pele ruim" ou "uó esse sapato".

Daí corta pra lôca, meses depois. Todo mundo bêbado e ele diz pro "a" que "naquela festa eu queria mesmo era ter ficado com você". Uma boa deixa para... ficarem. E ficam. Segundos depois, vem conversar comigo. O texto: "naquela festa eu queria mesmo era ter ficado com você". Ficamos. Falido, mas tudo bem. Até que eu, no meio do beijo, em uma respiradinha básica, solto:

"Rafael..."

1. Quem é que fala, qualquer coisa, gratuitamente, na respiradinha do beijo?
2. Quem é que fala, gratuitamente, na respiradinha do beijo, o nome de OUTRA pessoa? (que não era caso sério nem nada, era um garoto x que eu tinha ficado uma vez e apaixonado)

A cena foi tipos assim:

(barulhos de beijo)
EU: rafael...
ELE: QUE?
EU: (continuo beijando como se nada tivesse acontecido)

Sem comentários.

Caso#2

Eu, na cama, fumado e bêbado, com um casinho, deitados, ambos nus. (Comentário: Ambosnus - um bom nome pra uma cidade litorânea. Tipos "vamos passar um fim de semana em ambosnus, tenho uma casa ótima lá"). Voltando a realidade - estamos os dois lá, num grande carinho. Viro para baixo e no meio de um diálogo eu suspiro, gratuitamente, sem nenhum contexto, sem nenhuma razão, sem nenhuma vergonha:

- Pequeno...

WHO.AM.I

Não tinha nenhum contexto, e não, não era "pequeno", e eu não estava incomodado com isso. Mas meu inconsciente quis me sabotar de alguma forma e fez minha boca proferir essa palavra. O pior foi depois - como esperado, a reação dele foi o único e insuperável "Q", e eu na tentativa de corrigir, comecei a inventar uma grande viagem única de que ele era "meu pequeno" porque é fofo e tal (detalhe: ele é bem mais velho que eu). Parabéns, "j", você não convenceu ninguém.

Esse post é só pra dizer que quando vocês forem ser gratuitos, não se julguem.

Poderia ser pior.

Nenhum comentário: